Qua, 17/12/08 21:31
PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES
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279.
Tratamento Fisioterápico e Hidroterápico
para pacientes de Osteoporose - 223/10/01
Estou precisando de informações sobre tratamento fisioterápico
e hidroterápico para pacientes com osteoporose na coluna vertebral.
Sou fisioterapeuta vou apresentar uma palestra sobre este assunto e não
achei muitas informações. Encontrei o site de vocês e achei
muito bom. Sei que poderei contar com seus auxilios.
Obrigada. Anna Lucia
Oi Anna Lucia, sobre o tema voltado para a fisioterapia não encontramos
quase nada, mas na área de Educação Física temos
alguns textos que acrescentamos abaixo. No entando, enviamos sua pergunta para
alguns Consultores, e veja o que eles retornaram:
Leonardo
Duarte Picchi
Bom dia!!
Não sei se ajudarei muito, mas preconiza-se no tratamento da osteoporose
os exercícios de baixo impacto, por exemplo, a hidroterapia.
Obtive algumas informações há pouco tempo, mas não
confirmadas, que existe uma pesquisa realizada na USP-SP com a utilização
da musculação para pacientes com osteoporose que vem tendo grandes
resultados.
Sabe-se que o repouso excessivo e os exercícios de impacto são
prejudiciais à osteoporose, por contribuir à progressão
da doença ou por haver risco de fraturas, respectivamente.
Para que as trabéculas ósseas tornem-se resistentes é necessário
o trabalho de baixo impacto utilizando assim, as forças piezoelétricas.
Estas forças atraem partículas osteogênicas (condroblastos)
por diferenças de cargas elétricas que, sem estas, fica inviável
a regerenação celular.
Diante disto, dá para executar várias atividades visando a melhora
do paciente em questão.
Qualquer dúvida, entre em contato. Ft.
Leonardo Duarte
Profa.
Ms. Ana Cristina Rodrigues,
Anna Lúcia, A melhor forma de obter informações
atuais sobre o tratamento fisioterápico de pacientes com
osteoporose na coluna vertebral é por meio do Medline. Para
isso você deve entrar no endereço eletrônico http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed/
Estou enviando (enviado via e-mail para a usuária) o resumo de alguns
artigos em inglês sobre o assunto. Ana Cristina R. Lacerda
Leia ainda alguns textos sobre a Osteosporose:
Hidro x Osteoporose;
Hidro e Osteoporose - Tem ou não tem Impacto? Eis a questão.;
Artrite, Artrose e Osteoporose ;
O que é Osteoporose
? ;
Osteoporose, fatores de risco e opções terapêuticas;
280.
A religião x Educação
Física - 23/10/01
Ao entrar em uma igreja protestante e ao escutar as músicas daquela
igreja, percebi que ao som das músicas, os fiéis começavam
a dançar. Então, gostaria de saber se há alguma relação
entre Educação Física e religião, sendo que a Educação
Física é o estudo do movimento do corpo e a religião também
trabalha com isso no que tange à dança. Gostaria de saber também
se eu poderia fazer uma monografia ou defender uma tese com esse assunto. Hugo
Barbosa de Paulo - Estudante de E.F.
Oi Hugo, muito interessante sua observação ! Nos parece um ótimo
tema para pesquisa e talvez tenha condições de procurar por outros
que já elaboraram suas teses e monografias dentro do mesmo assunto.
Uma dica é acessar o rol de links de pesquisa em nossa página, aqui.
Procure em sites brasileiros de universidades como o CEV.
Convidamos um de nossos Consultores que há muito tempo lida com a dança,
costumes brasileiros etc...para lhe dar uma luz sobre o tema, o Prof.
José Anchieta, o qual, prontamente,
lhe retornou o seguinte:
Na verdade, muitas religiões apresentam canções
e alguma forma de dança. E na história da humanidade muitas influenciaram
as culturas onde se manifestaram e, vice-versa, muitas religiões sofreram
influências regionais e folclóricas em seus cultos. O Brasil é exemplo
disso. O Candomblé representa uma fonte de inspiração e
influência muito forte em nosso folclore.
Contudo, encontrar uma relação direta com a educação
física seria forçar demais. Onde há música há dança
e isso, não significa que onde há dança deva existir preocupação
ou correlação educacional ou pedagógica.
Religião está mais relacionada com folclore e arte do que com
educação, mas isso não invalida uma análise de
movimentos corporais ou expressivos que podem ser utilizados em algum processo
pedagógico corporal. Assunto que também já foi estudado
e levantado em técnicas de aulas que utilizam ritmos folclóricos.
José Anchieta.
Boa sorte !
281.
Brinquedos e Brincadeiras como recurso fisioterapêutico
- 24/10/01
Onde posso encontrar informações sobre brinquedos e brincadeiras
como recurso fisioterapêutico?
Agradeço desde já! Priscila Cunha Santos - Estudante de Fisioterapia
Olá Priscila, ficamos meio que sem entender para que área você poderia
estar querendo estes recursos. Então pedimos ajuda para o Prof.
Leonardo Picchi, nos sugeriu o seguinte:
Essa usuária, provavelmente, trabalha ou quer trabalhar
com crianças portadoras de patologias neurológicas, portanto o
melhor lugar para ela tirar qualquer tipo de dúvida é a AACD (em
SP).
Seria muito subjetivo eu dar exemplos de brincadeiras, pois depende muito das
dificuldades do paciente e do trabalho que a/o terapeuta deseja executar, asssim
como da criatividade do mesmo. Qualquer dúvida, entrem em contato. Abraços
Leonardo
Então, a partir daí, buscamos ajuda especializada do Dr.
Luzimar Teixeira, que desenvolve um belo trabalho com deficientes na USP,
nos retornando o seguinte:
Cara usuária, se você for de São Paulo
- Capital, ou tiver facilidade de acesso sugiro visitar a Estação
Especial da Lapa, que tem um Centro Lekotek (Uma Biblioteca de brinquedos, sendo
sua principal atividade orientar e apoiar as famílias de crianças
e adolescentes portadoras de necessidades especiais) . Mantêm também
uma parceria com o Centro de Habilitação "Promove", que
visa estabelecer relação e vínculos entre as pessoas através
de jogos e brinquedos. Os brinquedos também são emprestados para
as famílias.
Os contatos com a Estação:
Rua Guaicurús, 1274 Lapa SP
Fone/fax (11)3873-6760
homepage www.fussesp.sp.gov.br
e-mail para contato teresinhamauro@sp.gov.br
Abraços. Luzimar
Tudo de Bom!
282.
Periodização
do Treinamento de Voleibol - 26/10/01
Preciso montar um macrociclo de vôlei, na verdade, um projeto
anual de treinamento. Poderiam me exemplificar como fazer? Obrigado.
Aguardo ansiosa.
Eliane Madureira
Olá Eliane, enviamos sua pergunta para alguns consultores e alguns,
gentilmente, nos retornaram o seguinte:
Prof. Romu Romualdo,
Querida Eliane Madureira,
Existem duas linhas de estudos sobre periodização de treinamento:
uma atende as necessidades das crianças e adolescentes que poderá ser
encontrado no livro " O PROCESSO DE TREINAMENTO DESPORTIVO", da editora
LIVROS HORIZONTE LTDA, cujo o autor é L. MATVEIV. A outra pode ser melhor
aplicado em adultos e poderá ser encontrada nos livros: CIÊNCIA
DO TREINAMENTO DESPORTIVO do grupo PALESTRA ESPORTE, cujo o autor é ANDREI
ZAKHAROV com a adaptação cientifica do Prof. ANTÔNIO CARLOS
GOMES; no outro livro você encontrará trabalho especifico para
esporte coletivo, por exemplo programa para desenvolvimento da potência
de salto dos jogadores de voleibol. O livro é FORÇA - Treinamento
da Potencia muscular/ método de choque, editora MIDIOGRAF- Londrina/PR,
o autor YURI VITALI VERKHOSHANSKI. No livro do Matveiv você encontrará um
modelo mais tradicional de periodização e nos outros dois livros(do
Zakharov e do Verkhoshanski) você encontrará modelo mais recentes,
aqui no Brasil, de periodização em Bloco cujo o professor Antônio
Carlos Gomes da Universidade Estadual de Londrina, Doutor em Treinamento Desportivo
na Rússia, é um dos maiores especialista do assunto no Brasil.
Onde você poderá encontrar as mesmas informações é no
livro do ESTÉLIO H. M. DANTAS, A PRÁTICA DA PREPARAÇÃO
FÍSICA da editora SHAPE. Em anexo encaminhei um modelo de periodização
para voleibol feminino de 15 a 17 anos (clique
aqui para fazer o download), o qual nosso clube trabalhou este ano e espero
que possa te ajudar. Mas não esqueça, a melhor maneira de ajudar é através
da leitura e do estudo. É o que mais precisamos na nossa profissão.
Prof. Romu.
Prof.
Marcelo de Oliveira,
Antes, você precisa ter um calendário de competições
(se for possível). Deve-se dividir o treinamento em período de
base (com bastante volume e baixa intensidade, priorizando as características
físicas e técnicas gerais. Passado este período, vamos
lentamente entrando no específico, com aumento gradativo de intensidade
e diminuição de volume de treino. Começam-se os treinamentos
de técnica específicas e táticas de jogo.
Próximo do início das competições, entra-se no
refinamento de técnica individual e aumenta-se a intensidade de coletivos.
Profa.
Fernanda Xineider,
O Voleibol é um esporte concentrado em trabalhos de corridas curtas,
saltos e lançamentos.
Um macrociclo deve apresentar:
PREPARAÇÃO:
|
Fase
Básica
|
Fase
Específica
|
Fase
de Competição
|
Física |
60%
|
40%
|
20%
|
Técnica |
40%
|
40%
|
40%
|
Tática |
---
|
40%
|
40%
|
O livro: A PRÀTICA DA PREPARAÇÃO FÍSICA 4ª ED.
ESTÉLIO H. M. DANTAS ED. SHAPE,
Poderá auxiliar a colega no que diz respeito à periodiação
do treinamento. Fernanda Xineider.
Bom Trabalho!
283.
Periodização
do trabalho aeróbio a partir do VO2 máx e FCM-
26/10/01
Como calcular METs na esteira? Para fornecer os dados completos à minha
aluna que faz caminhada na esteira, como obter os METs e km/h? Devo montar
o programa de acordo com o % da FC máx X idade , ou de acordo com a
% FC de treino uma vez que estas duas fórmulas apresentam respostas
distintas? Patrícia Gontijo - Profa. E.F.
Olá Patrícia, estamos tentando entrar em contato pelo seu e-mail
mas todas as respostas retornam, então esperamos que entre em contato
para alterá-lo ok? O trabalho desta aluna vem precedido de uma Avaliação
Física e de posse dos dados terá condições de trabalhar
com ela. Para ajudá-la convidamos alguns consultores e nosso caro Prof.
Luiz Carlos de Moraes, prontamente lhe trouxe o seguinte:
Amiga Usuária! Para chegar a essa informação
você precisa aplicar o teste ergométrico numa esteira possuindo
inclinação automática cujo painel forneça dados confiáveis
de velocidade e escolher um protocolo que mais se ajuste ao perfil do seu cliente.
O teste visa estabelecer o VO² Máximo que é um
valor que nesse caso você precisa ter na prescrição do
exercício. Para isso escolha o protocolo mais adequado ao seu cliente clicando
aqui . De posse do valor do VO² Máx. você pode relacionar
com MET usando as comparações de valores fisiológicos:
1 MET é igual a 3,5 ml/kg/min. Ou
seja, 3,5 ml/kg/min refere-se, de acordo com a literatura atual, ao VO² de
repouso de qualquer pessoa normal.
Para estabelecer o percentual de intensidade do exercício
que você deseja para seu cliente, use as fórmulas de Karvonen, que
levam em consideração VO² de Repouso ou Freqüência
Cardíaca de Repouso do dia: (VO² MAX - VO² REPOUSO) x INTENSIDADE
+ VO² REPOUSO
Se desejar prescrever pela Freqüência Cardíaca
Máxima atingida no teste, use a fórmula também de Karvonen:
FCT = (FCM - FCR) x INTENSIDADE + FCR
Onde FCT é a desejada, FCM a máxima do teste e a FCR é a
de repouso tomada no dia, de preferência um pouco antes do treinamento
e Intensidade é a desejada.
Vamos então a um exemplo de um cliente
com VO² Máx de 27,75 mL/kg/min e FCM=151 bmp. Considerando
1 MET = 3,5 ml/kg/mim pela regra de três simples 27.75
mL/kg/min. será igual a 7,92 MET.
Prescrição Baseada em Percentual do VO² Max. utilizando
a fórmula de Karwonen: (VO² MAX.- VO² REPOUSO) x INTENSIDADE
+ VO² REPOUSO
Considerando 60% temos: (27.75 - 3,5) x
0,60 + 3,5 = 18,05 mL/kg/min = 5,15 METs
Considerando 80% temos: (27.75 - 3,5) x 0,80 + 3,5 = 22,9 mL/kg/min = 6,54
METs
Prescrição
Baseada no Comportamento da FC utilizando A fórmula de
Karwonen : FCT (FCM - FCR) x INTENSIDADE + FCR
Considerando 60% temos: (151 - 60) x 0,60
+ 60 = 114 BPM
Considerando 80% temos: (151 - 60) x 0,80 + 60 = 132 BPM
O treinamento, considerando
as recomendações do Colégio Americano de
Medicina esportiva, deverá situar-se entre 60% e 80% do
Consumo Máximo de Oxigênio ou 60% a 80% da FCM encontradas
nos testes ergométricos. Você pode também
utilizar tabelas que relacione velocidade km/h com MET. Em livros
mais antigos sendo um deles POLLOCK, Michael L. - Exercício
na Saúde e na Doença. Ed. Medsi, 2ª edição,
R.J. 1993.
Espero ter ajudado. Um grande abraço ! Luiz Carlos de
Moraes CREF1 RJ 003529
Segundo o Dr. Raimundo Nascimento, Cardiologista, é sempre
bom lembrar que os valores de Zona Alvo recomendados para o treinamento aeróbio,
Patrícia, são para indivíduos normais, dentre os quais não
entram os que tomam medicamentos do tipo: Diuréticos, Beta Bloqueadores
(para esses não é necessário fazer a zona alvo apenas diminuir
do valor 220-idade- 50), Digoxina, Vasodilatadores, Bloqueadores de Calcio e
aqueles que têm ação no Sistema Nervoso Central. Para tais
grupos de indivíduos é necessário consultar o médico
para estabelecer a Zona Alvo.
Sucesso em sua Periodização!
284.
Propriocepção
- 26/10/01
Onde posso encontrar material sobre propriocepção?
Caro Usuário, enviamos sua pergunta para o FT. Leonardo
Duarte Picchi e ele lhe dá as seguintes dicas:
Olá! A Propriocepção é um dos trabalhos
mais importantes a serem realizados principalmente em pós-cirúrgicos
e também na reabilitação de entorses em geral. A importância
desse assunto vem crescendo cada vez mais em nosso cotidiano. Os livros "Gould
III, James A., "Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte",
2ª edição - 1993, Ed. Manole e o Knight, Kenneth L., "Crioterapia
no Tratamento das Lesões Esportivas", 1ª edição
brasileira - 2000, Ed. Manole" trazem ótimos textos sobre esse assunto.
Qualquer dúvida, entrem em contato. Abraços FT. Leonardo Duarte
CDOF: Segundo o livro Cinesiologia Clínica de Brunnstrom,
propriocepção é um termo que se refere ao uso do "input" sensorial
dos receptores dos fusos musculares, tendões e articulações
para discriminar a posição e movimento articulares, inclusive a
direção, amplitude e velocidade, bem como a tensão relativa
sobre os tendões, ou seja, são receptores especializados nos músculos,
nas articulações e nos ligamentos que são sensíveis
a distensão, à tensão e à pressão, que retransmitem
rapidamente a informação acerca da dinâmica muscular e do
movimento dos membros para as porções conscientes e inconscientes
do sistema nervoso central, para o devido processamento. Assim o progresso de
qualquer movimento ou sequência de movimentos é registrado continuamente
a fim de proporcionar a base para modificar o comportamento motor subsequente
(Mcardle e katch, 1992). Alguns neurofisiologistas também incluem os órgãos
vestibulares no sistema proprioceptivo, porque sua eferência proporciona
o conhecimento consciente da orientação e dos movimentos da cabeça.
Os impulsos proprioceptivos são transmitidos por fibras aferentes o grupo
I, e são integrados em vários centros sensorimotores para regular
automaticamente os ajustes na contração dos músculos posturais,
mantendo assim o equilíbrio postural (Brunnstrom, 1989).
Leia mais: Core Board
Abraços!
285.
Repetições
e séries adequadas para membros superiores e inferiores
- 27/10/01
Gostaria de saber se no trabalho de hipertrofia e RML dos membros
superiores e inferiores devem ter mesma série e repetições, ou se
os membros inferiores devem ter séries e repetições mais
altas, como afirmam várias bibliográfias? Paulo Fernando Cabrera
Júnior - Estudante.
Oi Paulo,
Essa é uma pergunta comum mas que desencadeia uma grande
polêmica entre os Educadores Físicos. Existem literaturas apoiando
a homogeneidade do trabalho de membros superiores e inferiores e outras apoiando
justamente o contrário, devido a diferença da localização
e quantidade das fibras.
Enviamos sua pergunta para alguns consultores e dois deles
nos retornaram enviando suas contribuições:
Prof.
Fábio Venturim
Ao meu ver os grupamentos devem trabalhar
com os mesmos números de repetições e séries,
em função de que a escolha da carga utilizada seja
sempre em valores percentuais, isso dará a proporcionalidade
devida em valores de peso, séries e repetições
para os grupos independente de sua localização. Fábio
Venturim.
Prof.
Cláudio Bacci,
Caro amigo, esta é uma questão muito importante
e que deve ser abordada com cuidado. Necessita-se observações fisiológicas,
biomecânicas e , principalmente, da individualidade do executante.
Segundo esses pontos de vista, temos que para se treinar a
força, dados de Hoeger e colegas (1987, 1990), apud Fleck e Kraemer (1999),
baseiam o número de repetições e séries do programa
de treino, com o percentual de 1 RM (repetição máxima),
tanto para pessoas treinadas, como para não treinadas e em homens e mulheres.
Foi demonstrado que essa relação varia com a quantidade de massa
muscular necessária para realizar o exercício. Dessa forma, exercícios
que utilizam uma grande quantidade de massa muscular, pode realizar um número
maior de repetições para o que seria o máximo em 1 RM. Um
exemplo, a pressão de pernas, comparado com a extensão de joelhos.
Da mesma forma, a rosca bíceps, comparado à puxada alta na polia.
Nessa linha de raciocínio, temos ainda o aparelho utilizado para se exercitar.
Se executado com pesos livres, a dificuldade torna-se maior, para promover o
equilíbrio, aumentando-se a quantidade de massa muscular solicitada, comparada
aos aparelhos que estabilizam o movimento, facilitando o movimento para o executante.
Observando-se o referido anteriormente, Hoeger e colaboradores (1987, 1990) abordam
que o método usado para determinar a carga a ser usada para exercícios
específicos em um programa de treinamento deve ser cuidadosamente pensado
para cada grupo muscular, para cada tipo específico de levantamento e
para o método de exercício usado (peso livre x aparelho).
Fleck e Kraemer (1999) observam como característica
de programa para objetivos básicos em treinamento de força com
finalidade de hipertrofia: uma intensidade de alta à moderada (6-12 RM);
números mais altos de repetições são usados algumas
vezes, especialmente com superséries (séries back-to-back para
o mesmo grupo muscular); grande variedade de ordem de série de exercícios;
períodos de descanso curtos entre as séries e exercícios
menor que 1,5 minuto e número total de séries por músculo
ou grupo muscular maior que 3.
Heyward (1997) observa como característica, o tipo de
exercício, se é uni-articular ou multi-articular. Mais uma vez
observamos a quantidade de massa muscular envolvida. Indica para um programa
de hipertrofia, manter-se a intensidade entre 70-75% de 1 RM, ou 10-12 RM, de
5 a 6 séries, uma freqüência semanal de 5 a 6 vezes e a duração
do programa maior ou igual a 12 semanas.
Todos indicam que os exercícios que utilizam grande
massa muscular (multi-articulares) devem preceder os de menor quantidade de massa
muscular (uni-articulares), que fadigam precocemente.
Caro colega, a quantidade de massa muscular envolvida no exercício é um
dado importantíssimo, pelo que observamos. Dessa forma, tanto nos membros
inferiores como nos superiores, deve-se programar os exercícios, segundo
o grupo muscular envolvido. Observamos também, que exercícios multi-articulares
de membros inferiores podem, ou não, necessitar de maiores quantidades
de massa muscular, comparados a exercícios multi-articulares nos membros
superiores. Devemos então, tomar todo cuidado para não generalizarmos.
Como sugestão, procure mais referências bibliografias.
Fleck, S. J. & Kraemer W. J. Fundamentos do Treino de Força
Muscular. Artmed, Porto Alegre, 1999.
Brooks, D.S. Program Design for Personal Trainers - Bridiging Theory into Application.
Human Kinetcs, Champaign IL, 1998.
Prof. Cláudio Bacci.
Procuramos também
na literatura sobre o assunto e conseguimos informações
vindas de outro ponto de vista. James E. Wright, PhD - 1991,
descreve algumas alterações de acordo com treinamento
e grupo muscular:
TOTAL
DE SÉRIES
POR GRUPO MUSCULAR POR TEMPO DE TREINAMENTO
|
|
Baixo Volume
|
Médio
Volume
|
Alto Volume
|
Grupos Musculares
|
até 2
meses
|
de 2 a 3,5 meses
|
de 3,5 a 5 meses
|
de 5 a 6,5 meses
|
de 6,5 a 8 meses
|
de 8 a 12 meses
|
+ de 12 meses
|
Coxas
|
2-3
|
3-4
|
4-5
|
6-8
|
8-10
|
10-12
|
12-15
|
Costas
|
2-3
|
3-4
|
4-5
|
6-8
|
8-10
|
10-12
|
12-15
|
Peito
|
2-3
|
3-4
|
4-5
|
6-7
|
8-9
|
9-10
|
10-11
|
Ombros
|
1-2
|
2-3
|
3-4
|
4-6
|
5-7
|
6-8
|
7-9
|
Tríceps
|
1-2
|
2-3
|
3-4
|
4-6
|
5-7
|
6-8
|
7-9
|
Bíceps
|
1-2
|
2-3
|
3-4
|
4-6
|
5-7
|
6-8
|
7-9
|
Panturrilhas
|
2-3
|
3-4
|
4-5
|
5-6
|
6-8
|
8-10
|
10-12
|
Antebraço
|
----
|
1-2
|
2-3
|
3-4
|
4-6
|
5-7
|
5-7
|
Abdômem
|
1-2
|
2-3
|
4-5
|
5-6
|
6-7
|
8-10
|
8-10
|
|
|
|
|
Obs:
Mulheres deste período em
diante não têm as séries
de bíceps e tríceps aumentadas
|
|
|
Leia também: Melhor
série de Hipertrofia na Musculação
Abraços!