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Ter, 16/12/08 11:10

PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES AO CDOF RESPONDE
CONSULTORIA GRATUITA CDOF

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243. Educativos para Nado de Costas para quadril baixo - 22/08/01
Gostaria de saber alguns educativos do nado costas para corrigir os alunos que nadam com o quadril baixo. Obrigada. Alba Lucia - Recife - PE
   Oi Alba, este é um pequeno problema da maioria dos iniciantes que fazem o nado de costa. A saída para não "afundar " do futuro nadador, é de "sentar-se" na água ou simplesmente fruto do pânico é o de debater para recuperar o pé após uma breve tentativa da braçada. Para alinhar este aluno, deve ter em mente que ele deve assumir uma posição em que suas orelhas fiquem próximas a superfície, assim terá grandes chances de estar na posição plana e horizontal. Ele deve ser encorajado a manter seus olhos para o" teto", ou seja, para cima, e ligeiramente pra a frente em direção aos pés, ao invés de ficar olhando para o deslocamento. A extensão excessiva da cabeça para trás algumas vezes tende a supercorrigir o afundamento do quadril do nadador. O Efeito é elevar as pernas na água, causando espalhamento desnecessário e a redução da eficácida do batimento das pernas.
   Uma coisa importante para manter esta flutuação é o batimento das pernas, elas devem terminar seu batimento, tipo chicotear pra cima, com os pés estendidos imediatamente abaixo da superfície da água. O batimento para baixo deve ser feito com as pernas estendidas o que ajudará a elevar o quadril e mantê-lo nesta posição.

Levamos seu caso para alguns de nossos consultores e veja o que eles aconselham:
Prof. César Augustus:
    Cara colega, Pode tentar dar um educativo de pernas com a pranchinha e fazer com que seu aluno encoste a abdômem na prancha e devagar vá entroduzindo um braço de cada vez. Irei procurar mais informações sobre esta dificuldade, Ok?
Um abraço César.
Como complemento, Alba, consultamos o Livro: A Ciência do Ensino da Natação e o autor:Mervyn L. Palmer, sugere o seguinte para corrigir o problema :

1)Observação da posição horizontal do corpo;
2)Práticas de Impulsão e deslizamento na superfície da posição supina;
3)Práticas somente do movimento de pernas sem flutuadores na posição totalmente estendida (ex: segurando em uma barra de costas, executar o batimento das pernas);
4)"Tentar levantar a barriga" ou "traseiro";
5)Levantar bem a cabeça pra trás - Olhar pra cima;
6)Tranquilidade e incentivo.

Profa. Soraia Dutra ,
   Alba, O nado de costas é um nado que requer uma boa flutuação em decúbito dorsal, e muitas vezes o aluno sente grande dificuldade em executar esta flutuação, que é à base da aprendizagem. O posicionamento da cabeça é um fator muito importante, portanto observe se seu aluno a faz corretamente. Isto interfere diretamente no quadril, levante este a ficar baixo. Como popularmente é dito, posição de “sentado na cadeira”.
A cabeça deve se manter alinhada, com a água até o meio das orelhas. O olhar deve procurar um ponto fixo a sua frente, o que pode o orientar sobre seu alinhamento durante os exercícios.
    Alguns educativos de nado costas (todos em decúbito dorsal):
* Executar a pernada, segurando a prancha com as duas mãos, na altura do quadril. Manter o quadril colado à prancha.
*Braços estendidos para trás, segurando a prancha com as duas mãos, executando a pernada.
*O mesmo exercício anterior, sem a prancha.
   Quando trabalhamos com crianças é diferente, pois as crianças não têm uma consciência corporal, para que possam corrigir seus próprios erros. É preciso estar dentro da água com elas e utilizar alguns artifícios, como levantar um objeto a sua frente, para que ela olhe e corrija sua cabeça. Utilizar algum objeto sobre seu abdome, para que ela mantenha o equilíbrio, ou mesmo pedir que “coloque o umbigo para fora da água”. Espero ter lhe ajudado, boa sorte!
Fonte bibliográfica: GOMES, Wagner D. F. Natação, uma alternativa metodológica.Rio de Janeiro. Ed. Sprint.1995.
Boa sorte!

244. Musculatura assimétrica- 22/08/01
Faço musculação e fiquei com o peitoral esquerdo maior que o direito. O que faço?
2)Qual é a quantidade de proteína aproximada em um quilo de carne? Tiago Melo
   Oi Tiago Melo, este é um problema que ocorre bastante hoje em dia nas academias, muitas vezes isso se deve por falta de equilíbrio de sobrecargas, coordenação na execução e de alongamentos. Enviamos sua pergunta para alguns consultores e veja o que um deles nos responde:
Prof. Leonardo Cabral:
   Caro usuário, em primeiro lugar você deve procurar em sua avaliação, que você deve ter feito antes de começar seu treinamento, se por acaso existe algum indicador de algo que possa ter favorecido o acontecimento de tal fato.
Segundo lugar, durante seu treinamento você deve evitar de utilizar exercícios unilaterais e com halteres, justamente para tentar corrigir esta falta de simetria da musculatura. Espero ter ajudado. Atenciosamente, Prof.Leonardo F. Cabral
Boa malhação!

245. As Vantagens do Esporte na Adolescência - 25/08/01
MEU NOME É DAYENNE, EU SOU ESTUDANTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E TENHO QUE DEFENDER UMA TESE, QUAIS AS VANTAGENS DO ESPORTE NA ADOLESCÊNCA?
   Oi Dayenne, Entramos em contato com o Prof. Marcelo de Oliveira, e ele ,gentilmente, lhe fornece algumas bibliografias para que você consulte:
O esporte em específico é mais complicado, mas aí vai uma via de acesso:
- Grecco, Pablo Juan-Iniciação Esportiva Universal;
- Oliveira, Marcelo de.- Desporto de Base, Ícone, 1998;
- Guarino,M.- Manual do Técnico Desportivo. Ícone, 1996;
- Ferreira, Priscila Ribeiro.- Esporte, Cultura e Escola: um caminho necessário in Esporte com Identidade Cultural. Brasília, Indesp, 1996.

Veja nossas sugestões de livros em Adolescentes

Textos da Web:
Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na infância e adolescência
Juvenile Obesity, Physical Activity, and Lifestyle Changes
Boa sorte!

246. O Body Combat e a queima de gordura - 26/08/01
É verdade o que dizem sobre o Body Combat, que ele não queima tanta gordura, mas sim açúcar? Paulo Herique .
Oi Paulo, levamos sua questão para o Prof.Fabrício Gontijo de Sá, e ele nos traz o seguinte:
   Para relembrarmos, a palavra sensata é predomínio. Temos sempre que lembrar disso ao associarmos exercício físico ou prática esportiva com as fontes de obtenção de energia para suprir a demanda exigida. De acordo com WEINECK (1999), o modo de obtenção de energia durante um treinamento esportivo dependo do tipo de estimulação do mesmo % Energético.
   Todos os nutrientes participam do fornecimento de energia para a realização do exercício. Mas à medida que o tempo passa, começa a haver predomínio de uma relação à outra. Ainda segundo WEINECK (1999), a expressão da queima de gorduras depende, entretanto, do tipo de trabalho, da duração do mesmo, da intensidade, do número de músculos envolvidos e do tipo de suas fibras.
Observando as aulas de BodyCombat, percebe-se que indivíduos com baixo nível de condicionamento físico, não conseguem participar de maneira ininterrupta durante o tempo de realização, parando várias vezes para "recuperar o fôlego".
   Outro aspecto é o caráter intermitente da aula. Isto, de certa forma, provoca um comportamento oscilatório da freqüência cardíaca: altos e baixos níveis de freqüência. Existe predomínio de momentos de intensidade média e intensa. Desta forma, é provável que indivíduos de baixo e médio condicionamento não estejam dentro da zona favorável para a solicitação das gorduras. EDWARDS (1992) preconiza que a zona de controle de peso é aquela que fica situada entre 60 e 70% da FCmáx. Nas aulas de BodyCombat a freqüência cardíaca, geralmente extrapola esta zona. É bem provável, então, que nesta modalidade o modo de obtenção de energia seja suprida através de uma degradação anaeróbica do açúcar intracelular (glicogênio) e aeróbica de carboidratos. Quando a gordura começa a ser solicitada com mais predomínio o tempo do estímulo está acabando (acaba a aula). Sendo assim, para redução de gordura corporal, penso que está modalidade não é a melhor.
Fonte:
WEINECK, J. Treinamento Ideal. Manole. 9ª edição. São Paulo. 1999.
EDWARDS, S. O Livro do Monitor de Freqüência Cardíaca. Colorado, USA. 1992 .
Fabrício G. Sá - Prof. Educação Física ...... um abraço !
Boa sorte!

247. Zona Alvo de Treinamento para corridas e provas e Bolhas nos pés - 26/08/01
Pessoal, minha idade é 36 anos. Tenho duas dúvidas: 1) Corro 1h em dias alternados. Monitoro a freqüência cardíaca e nunca ultrapasso 85% do máximo para a minha idade. Este limite pode ser ultrapassado, sem prejuízo da saúde, quando se participa de provas? 2) O que os corredores fazem para amenizar o problema de bolhas nos pés? (Sinto que poderia correr por mais tempo, não fosse este problema). Era isso. Abraços. Marco Aurélio - Auditor
Oi Marco Aurélio, muito interessante sua pergunta e temos certeza que outros tirarão proveito. Convidamos o Dr. Renato Romani para esclarecê-lo e ele prontamente nos atende dizendo o seguinte:
Prezados amigos;

   Para ter um bom desenvolvimento físico para o desempenho em provas, e competições o acompanhamento de um profissional da educação física é fundamental. Nesse caso em que você treina sua freqüencia cardíaca (FC) deve ser analizada através de um teste de esforço, pois saberíamos calcular com precisão a zona alvo de treinamento. O exame ergoespirométrico pode mostrar com maior minúcia o seus limiares para calcularmos e planejarmos sua planilha de treinamento. Assim, treinar acima de 85% da FC pode ou não ser prejudicial, dependerá em que fase do treinamento você está, se quer expandir seu limiar anaeróbico, da prova que você irá competir e de sua alimentação.
   Com relação a bolhas no pé, o grupo de pé e tornozelo aqui da USP na área de traumatologia esportiva indica que o uso de calçados especiais (tipo running) com um sistema de absorção adequado e FIRME ao pé não provoca bolhas.    Vamos entender como comprar um tênis então...
(1) Primeiro, achar um modelo que caiba em vosso orçamento lembrando que de 3 ou de 4 em 4 meses você terá que comprar um par novo;
(2) Segundo, o "test-drive" é fundamental, são muitos os tipos de pé, surgindo diversos tipos de tênis, assim aquele que melhor mostrar-se confortável é o mais indicado - A Mizuno criou um material adequado a lhe mostrar qual o melhor tênis;
(3) Terceiro, não poderá existir folgas do pés dentro do tênis, daí a meia ser um acessório importante apesar de renegado muitas vezes (pior que o tênis a durabilidade das meias podem chegar a míseros 10 dias!!);
(4) Usar dois ou três pares por semana, o "revezamento" dos tênis é um bom recurso;
(5) Nunca comprar um tênis e ir correr uma maratona com ele!!! Esse tênis tem que se acomodar ao seu pé!!
   Assim vemos que treinar é bem diferente de correr para a manutenção da saúde, e para isso o acompanhamento profissional é fundamental. Atenciosamente; Dr. Renato Romani

Recebemos também a contribuição do Prof. Luiz Carlos de Moraes, e ele nos diz o seguinte:

A intensidade dos treinamentos mais modernos e mais adequados são "amarrados", por assim dizer, em Freqüência Cardíaca Máxima e VO2 Máximo avaliados em teste ergométrico ou, na impossibilidade, por testes indiretos de campo como o de Cooper ou de Conconi, ambos, se bem aplicados, com razoável confiabilidade.
   A equação tradicional 60 a 85% da freqüência Cardíaca extraída da fórmula 220-idade é sugerida pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva levando em consideração a segurança do praticante de atividade física que não visa grandes performances e sem muito compromisso com a regularidade. Para as pessoas já acostumadas a fazer atividade física de modo regular, a fórmula de Karvonen, na minha opinião, e é a que eu uso com os meus clientes personalizados, leva em consideração a Freqüência Cardíaca de Repouso do dia. É um fator bastante importante porque além da FCR ser normalmente menor nos fisicamente ativos, ela pode variar com o nível de estresse emocional ou mesmo físico. Um treino mais puxado, por exemplo, pode elevar a Freqüência Cardíaca de Repouso (FCR) no dia seguinte obrigando a uma atividade mais leve.

   Vejamos o exemplo de um aluno de 50 anos, imaginando que sua freqüência cardíaca de repouso (FCR) seja de 52 batimentos, freqüência normal nas pessoas fisicamente ativas. Pela fórmula 60 a 85% da freqüência cardíaca máxima (FCM) extraída da equação (220-idade) x 0,60 e 0,85, a Freqüência de Treinamento (FT) estaria situada entre 102 e 144 batimentos por minuto. Pela de Karvonen, se for levado em consideração a mesma teoria de FCM, a FT a 60%=(FCM-FCR)x0,60+FCR, o resultado já seria de 122 batimentos e para 85% o resultado seria de 152 bpm. Portanto, bem diferente da tradicional e mais confiável.

   A freqüência cardíaca de repouso pode ser contada no próprio pulso algumas horas antes de ir treinar numa situação bem tranqüila ficando sentado quieto por pelo menos três minutos e em seguida contar. A outra forma de avaliar a intensidade, mas que exige um pouco mais de prática, é seguir a escala de Borg, onde o próprio praticante faz uma avaliação subjetiva do seu esforço. Como funciona? Numa escala numérica de 0 a 12 o aluno ou o atleta usa sua própria sensibilidade e se posiciona para saber o grau de
esforço percebido. É bom lembrar que a escala de Borg não invalida os outros métodos. ESCALA DE BORG (O - Nenhum Esforço Real) - (0,5 - Extremamente Fraco) - (1 - Muito Fraco) - (2 - Fraco) - (3 - Moderado) - (5 - Forte) - (7 - Muito Forte) - (10 - Extremamente Forte ) - ( 12 - Máximo Absoluto).

   Ainda pode ser usado o bom senso. Ao caminhar, correr ou pedalar, se conseguir conversar normalmente, pode aumentar. Se consegue responder já procurando encurtar as frases, o esforço pode estar na medida certa. Se apenas responde com monossílabos... "a coisa está feia". Diminua.

   É bom lembrar. A importância das avaliações cardiovasculares está justamente no fato de se poder prescrever a intensidade de cada exercício mais adequada a cada cliente. Valores de Freqüência Cardíaca Máxima, de Repouso e Basal, VO2Máximo e Limiar Anaeróbio, variam de indivíduo para indivíduo fase de treinamento e não dependem necessariamente do fator idade. Somente com esses dados pode-se prescrever treinamentos que visem o aumento do VO2 Máximo, entre eles ultrapassar 85% da FCM.
Mais uma dica. Os melhores resultados hoje em dia são de equipes multidisciplinares. Ou seja, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e profissionais de Educação Física trabalhando juntos pela segurança do cliente.

Um grande abraço
Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529
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Excelentes dicas, sucesso pra você !

248. Regulamentação do Exame Médico em Academias - 26/08/01
Existe alguma lei que regulamenta o exame médico nas academias de ginástica? De quanto em quanto tempo ele deve ser feito? Cássia Gislene - E.F.
Oi Cássia, obrigado por trazer esta pergunta para o CDOF. Temos certeza que outros também gostaríam de pesquisar sobre o tema. Sendo assim, convidamos o Dr. Renato Romani para esclarecê-la e ele gentilmente nos retornou o seguinte:
Prezados amigos;
   Sim, existe uma lei, regida pelo município (discriminada por leis estaduais), que obrigam a existência de um médico responsável pela supervisão da saúde dos alunos das academias. Se pensarmos que a literatura nos mostra que ocorrem 1 evento cardíaco a cada 1000 pessoas que fazem atividade sem um exame mínimo, e associarmos ao fato que numa semana passam pela academia quase esse número de pessoas, é de se supor que antes da lei o próprio dono da academia peça que um médico seja responsável pelos exames e a saúde de seus clientes em sua academia.
   Eu desenvolvi um programa de um departamento de saúde aonde há uma interação entre o departamento médico e o departamento técnico da academia, assim nós do departamento médico poderemos supervisionar melhor esse cliente e o professor maior confiança em lhe proporcionar um programa de atividades físicas mais exigente e adequado. Esse projeto é gratuíto, é só entrar em contato comigo que lhe enviarei o material.
   A Associação Brasileira de Medicina do Esporte mostra o manual do American College of Sports Medicine sobre prescrição de exercícios,é a fonte para elaboração de um exame médico funcional em academias . Nas academias em que existe piscina os exames podem ser de três em três meses e aonde não há piscinas de seis em seis meses.
Atenciosamente; Dr. Renato Romani
Boa sorte!

249. Patologias dos Isquiotibiais - 26/08/01
Por favor, poderia indicar quais são as patologias mais frequentes que acometem os músculos isquiotibiais?
Muito obrigada pela atenção. Maria Léa Correa Leite - Instituto di Tecnologie Biomediche Avanzate (ITBA) - LITA - Via Fratelli Cervi, 93 - 20090 Segrate (Milano) - Italy
Oi Maria, é uma honra tê-la em nosso site e confiando em nosso trabalho e colaboração de nossos amigos e profissionais. Convidamos alguns consultores pra esclarecê-la e o o Dr. Renato Romani, mais uma vez colabora conosco:
Prezados Amigos;
Os músculos isquiotibiais apresentam patologias do grupo de afecções músculo-esqueléticas como qualquer músculo de nosso organismo, não existe uma patologia específica do tecido muscular do músculo (lembramos que o músculo é formado por 3 tecidos fundamentais, a saber: conjuntivo, muscular e nervoso) isquiotibial que não afete outros músculos, pode ser sim a sede de um desses eventos. Da mesma forma um tumor ósseo pode cometer a tíbia ou a pelve, ou qualquer outro osso.
Porém, a musculatura isquiotibial é muito exigida nos esportes atualmente, visto a performance e os treinamentos "extremistas". Assim é uma região muito propensa a estiramentos e rupturas musculares, um dos fatores que contribui para isso é o pouco alongamento dessas regiões com consequente retração importante associado ao desenvolvimento da musculatura quadriciptal.
Concluímos ser importante para prevenir as lesões um desenvolvimento equilibrado da musculatura dos membros inferiores, sempre acompanhado de um programa de alongamento.
Caso um atleta apresente lesões recorrentes, por vezes é importante isolar patologias dos tecidos envolvidos no músculo, infecções em outras regiões (furúnculos, espinhas, dentes, unhas...), verificar a correta alimentação e hidratação,antes, durante e depois do treino e das competições e verificar o equilíbrio de forças.
Atenciosamente; Dr. Renato Romani
Um abraço!

250. Aquecimento e alongamentos na Hidroginástica - 28/08/01
Gostaria de saber se o aquecimento na hidroginástica pode ser feito fora d'água, e se o alongamento deve ser feito antes ou depois da aula de hidro. Desde já muito obrigada pelo esclarecimento- Cilene - Profª de Ed. Física.
Oi Cilene, existem muitas opiniões a respeito do aquecimento e ainda se o alongamento deve ser feito antes ou depois ou antes e depois ou apenas depois do trabalho dinâmico na hidroginástica. Bem, vamos tentar chegar juntos a alguma conclusão fazendo uma revisão bibliográfica:

AQUECIMENTO

    No livro *Exercícios Aquáticos Terapêuticos,1998, Ed. Manole, o autor menciona que o aquecimento é o prelúdio do trabalho físico e deve sempre ser executado em primeiro lugar. E que fisiologicamente, ele permite ao corpo ajustar-se ao começo da atividade e preparar-se para poder fazer face à demanda física que será necessária. Ainda acrescenta, que o aquecimento deve ser gradual. Pois, prepara os grupos musculares envolvidos para serem alongados ou fortalecidos por um aumento da temperatura e circulação nos músculos sem causar fadiga ou reduzir os estoques de energia. Fazendo com que os músculos fiquem mais flexíveis, reduzindo as chances de lesões.

    No livro Exercise Standards & Guidelines, AFAA,1995, encontramos que o aquecimento na hidroginástica deve ser uma combinação de exercícios ritmicos, equilibrados e ativos acompanhados de alongamentos para ajustar as habilidades dos praticantes à água, tão bem como a temperatura do corpo à da água, incluindo exercícios de grupamento do corpo e retorno a posição de pé e deslocamentos. Eles devem ser lentos, contínuos e vigorosos o suficiente para produzir calor, proporcionando aquecimento e preparando o corpo para movimentos mais intensos. Ainda acrescenta, que o tempo desses exercícios irá depender da temperatura da água, ou seja, piscinas mais frias vão exigir maior tempo de aquecimento, assim como piscinas muito aquecidas (ideal 28-29°C,ou seja, temperatura neutra ideal para haver transferência de calor metabólico, gerado pelo exercício, para a água sem custo de energia dos calafrios) facilitarão uma preparação mais rápida.

    Cilene, o que nos parece é, que o aquecimento tem seu maior objetivo na adaptação e preparação do corpo ao meio líquido e à temperatura, sendo desnecessário buscar o aquecimento fora d'água. Sendo a perda de calor no meio aquático 25 vezes mais rápida que no ar, o aluno ao entrar na água terá seu corpo imerso em temperatura inferior, baixando sua temperatura corporal ao nível da água.
Ou seja, fazendo exercícios vigorosos em uma piscina com temperatura de 18°C levará a uma queda da temperatura corporal para 36°C (*). Portanto, admite-se que temperaturas muito baixas são inadequadas para atividades físicas por dificultarem esta adaptação corporal ao ambiente.
    Além desses fatores, ainda existem aqueles que tornam a água o meio ideal para se executar os alongamentos e aquecimento, citamos como exemplo a crescente procura de pessoas portadores de problemas cardíacos, articulares, osteoporose, coluna e grávidas que talvez não suportariam movimentos feitos fora do meio aquático.

ALONGAMENTOS
    Bom, na água ainda não existem pesquisas que comprovem sua eficácia antes ou depois... antes e depois ou apenas depois do aquecimento. Muitos professores adotam diferentes formatos para suas aulas devido esta falta de parâmetros e outros levam em conta a mesma teoria para exercícios fora da água como na musculação por exemplo (veja).

    Mas, o correto é que ainda são necessárias muitas pesquisas a respeito dos exercícios executados na água.
Nossa equipe encontrou algo sobre o assunto e aconselhamos que todos tirem suas próprias conclusões. É o seguinte:

    Segundo Lynda Huey e Robert Forster.P.T, no livro The Water Power Workout Book, os autores mencionam ser a água, o melhor meio para ganho de flexibilidade, pois é nela que os alongamentos se tornam mais confortáveis, menos dolorosos e pode ser suportado por mais tempo que em qualquer outro meio. Além disso, o praticante tem a seu favor a viscosidade da água, as força contrárias da flutuação e gravidade que tornam as articulações mais relaxadas, trazendo mais prazer, podendo ser praticada mais vezes que se feito fora d'água.
Eles analisam que após a adaptação a temperatura da água, seu corpo começa a relaxar, assim o papel de contração e estabilização dos músculos são diminuídos sendo muito mais fácil entrar neste estado de relaxamento. Esse relaxamento faz com que até a respiração tome um outro rítmo ajudando este trabalho.
Portanto, acreditamos, que o alongamento no início da aula se for executado deve vir após uma preparação, ou seja, do aquecimento e em seguida, levando-se em conta a teoria dos autores citados acima,aproveitar essa adaptação para fazer este trabalho. Apesar de que não mencionam o melhor momento de sua execução, antes ou após a parte dinâmica de uma aula.

    Convidamos alguns especialistas da área para opinarem nesta questão e o Prof.Antônio Michel Aborrage Jr (Prof. Nino), gentilmente, nos retornou o seguinte:
Acredito que não existe uma regra para o aquecimento na hidroginástica, depende muito da temperatura da água e do ambiente , nas minhas aulas faço o aquecimento dentro da água e alongo após um pré-aquecimento .O alongamento pode ser dinâmico e ou estático como você achar melhor, o que não pode acontecer é de não preparar o corpo para o exercício com um prévio aquecimento.

    Contamos também com a colaboração de nossa cara colega Profa. Cláudia Melem , e ela nos aconselha o seguinte:
- O aquecimento fora da água perde metade de sua eficiência ao entrar na água, pois as propriedades físicas da mesma, fazem com que o corpo precise metabolizar tudo de novo e a temperatura corporal muda, o ideal é fazer o aquecimento dentro da água . Agora, o alongamento pode ser trabalhado antes de entrar sem nenhum problema. O ideal é fazer-se um aquecimento pré-aeróbio, uma fase aeróbia de aula, uma fase de resistência muscular localizada e depois um relaxamento que pode ser um alongamento na água.
Abraços e até mais.... Claúdia

Sugestão de bibliografia do CDOF: Manual do Profissional de Fitness Aquático - AEA - Shape - 2001
Ficamos aguardando pesquisas sobre o assunto... elas são bem-vindas, escreva-nos!!!

251. Dores na região lombar e a Hidroginástica - 31/08/01
Oi, sou professora de Hidroginástica e fui abordada por uma aluna que me pediu para ajudá-la a amenizar suas dores musculares na região lombar com alguns exercícios dentro ou fora d'água, esta aluna já pratica hidroginástica há muito tempo, sua profissão é costureira e teve 3 vezes crises de dores na lombar, procurou um médico ortopedista o qual através de exames constatou que o problema não era de coluna (a aluna possui uma escoliose discreta) e sim muscular, e então sugeriu a ela que procurasse ajuda com um professor de ed. física para lhe orientar em alguns exercícios para fortalecimento da musculatura lombar. Gostaria de saber a opnião de vocês; devo orientá-la ou encaminhá-la a um fisioterapeuta?, se devo orientá-la, qual seria a melhor maneira, onde devo buscar informações sobre o assunto?, Aguardo anciosa, e o meu muito obrigada, Cilene.
   Olá Cilene, Tudo bem? A ordem das coisas se iniciam no médico ortopedista. Ele detecta o problema, encaminha para um fisioterapeuta e em seguida sanado o problema da patologia, repassa para o Profissional de Educação Física. Ele vai trabalhar sempre com a colaboração do fisioterapeuta em caso de patologias. Ou seja, a avaliação do Fisioterapeuta vai lhe dar um suporte para continuar seu trabalho.
Agora, se o próprio médico de sua cliente aconselhou buscar o professor de hidroginástica é porque o trabalho não é necessário com o fisioterapeuta, ou seja, ela não está com problemas tão sérios.
Você menciona que ela é uma ex-praticante de hidro certo? Mas, não adianta ser praticante se ela continuar com hábitos nocivos de postura e não direcionar seu trabalho para o verdadeiro objetivo que é corrigir o problema da escoliose, dores lombares, etc...
Descubra com o fisioterapeuta qual é realmente o problema dela, para que direcione seu trabalho para esta correção. Peça ajuda para dar prioridade ao trabalho interdisciplicar.
    Pedimos a colaboração de nossa colega Profa. Cláudia Melem , e ela nos aconselha o seguinte:
Prezada aluna Cilene:
A atividade na água minimiza muito as dores lombares, principalemente no caso da sua aluna que tem uma profissão que exige que ela fique sentada muito tempo, mas o ideal é antes de você ministrar qualquer atividade para a mesma, solicitar que ela passe por um fisioterapeuta, para que ele possa avaliar o nivel de escoliose que ela tem e se é somente isso o problema, depois disso, exercícios de alongamento fora da água e a hidro só irão ajudá-la e muito.
Beijos... Cláudia
Um abração e boa sorte!

252. Ciclismo pode gerar hipertrofia muscular? - 02/08/01
Gostaria de saber se um trabalho de ciclismo de alta intensidade pode acarretar em hipertrofia muscular dos membros inferiores ou de alguma forma auxilia na hipertrofia. Muito obrigado. Jefferson - Estudante.
Oi Jefferson, esta pergunta é interessante e temos certeza que trará esclarecimentos, para outros usuários.
    O Colégio Americano de Medicina Esportiva cita no livro : Nutrition For Fitness and Sport - WILLIAMS, M.H., que tanto a força muscular quanto a resistência são desenvolvidas pelo princípio da sobrecarga. Isso é conseguido aumentando a resistência do movimento ou a frequência e duração da atividade.
Acrescenta, que a força muscular e hipertrofia são melhores desenvolvidas com sobrecargas máximas ou próximas das máximas, com poucas repetições e a resistência muscular com sobrecargas leves e várias repetições . Afirma que qualquer aumento de sobrecarga resultará em melhora da força e hipertrofia muscular mas que esforços mais intensos próximos do máximo conseguirão resultados mais proeminentes.
   A intensidade do treinamento de resistência pode ser manipulada variando-se a carga, repetições, pausa de descanso e número de séries executadas. O ACMS diz que a força muscular é capaz de ser desenvolvida tanto através de exercícios isométricos (estáticos) quanto pelos dinâmicos (isotônicos e isocinéticos), embora sejam mais difíceis de se alcançar nos exercícios de resistência, pois são conseguidas de acordo com o nível inicial do participante e sua tendência para desenvolver.
Mas alertam! Exercícios de alta resistência podem causar drásticos aumentos na pressão arterial sistólica e diastólica corporais dos participantes.
   Convidamos alguns consultores para ajudar a esclarecê-lo e o Prof.Luiz Carlos de Moraes, trouxe o seguinte:
Amigo leitor e do CDOF!
Pelo menos em tese, o Ciclismo de alta intensidade, e acredito que você deva estar se referindo à velocidade usada nos sprint's nas aulas de Spinning ou mesmo corrida de bicicleta, não induz á hipertrofia porque é um trabalho com características de Resistência Muscular Localizada.
O trabalho de hipertrofia nos membros inferiores utilizando a bicicleta pode ser conseguido, se for no Spinning aumentando a carga e diminuindo o giro, e se for na rua, subindo ladeiras de preferência bem íngremes. Aliás, esse tipo de trabalho de força no Ciclismo, é que sustenta a alta intensidade. Ou seja, deve preceder o trabalho de velocidade a fim de evitar possíveis contusões.
Os relatos de contusões nas aulas de Spinning atuais, em parte, estão relacionados a isso. A "galera", movida a endorfina, "tá mandando ver" sem planejamento.
Pela simples observação podemos comparar o tipo de musculatura de um ciclista de estrada e de um moutain biker. Espero estar ajudando. Um grande abraço!
Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529
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Um abração e boa sorte!

253. Quantidade de proteína de alguns alimentos - 09/09/01
1) Qual o % de aproveitamento em nosso organismo das proteínas contidas em: ovos, leite, peixes, queijos, carne de boi, de frango e cereais (soja)? Paulo Sérgio - Economista
2) Qual é a quantidade de proteína aproximada em um quilo de carne? Tiago Moraes Mello

   Olá Pessoal, nossa equipe deu uma pesquisada e encontrou o seguinte:
Alimentos do grupo de carnes e leite, geralmente têm maior concetração de proteína que os outros. Podendo ser encontrada em grande quantidade nos legumes, como: grãos secos (feijão preto, soja, milho, etc...), lentilhas, vagem, etc...
Por serem uma boa fonte de proteína, os legumes são considerados ótimos para a substituição da carne, ou seja, meio copo de legume (240ml) corresponde a 7-9g de proteína. Veja a QUANTIDADE NECESSÁRIA DE PROTEÍNAS POR PESO (KG) DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA e nossa tabela de quantidade de proteínas abaixo:

Com relação ao aproveitamento dessa proteína no organismo Paulo, a literatura consultada*, garante a quantidade por cada alimento, nos levando a entender que ao ingerirmos tal alimento o corpo aproveitará a mesma quantidade. Mas recebemos uma contribuição da Profa.Vanusa Miranda, que acrescentamos ao final desta matéria.

A bibliografia consultada diz que existem alimentos de alta qualidade em proteína e outros de baixa qualidade, ou seja, o corpo necessita de 20 tipos de aminoácidos para sintetizar a proteína e ainda garantir o crescimento, funções e a manutenção geral. Diz ainda, que tanto os alimentos de origem animal quanto vegetal garantem os 20 aminoácidos, mas variam em quantidade.
Dentre os alimentos, aqueles em que são encontrados nove aminoácidos, são chamados de "proteínas de alta qualidade" e os outros que apresentam deficiência em um ou outro aminoácido são chamados de "baixa qualidade". Assim os aminoácidos encontrados em alimentos de origem animal são os de "alta qualidade", não querendo dizer que aqueles encontrados nos vegetais são inferiores, ou seja, as proteínas encontradas são iguais mas não em tamanha quantidade e simultaneamente quanto aqueles encontrados em alimentos de origem animal.
E quando ingerimos alimentos que garantem de uma vez a quantidade necessária de proteína, estamos garantindo imediamente o suprimento dos aminoácidos.
 Para conseguir uma alimentação equilibrada de todos os aminoácidos vindo dos vegetais, o homem deve aprender a combiná-los a fim de complementá-los .
   O que acontece com a proteína no corpo?
Assim que ingerimos o alimento, a proteína é quebrada no estômago em polipeptídeos e depois em aminoácidos. Os aminoácidos são absorvidos pela parede do intestino delgado e vão para o sangue, sendo armazenado no fígado. A digestão da proteína leva horas, mas uma vez que o aminoácido entram na corrente sanguínea são absorvidos em 5-10 min. E dentro do fígado é metabolizado e distribuído para o corpo e suas necessidades.

   Excesso de Proteínas : Como as células do organismo não podem utilizar mais aminoácidos do que necessário, o corpo não pode estocar devolvendo para o sangue qualquer proteína formada em excesso, formando amônia sendo excretado pela urina. O Seu excesso contínuo pode gerar problemas renais por sobrecarrear demasiado os rins.

Alimento
Quantidade
Proteína (g)
Leite Integral
240 ml
8
Leite desnatado
240 ml
8
Queijo Chedar
28,4 g
7
Iogurte
240 ml
8
Carne de boi magra
28,4 g
8
Carne de boi com pouca gordura
28,4 g
8
Carne de boi com gordura
28,4 g
8
Fígado de boi
28,4 g
7,5
Coelho
100 g
21
Presunto
100 g
24
Galinha
100 g
22
Carpa
100 g
19,8
Bacalhau
100 g
18,4
Costela de porco
28,4 g
6
Carne de porco
100 g
20
Fígado de galinha
28,4 g
7,5
Peito de frango
28,4 g
8
Peixe
28,4 g
7
Ovo
1
6
Amendoim torrado
120 g
18
Pasta de Amendoim
1 colher de sopa
4
Brócolis
120 g
2
Cenoura
1
1
Banana
1
1
Laranja
1
1
Pêra
1
1
Pão de forma integral
1 fatia
3
Macarrão
120 g
3
Macarrão com queijo
120 g
9
Ervilha
120 g
4
Batata assada
1
3

Bibliografia :*Nutrition For Fitness and Sport - WILLIAMS, M.H.
               Fisiologia do Exercício - Mcardle e Kactch, 1985

Profa.Vanusa Miranda :
A porcentagem aproveitada pelo organismo das proteínas ingeridas é chamada de Valência Biológica. Esta indica quantas gramas de proteína corporal podem ser sintetizadas a partir de 100 g de proteínas do alimento. O valor biológico resulta do teor, distribuição e da disponibilidade dos aminoácidos contidos.
Aqui vão algumas:

Alimento
Aproveitamento em
100g de proteínas
lactalbumina
104
ovo
100
frango
92
carne bovina
92
atum
92
leite de vaca
88
soja
85
algas verdes
81
gelatina
0

E sobre a pergunta da quantidade proteína em um kilo de carne: contém 200g de proteína. Um abraço. Vanusa Miranda.

Leia também:
Aprenda a calcular sua necessidade de proteínas

 

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