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363.
Liderança no Esporte
- 23/03/02
Estamos querendo saber a respeito de liderança no esporte: Quais os
tipos de liderança? Por que o atleta torna-se um lider? Indique-nos
referências bibliograficas a respeito do assunto. Desde já agradecemos.
Marilu
Olá Marilu, segundo Krech (1969, 489), citado por Dietmar
Samulski no Livro Psicologia do Esporte - Teoria e Aplicação
Prática (LAPES - UFMG):
"Liderança é a influência que o indíviduo
exerce sobre seus companheiros e as atividades do grupo. Acompanha esta definição
três corolários:
1) a liderança é uma variável quantitativa. Cada membro
do grupo tem uma quantidade de liderança pessoal, pois todos os membros
do grupo precisam até certo ponto, inevitavelmente, influir nas atividades
dos outros membros do grupo. Os chamados seguidores do líder são
apenas quantitativamente diferentes do mesmo em termos de influência,
2) Os atos de liderança são acontecimentos de comportamento interpessoal
- casos de interação - (o líder influi o seguidor e este
por sua vez, influencia o líder),
3) Deve-se observar a diferença entre o líder real - isto é,
o indivíduo que exerce influência significativa - e o chefe do
grupo (líder formal)."
Ainda, segundo Singer (1977, 21), "A liderança é uma
relação de interação entre a personalidade do indivíduo
e a situação, uma vez que toda situação requer talentos
especiais para enfrentá-la e resolver os problemas que surgem dela".
A liderança deve ser considerada de forma específica
a tarefa, ou seja, se uma pessoa surge como um líder da equipe esportiva,
isto não significa necessariamente, que ela se tornará um lider
em outras situações.
A condição de liderança está relacionada
com o processo de interação entre pessoas, as quais se apresentam
com responsabilidades e metas a serem atingidas dentro de uma determinada tarefa.
Neste processo deve-se considerar, também, a situação presente.
O fenômeno da liderança mostra algumas funções, como:
otimização dos processos de interação, organização
do grupo para que seja eficaz a solução da tarefa e condução
do grupo para os objetivos planejados.
Três componentes situacionais são postulados como
os fatores determinantes da favorabilidade da situação para o líder:
1) as relações de afetividade do líder com os membros do
grupo (ou seja, se o líder é respeitado e querido pode obter o
consentimento do grupo em relação as suas decisões, sem
o exercício do poder, podendo desta forma agir mais decisivamente com
mais confiança do que o líder que não é querido ou é rejeitado
pelos membros do grupo -dimensão chamada de Bipolar Rating Scales); 2)
O poder que a posição do líder proporciona (O líder
poderosos pode ser capaz de influenciar o grupo se as relações
afetivas com ele são pobres) 3) o grau de estrutura da tarefa do grupo
(a tarefa pode estar estruturada, com objetivos bem definidos indicando claramente
os procedimentos específicos a serem feitos para o alcance da meta, mas
pode ser desestruturada se os objetivos não estão claros existindo
desta forma uma ambiguidade quanto aos procedimentos a serem realizados).
Segundo Martens (1987, 39),
o Líder efetivo apresenta 5
ações importantes:
*Estabelecer objetivos e metas concretas;
*Construir um ambiente social e psicológico favorável;
*Instruir valores;
*Motivar os membros para alcance dos objetivos e metas;
*Comunicar com os atletas.
"O LIDER: segundo Maier, 1967, citado por Giordano (1987,17),
considera o líder como elemento do grupo capaz de atingir
níveis elevados no processo de interação na
busca de soluções para problemas e tomadas de decisões,
afirmando, a sua função de receber informações,
facilitar comunicações entre indivíduos, transmitir
mensagens e integrar as respostas de tal maneira que haja uma resposta
unificada".
Estilos
de Liderança, segundo Martens (1987, 37): tipo autoritária
(sem a participação do grupo - todos obedecem seus
objetivos na tarefa) e democrática (com a participação
dos liderados nas tarefas de direção- o líder
gosta de discutir com o grupo). Os líderes efetivos são
aqueles que conseguem adotar ambos os estilos considerando a especificidade
do grupo, da tarefa e da situação concreta.
Tipos de Lider,
segundo Fiedler (1967): Um líder voltado para a tarefa e
outro orientado para a pessoa.
A continuidade do estudo pode ser consultada no livro citado no
início
do texto.
Boa sorte !
364. Lesões no Judô -
25/03/02
Sou estudante da UFRJ do curso de Educação Física e estou
fazendo minha monografia sobre a utilização do treinamento de
musculação para prevenir lesões de ombro nu judô,
será que vcs podem me ajudar enviando algumas informações
sobre as lesões mais freqüentes? Desde já agradeço.
Alessandra C. Bauer
Oi Alessandra, pesquisamos sobre o assunto e descobrimos uma apanhado geral
sobre lesões no judô e o que pode ser feito. É o seguinte:
Segundo o Manual de Medicina do Esporte - Fascículo
2 da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva - Dr. João Gilberto Carazzato
-
Na traumatologia Esportiva é fundamental que estabeleçamos as
causas das lesões pois somente com sua descoberta e eliminação
estaremos evitando as recidivas.
O
que pode ser feito em caso de Lesões:
O DIAGNÓSTICO deve ser completo e preciso.
Deve sempre que possível, ser minucioso e não dar
margem a dúvidas, pois caso começemos os processos
terapêuticos sem certeza diagnóstica podemos estar
dando oportunidade a grandes fracassos com suas consequências
finais. As radiografias, a tomografia , a ressonância magnética
e o ultrassom , por exemplo, devem apenas ser utilizados ou na
dúvida diagnóstica ou na complementação
de dados já obtidos na avaliação clínica.
Nas fraturas as radiografias são indispensáveis,
bem como a perfeita localização de uma hernia discal
cirúrgica a ressonância magnética ou pelo menos
a tomografia se fazem necessárias. O ultrassom pode trazer
idéia mais precisa de gravidade ou mesmo da evolução
de processos em partes moles ocmo as lesões musculares por
exemplo. A eletromiografia e eletroencefalografia podem ser efetivas
na exatidão diagnóstica. A avaliação
da potência muscular e da capacidade articular podem ter
determinação minuciosa com a autilização
do CIBEX, o qual também pode ser valiosos para a evolução
e para os critérios de alta. Exames laboratoriais não
devem ser esquecidos. Poderão também ser utilizados
as "punções articulares" e finalmente a
artroscopia como um processo precioso, feito por mãos experientes.
Completos os diagnósticos precisos atingiremos a cura almejada.
As CAUSAS podem ser divididas em 3 grupos: Predisponentes (temperatura úmida
e fria, erro de treinamento, fadiga psíquica, fadiga muscular, local e
material inadequado para a prática esportiva, etc...), por erro de mecanismo
(três possibilidades: falta de automatismo, impulso involuntário
interrompendo o automatismo ou impulso voluntário interrompendo o automatismo)
e por outros motivos (ex: horário da competição, o desnível
técnico dos competidores, o tipo de esprote e até mesmo a violência
que possa ser empregada na atividade).
TRATAMENTO: O processo terapêutico de uma lesão
atlética pode ser dividido em CONSERVADOR (este é mais adequado
mesmo que leve mais tempo) ou CIRÚRGICO. Existem patologias de tratamento
obrigatoriamente cirúrgicas e outras obrigatoriamente conservadoras.
Caso tenhamos uma lesão que possa ter cura completa,
quer com tratamento cirúrgico quer com o conservador, devemos optar pelo
conservador mesmo que tenhamos um tempo necessário para a cura um pouco
maior. Muito provavelmente os riscos cirúrgicos não compensem o
ganho de alguns dias ou semanas. Porém, nas lesões que exijam tratamento
cirúrgico, devemos executá-lo o mais rápido possível.
Muitos são as opções de tratamento conservador.
Assim, podemos utilizar as imobilizações, o repouso, o tratamento
medicamentoso e finalmente os recursos fisioterápicos. Quanto às
imobilizações so devem ser empregadas no período exato e
apenas imobilizando os segmentos corpóreos necessários, pois sabemos
das importantes atrofias musculares consequentes bem como da diminuição
da amplitude articular.
Segundo o autor, devem ser abolidos os processos terapêuticos
de infiltrações locais de corticoesteróides e ou anestésicos,
os quais podem agravar em muito a patologia pré-existente conforme demonstram
muitos trabalhos publicados.
Os Recursos Fisioterápicos são fundamentais
na grande maioria das lesões. A crioterapia, o calor profundo (ultrasom,
ondas curtas, etc...), o calor superficial (forno de bier) e o contraste podem
abreviar em muito o tempo de cura. A cinesioterapia ocupa lugar obrigatório
em qualquer tratamento de lesão atlética tendo na contração
isométrica (contração muscular com aumento de tônus,
manutenção do tamanho da fibra muscular e sem trabalho externo)
sua variedade mais utilizada. Não nos esqueçamos portanto, dos
exercícios passivos e das contrações isotônicas (manutenção
do tônus muscular e encurtamento do tamanho das fibras com execução
de trabalho externo). Fazem parte também das fibras com as contrações
auxotônicas (executadas pela musculatura antagonista ao movimento, onde
temos um aumento do tônus e alongamento das fibras musculares - também
chamada contração excêntrica) e as contrações
isocinéticas (que fazem com contrações musculares rápidas,
de curta duração, e de pequena amplitude articular ).
Devemos valer-nos também dos exercícios de alongamento
que só devem ser utilizados no momento oportuno e com a intensidade necessária
(não devemos por exemplo fazer alongamentos nas lesões musculares
agudas ).
O
autor apresenta um número
de atendimentos executados com frequência de 3 horas semanais
durante 20 anos (1972 - 1992) ininterruptos para o judô.
Segmentos
Corpóreos
|
% de
Lesões
|
Joelho
|
54,9
|
Coluna
|
21,6
|
Coxa
|
5,8
|
Tornozelo
|
5,8
|
Braço
|
3,9
|
Punho
|
2,0
|
Pé
|
2,0
|
Ombro
|
2,0
|
Perna
|
2.0
|
Tipo
de Lesão
|
% de
Lesões
|
Entorse
|
13,8
|
Rótula
Muscular
|
9,9
|
Contusão
|
7,8
|
Menisco - Ligam. Joelho
|
49,0
|
Mioentesite
|
1,9
|
Rótula
Sub-Luxans
|
1,9
|
Fraturas
|
0
|
Coluna
|
11,9
|
Tendinite
|
0
|
Osteocondrite
|
0
|
Periostite
|
0
|
Neurite
|
0
|
Bursite
|
0
|
Luxação
|
1,9
|
Artrose
|
0
|
Uma boa dica é você entrar nos sites selecionados por
nós em links e procurar pela
palavra-chave ok?
Boa sorte!
365. O que é um
bom condicionamento? - 25/03/02
Olá gostaria de saber de vocês o que é melhor em termos
de condicionamento físico, ter 70-80% da frequência cardíaca
máxima alta ou mais baixa? Por exemplo, no meu caso eu tenho a frequência
cardíaca máxima em torno de 179 a 183, isto significa que tenho
um bom condicionamento ou que é muito ruim? Desde já agradeço
a atenção de vocês. Beijos, Carol.
Carol, nosso caro Consultor Prof. Luiz
Moraes lhe traz os seguintes esclarecimentos:
Oi Carol! A relação Freqüência Cardíaca (FC)
x Condicionamento físico segue alguns parâmetros:
1. A FC máxima mais fidedigna é determinada nos testes ergométricos
ou em algum outro teste de campo similar onde você possa atingir realmente
o máximo do esforço e não mais a tradicional fórmula
220 - Idade. Não quer dizer que essa fórmula não tenha
mais valor. Ela foi validada pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva
visando a segurança da população.
2. De um modo geral, um fator que determina condicionamento físico é realmente
a FC Máxima. Ou seja, à medida que ficamos mais condicionados
a FC Máxima tende a diminuir.
3. Nos testes, ou mesmo nos treinamento mais fortes, quanto mais rápida
a FC diminuir ao cessar o estímulo, isso pode significar um melhor condicionamento.
4. A FC basal e a de repouso das pessoas mais bem condicionadas são
mais baixas em função de um melhor débito cardíaco.
Ou seja, Quando não estamos fazendo atividade fisica, o coração
ejeta maior volume de sangue em cada batimento necessitando bater menos vezes
por minuto para atender à demanda. Isso acontece porque o treinamento
aeróbio aumenta as cavidade internas do coração. Um efeito
benéfico que não deve ser confundido com cardiopatias.
Portanto, com relação à sua pergunta. À medida
que o seu condicionamento melhora, em princípio, a sua FC Máxima
deve diminuir.
O condicionamento físico também não se prende apenas
a valores de comportamento de FC. O VO² Máximo, Limiar Anaeróbio
e Limiar Anaeróbio Relativo são outros parâmetros fisiológicos
igualmente importantes no contexto geral.
Espero que a resposta satisfaça. Um grande abraço
Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 3529
Leia mais:
Periodização do
trabalho aeróbico a partir do VO² máx e FCM
Controle da Frequência Cardíaca
no Treinamento
366. Ação do Bíceps
- 30/03/02
Preciso responder uma pergunta e não estou conseguindo achar em livros,
bom a pergunta é a seguinte:
Em qual a posição do antebraço o músculo bíceps é mais
solicitado na flexão do antebraço? Explique porque?? Esta pergunta
quer saber na íntegra se quando pegamos peso, o bíceps é mais
solicitado com a mão pra dentro ou pra fora? E explicar porque!!! Ficarei
esperando uma resposta, se puderem me ajudar ficarei muito feliz!! Abraços.
Desde já agradeço tempo e a boa vontade! Fernanda Goulart Duarte
Oi Fernanda,
nossa equipe encontrou alguma coisa no livro: Cinesiologia
Clínica - -BRUNNSTROM, Signe, 1989.
O autor menciona que os músculos que passam na parte anterior do eixo
da articulação do cotovelo quando ele está fletido em ângulo
reto são o braquial, o bíceps, braquioradial, pronador redondo,
extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, extensor radial
curto do carpo, flexor radial do carpo e palmar longo. E qual desses músculos
será socilicitado ao fletir o cotovelo dependerá da combinação
particular de movimento desejado. Os quatro primeiros músculos são
os principais flexores do cotovelo, enquanto que os quatro últimos exercem
sua ação principalmente no punho; os últimos provavelmente
estarão inativos durante a flexão do cotovelo, a menos que seja
necessária uma ação do punho simultaneamente, como quando
o objeto mantido pela mão resiste a flexão do cotovelo.
Resumidamente:
Bíceps Braquial - Flexor do cotovelo, supinador do antebraço.
Braquial - Flexor puro do cotovelo.
Braquioradial - Flexor do cotovelo, tem ação significante no
antebraço.
Pronador redondo - Flexor do cotovelo , pronador do antebraço.
Bíceps Braquial: Tem como origem em duas cabeças
acima da articulação glenoumeral. A cabeça longa insere-se
por um longo tendão no tubérculo supraglenóide da escápula.
O tendão corre por dentro da cápsula da articulação
glenoumeral e no sulco intertubercular do úmero. A cabeça curta
tem origem, também, através de um longo tendão, no processo
coracóide da escápula. As duas cabeças apresentam ventres
separados na porção proximal do braço, e fundem-se para
formar um ventre único em sua porção média. As fibras
da cabeça curta situam-se na parte medial do ventre comum, enquanto que
as da cabeça longa ocupam a porção lateral. Inserção:
tuberosidade do rádio, e em parte esparramando-se para formar a aponeurose
bicipital.
O encurtamento máximo deste músculo é realizado pela flexão
simultânea do cotovelo à supinação (mão sendo
voltada para cima) do antebraço.
O Cotovelo pode ser fletido tanto com o antebraço em supinação
quanto em pronação. Isto é realizado pela ativação
dos vários músculos em proporções corretas, tirando
vantagem da ação do bíceps como supinador e pronador redondo
como pronador.
Grande abraço !
367. Esporte de Alto Rendimento - 02/04/02
Preciso de uma definição de esporte de alto rendimento - Alessandra
C. Bauer
Oi Alessandra, o Prof. Alaor Denicoli, Autor do Livro: Pequeno Dicionário
Técnico de Educação Física, nos retornou o seguinte:
O termo induz de imediato a "grana", mas no seu significado
puro, não existe relação. Seria sim, desempenho máximo,
alta performance, atleta altamente produtivo. Um abraço. Alaor.
Sucesso!
368.
Musculação para Cardíacos
e Frequência Cardíaca Máxima para Crianças - 04/04/02
Em primeiro lugar, parabéns pelo Site! E gostaria de perguntar o seguinte:
que efeito a musculação tem sobre o sistema cardiorrespiratório?
E qual é a Freqüência Cardíaca Máxima para
crianças de no máximo 12 anos? Robson
Oi Robson, contamos com a
colaboração de nosso
amigo/Consultor Dr.
Casella, para esclarecer suas dúvidas, quem nos retorna o seguinte:
Olá Robson, Excelente e oportuna sua pergunta.
Até muito recentemente existia um mito de que a musculação
era prejudicial para o sistema cardiovascular, servindo apenas para desenvolver
os músculos. Entretanto este mito vem sendo sistematicamente derrubado
por diversas pesquisas em instituições especializadas no assunto,
sendo já demonstrado que o exercício com pesos traz inúmeros
benefícios cardíacos tais como: a melhora da capacidade de ejeção
do miocárdio e melhora da elasticidade das paredes arteriais (Hatfield,1989),
além de promover uma diminuição nos riscos de ocorrência
de doenças coronárias (Hurley et al, 1988). Tanto a pressão
sistólica como a diastólica aumentam durante o exercício
estático (musculação), mas durante o exercício dinâmico
(aeróbico) somente a sistólica aumenta. Até hoje em dia
muitos profissionais de saúde, mesmo de instituições de
pesquisa, são reticentes ao uso da musculação como forma
de trabalho cardiovascular alegando que haveria um aumento excessivo da Pressão
Arterial durante o esforço, além dos níveis aceitáveis
para o bem-estar cardiovascular.
Estudos conduzidos por Harris e Holly (1987) assim como por
Evans e Rosenberg (1992), onde em estudos sobre o treinamento com pesos e pressão
arterial, encontraram uma diminuição da pressão arterial
de repouso, indicando que há uma grande evidência que os exercícios
com pesos possam inclusive reduzir a pressão arterial de repouso, o que é extremamente
benéfico à saúde cardiovascular. Então, a restrição
que se deve fazer somente naqueles casos de pacientes em que este aumento pressórico
possa vir a promover danos como: nos hipertensos graves, coronariopatas, portadores
de aneurismas e algumas valvulopatias. Um programa cuidadoso, orientado por profissional
habilitado, seguramente pode contornar estes inconvenientes e proporcionar os
benefícios deste tipo de exercício. Vários sites tratam
desta abordagem, inclusive muitos artigos aqui no site do CDOF.
A mesma coisa vale para a segunda parte da sua pergunta, sobre
frequência cardiaca em crianças. As fórmulas existentes não
são totalmente perfeitas inexistindo, até então, alguma
que possa te informar com exatidão. Entre nas páginas abaixo e
terá maiores informações.
Segue algumas indicações
de sites e trabalhos cientificos.
- www.cdof.com.br/avalia11.htm
- www.saudetotal.com/saude/musvida/exresist.htm
- www.cdof.com.br/consult37.htm#327
- Hatfield, F., (1989) Power: A Scientific Approach, Chicago Contemporary books,
Chicago, USA.
- Hurley, B., Hagberg, J., Goldeberg, A., et al. (1988). Resistance training
can reduce coronary risk factors without altering VO2 max or percent body fat.
Medicine and Science in Sports and Exercise, 20:150-154
- Harris K. and Holly, R., Physiological response to circuit weight training
in borderline hypertensive subjects, (1987), Medicine and Science in Sports
and Exercise, 19:246-252.
- Evans, W and Rosenberg, I., Biomarkers, (1992), New York: Simon and Schuster.
- Fleck, Steven J., and Kraemer, William J., Designing resistance training
programs, (1987), Human Kinetics Books,Illinois, USA.
-Fleck, Steven J., and Kraemer, William J.,Periodization Breakthrough! The
Ultimate Training System,(1996), Human Kinetics Books,Illinois, USA.
-Forbes, G. B., The adult decline in lean body mass, (1976), Human Biology,
48:161-173.
CDOF Conceitos:
* Aneurisma (Dilatação anormal das artérias, provocada
por enfraquecimento localizado do vaso sanguíneo, com estreitamento
posterior de suas paredes.
* Valvulopatias: Patologia de válvulas - ex: Estenose aórtica
grave.
Obs: Sobre a F.C. para crianças,
(AFAA,1995) sugere uma Tabela
de Percepção de Esforço adaptada (PSE), mas solicitamos
a ajuda de todos para maiores esclarecimentos e sugestões de bilbiografias.
Vamos continuar pesquisando. Para contribuir escreva para contato@cdof.com.br
Sucesso!
369.
Obesos que não emagrecem - 08/04/02
Por que algumas pessoas obesas não conseguem reduzir o seu % de gordura
mesmo fazendo regime e malhando diariamente? Luciano Roberto da Silva.
Oi Luciano, agradecemos por ter trago este tema. Repassamos
sua pergunta para o Prof. Fábio
Venturim e ele lhe retorna o seguinte:
Luciano, temos duas hipóteses para este fato, a primeira delas pode
se discutida da seguinte maneira: o fato de termos alguma pessoa fazendo uma
determinada dieta e algum tipo de treinamento sistematizado, não quer
dizer necessariamente que está correto, temos que fazer a seguinte matemática:
Ingestão Total Diária de Alimentos - (menos) Gasto Calórico
Basal + (mais) Gasto em atividade. Se esta conta der positiva é óbvio
que estará sobrando calorias e esta pessoa não conseguirá seu
resultado desejado. A segunda hipótese temos que pensar sob a possibilidade
da conta citada acima estar correta. Neste caso há uma grande possibilidade
desta pessoa possuir alguma disfunção hormonal, o que faz com
que a mesma deva ser encaminhada a um endocrinologista. Lembre-se sempre que,
se tudo está sendo feito de maneira certa o resultado tem que dar certo.
Leia mais:
Fatores que causam a Obesidade
Como Controlar o peso
INQUÉRITO ALIMENTAR
Taxa Metabólica Basal
Interrelação entre carboidrato,
proteína e gordura (ficar sem comer é bom?)
Podemos controlar o peso ponderal
através de três maneiras
O que deve ser feito e como deve ser
encarada a obesidade?
Como fazemos para calcular nosso
Balanço calórico Negativo (para emagrecer) e balanço calórico
positivo (engordar)?
Grande abraço!
370.
Qual o melhor tipo esteróides para
ganho de massa magra?- 08/04/02
Ola galera do CDOF, o site de vcs continua sendo incomparável...ótimo
trabalho. Bom eu gostaria de uma ajudinha se possível, eu pretendo usar
esteróides para aumento de massa muscular tendo em vista minhas dificuldades
de desenvolver a mesma. Em mim demora muuuuuuito para desenvolver 1 kg e tenho
que comer quase a mesa para conseguir, estou perdendo tempo e dinheiro com
suplementos que não dão resultados. Não quero muito, apenas
pretendo adquirir mais uns 6 kg. Eu gostaria de saber quais os cuidados e quais
melhores produtos ou medicamentos usar para que os esteróides não
prejudiquem meu organismo . Eu talvez usarei um chamado "Deca Grega",
se vcs tiverem alguma informação sobre tal esteróide gostaria
que me comunicassem. Agradeço a todos! Um abraço. Prof. Fábio.
Olá Fábio, Agradecemos sua simpatia para com nosso
trabalho e por estar pesquisando em nossa página, mas não podemos
ajudá-lo nesta questão sobre os esteróides. Pois, a prescrição
deste tipo de medicamento é feita por um médico especializado mediante
avaliação prévia. Sendo de extrema falta de ética
ultrapassar os conhecimentos do mesmo e sem conhecer sua individualidade, prescrever
ou indicar medicamentos com a finalidade de ganho de massa magra. Ainda gostaríamos,
em tempo, de reforçar os malefícios do uso indiscriminado e auto-medicação
de anabolizantes para a saúde e convidamos você para obter informações
profissionais. Acesse:
saudetotal.com/saude/musvida/anabol.htm
consult36.htm#310s
fisio3.htm#massa
CONCEITOS:
Esteróides: Diversos compostos orgânicos derivados do ciclopentanoperi-drofenantreno,
de papel importante nos processos metabólicos de nutrição
e reprodução. Os principais são colesterol, hormônios
sexuais, ácidos biliares, saponinas e vitamina D. (Pequeno Dicionário
Técnico da E.F. - Prof. Alaor Denicoli) ;
Exemplo de Drogas anabólicas: Nandrolona, 19- norandrostenediol, 19-
norandrostenediona, oxandrolona, androstenediol, androstenediona, dehidroepiandosterona
ou DHEA, testosterona etc.
Esteróides Anabolizantes: Derivados sintéticos de hormônio
masculino. (Pequno Dicionário Técnico da E.F. - Prof. Alaor Denicoli)
Levantamento do Colégio Americano de Medicina Esportiva sobre o uso
de esteróides (McArdle e Katch, 1992):
1) A administração de esteróides anabólicos- androgênicos
em seres humanos sadios com menos de 50 anos de idade, em doses terapêuticas
medicalmente aprovadas, com frequência e por si só não
produz quaisquer melhoras significativas na força, na endurance aeróbica,
na massa corporal magra, nem no peso corporal;
2)Não existe qualquer evidência científica conclusiva de
que doses extremamente altas de esteróides anabólicos-androgênicos
facilitem ou dificultem o desempenho atlético;
3)O uso prolongado de esteróides anabólicos-androgênicos
orais (derivados C17 da testosterona) resultou em distúrbios hepáticos
em algumas pessoas. Alguns desses distúrbios aparentemente são
reversíveis com a cessação do uso do medicamento, porém
outros não o são;
4)A administração de esteróides anabólicos-androgênicos
em homens pode resultar numa redução no tamanho e na função
dos testículos e numa menor produção de esperma;
5)Terão que envidar-se esforços sérios e contínuos
para educar atletas de ambos os sexos, técnicos, professores de E.F.,
médicos treinadores e o público em geral acerca dos efeitos inconstantes
dos esteróides anabólicos-androgênicos sobre a melhora
do desempenho físico humano e também acerca dos perigos potenciais
de tomar certas formas dessas substâncias, especialmente em altas doses,
por períodos prolongados;
6) Em mulheres, especialmente aquelas que ainda não amadureceram plenamente,
são suscetíveis a perigos específicos. Estes incluem"masculinalização,
ruptura do padrão normal de crescimento, alterações vocais,
acne, hirsutismo e aumento do clítoris. Os efeitos a longo prazo sobre
a função reprodutora são desconhecidos, porém esteróides
anabólicos podem ser prejudiciais nessa área. Sua capacidade
de interferir com o ciclo menstrual foi bem documentada.
Grande abraço e até a próxima
!