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Qui, 18/12/08 10:45

PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES AO CDOF RESPONDE
CONSULTORIA GRATUITA CDOF

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595. Aquecimento no Futebol de Campo- 08/08/03
Gostaria de saber mais sobre AQUECIMENTO NO FUTEBOL DE CAMPO, pois, as vezes, quando tenho que jogar não sei ao certo qual alongamento devo fazer. Agradeço pela atenção e espero pela resposta. Thiago
Oi Thiago, que bela pergunta a sua ! Temos certeza que ela também será útil para muitos que pesquisarem sobre o tema. E em atenção a sua solicitação, o nosso caro Consultor Prof. Ms. Fábio Aires da Cunha(currículo) lhe retorna, prontamente, o seguinte:
 Prezado amigo,
   A importância fundamental do aquecimento em qualquer modalidade esportiva é preparar o organismo para a atividade a ser realizada, ou seja, aumentar a temperatura interna do organismo, aumentando o fluxo sangüíneo e a lubrificação das articulações.
    Você deve começar o aquecimento sempre de uma forma geral, para depois o específico. Primeiro comece aquecendo os grandes grupos musculares e depois os músculos mais exigidos no futebol, principalmente os de membros inferiores.
    Uma grande dúvida durante o aquecimento é o que realizar primeiro, alongamento ou movimentos balísticos. Não existe ainda comprovação científica do que fazer primeiro, a escolha fica a cargo do preparador físico, alguns preferem alongar outros se movimentar. Eu particularmente prefiro iniciar com alguns movimentos gerais (trote, deslocamentos diversos) e depois o alongamento.
    O que vai determinar o tempo de aquecimento é a temperatura ambiente, quanto mais quente menos tempo de aquecimento, cuidado ao aquecer em temperaturas muito altas para não cansar antes da partida. Em média, o aquecimento dura de 15 a 20 minutos.
     Existem muitos livros e artigos que explicam a fisiologia, as formas e os exercícios de aquecimento.

- McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do Exercício: Energia, nutrição e desempenho humano. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992.
- WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: manole, 1991.
- BARBANTI, V. Treinamento Físico: Bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.


596. Respostas físicas e psicológicas de um atleta de futebol em competição - 08/08/03
Estou fazendo minha monografia com o seguinte tema: "Respostas físicas e psicológicas de um atleta de futebol em competição". Gostaria que me enviassem algum material sobre esse tema. Obrigado. Pierre

Olá Pierre, sua pergunta recebeu a atenção de nosso Consultor Prof. Ms. Fábio Aires da Cunha(currículo) quem lhe retorna o seguinte:
Prezado Pierre,
   Estou lhe enviando uma série de referências que poderão lhe ajudar a achar algo para engrandecer seu trabalho.
1. BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
2. BOSCO, C. Aspectos fisiológicos de la preparación física del futbolista. 2. ed. Barcelona: Paidotribo, 1994.
3. GODIK, M. A.; POPOV, A. V. La Preparación del Futbolista. 2. ed. Barcelona: Paidotribo, 1999.
4. SAMULSKI, D.; CHAGAS, M. H. Análise do stress psíquico na competição em jogadores de futebol de campo das categorias infantil e juvenil (15-18 anos). Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 6, n. 4, p. 12-18, 1992.
5. WEINECK, J. Futebol Total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.

   Consulte também as revistas científicas abaixo, pois elas sempre trazem artigos relacionados a isso. Não esqueça que a utilização de artigos recentes é muito importante para a credibilidade de um trabalho:
-Treino Desportivo (Lisboa, Portugal)
-The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness
-Revista Paulista de Educação Física (Universidade de São Paulo)
-Revista Horizonte (Lisboa, Portugal)
-Medicine & Science in Sports & Exercise
-Revista de Educação Física/UEM (Maringá, Paraná)
-Journal of Human Movement Studies
-Journal of Sports Sciences
-Revista Brasileira de Ciência e Movimento
-Motriz (Rio Claro, SP - Departamento de Educação Física do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista)

Procure também nos sites:
www.entrenadores.info
www.efdeportes.com

Espero que isso lhe ajude. Um abraço. Prof. Fabio Cunha.


597. Diferença de pós-graduação, mestrado e doutorado - 12/08/03
Gostaria de saber em que uma pós-graduação pode me beneficiar, além da obtenção mais aprimorada de conhecimento. Posso ministrar aulas em uma universidade só com uma pós? E qual é a diferença entre mestrado e doutorado? Nina Henter

Oi Nina, excelente pergunta ! E o Prof. Dr. Luzimar Teixeira (currículo) atenciosamente nos esclarece o seguinte:
   A pós-graduação se divide em duas linhas bem claras:
Lato-senso: são todos os cursos após a graduação (extensão, especialização);
Stricto-senso: são os programas de mestrado e doutorado que têm uma legislação própria, programas específicos, áreas de pesquisa (áreas de concentração); e sua conclusão é feita com a apresentação de uma dissertação (mestrado) ou tese (doutorado). Essa foramação hoje é o pré-requisito para ministrar aulas nas Universidades.
   Algumas faculdades e Centros Universitários ainda aceitam o especilista (que fez o pós-especialização 360 horas) para dar aulas. Se o seu interesse é seguir carreira acadêmica, pesquisa e aulas na Universidade, recomenda-se o stricto-senso. Para a atuação profissional recomenda-se os cursos de especialização, que hoje na nossa área são inúmeros e de excelente nível. Luzimar

Temos também uma participação do Ft. Prof. Msd. Leonardo Duarte Picchi(currículo) enriquecendo a reposta. Veja o que ele nos traz:
   Bom, Nina, tudo que é feito depois de concluído o curso de graduação é considerado "pós-graduação", inclusive mestrado e doutorado. Uma pós é dividida em latu-sensu e stricto-sensu.
A pós-graduação latu-sensu (ESPECIALIZAÇÃO) é qualquer curso com mais de 400h (curso de APRIMORAMENTO é inferior a 400h) e visa a aplicação de um determinado tipo de método na prática (independente da área). Já a pós stricto-sensu (mestrado e doutorado) tem o intuito de ensinar o indivíduo (geralmente uma pessoa que queira seguir carreira docente) à realizar pesquisa.
   Quanto a possibilidade de lecionar só com uma especialização, é possível apenas em pequenas instituições, mas, mesmo estas, como precisam de seus cursos reconhecidos pelo MEC, muitas vezes exigem que o professor seja, no mínimo mestrando.
Qualquer dúvida nos contate. Leonardo Picchi.


598. Software e artigos sobre futebol - 13/08/03
Caro Prof. Fabio, Como professor da disciplina de Futebol no curso de Educação Física e Esporte - Bacharelado - da Unisul Campus de Tubarão SC, estou procurando textos, artigos, profissionais ou pessoas que trabalham ou desenvolvem atividades no Futebol/Futsal, sobre o tema: Tecnologia aplicada ou utilizada no Futebol, por exemplo: software sobre Futebol. Estou recorrendo ao colega para obter informações sobre o tema acima. Se conhece alguém que trabalha com algum software no Futebol, como fazer para entrar em contato através de e-mail ou telefone. Já entrei em contato com a CBF para tentar falar com os profs. Parreira ou Moracy Santana mas não recebi respostas. Também contatei com o Cruzeiro de BH para falar com o prof. Luxemburgo e não fui atendido. Se puder atender minha solicitação, desde já agradeço e coloco-me a sua disposição. Um abraço e sucesso. A página está ótima! José Acco Junior - ACCO - Professor e Técnico de Futsal

Oi José, em atenção ao seu pedido o Prof. Ms. Fábio Aires da Cunha(currículo) lhe retornou o seguinte:
   Prezado José, Obrigado pelos elogios e a consulta. Minha experiência diz que será muito difícil para você conseguir algo desses profissionais, e pior ainda na CBF, eles costumam esconder o jogo e só repassar para o pessoal da mesma turma.
   O Nelsinho, lançou um programa de computador interessante, mas não sei com quem poderia conseguir, pois ele está no Japão no momento. Estou enviando uma série de sites onde poderá encontrar algo que lhe interesse. Poderá encontrar programas, artigos e informações sobre tecnologia. Você encontrará muita coisa no exterior, pois na Europa todos os times utilizam dessa tecnologia na programação e controle das partidas. Eles estão anos de evolução e organização na nossa frente.

UOl , mastersport , football-software , amigar.com , allprosoftware.com , futbolrendimiento.com.ar , ecom.futsala.com , turbostats.com , estatisticadefutebol.com.br , efdeportes.com .

Espero que tenha ajudado. Se precisar de algo mais, estaremos a disposição. Um abraço. Prof. Fabio Cunha.

Retorno do Prof. José A.Junior:
   Caros amigos do CDOF, Neste momento, gostaria de AGRADECER o pronto atendimento que me foi dispensado sobre a solicitação que fiz sobre Softwares e Artigos sobre Futebol, em especial ao Prof. Fábio Aires da Cunha. Os sites que me foram recomendados são interessantes e pude colher informações a respeito do assunto. Através deles, consegui acessar o software do Prof. Nelsinho Batista. Achei muito bom e estamos procurando mais informações com a empresa que o produziu. Mais uma vez agradeço e coloco-me a disposição. Um grande abraço a todos. Prof. José Acco Junior
Unisul - Tubarão SC


599. Lesões no Ciclismo - 14/08/03
Gostaria de saber quais as principais lesões que ocorrem com o atleta de ciclismo. Obrigado. Alipio Alves
Olá Alípio, em atenção ao seu pedido convidamos alguns Consultores para participar e quem lhe retorna é a Ft.Patricia Costa Amâncio, (currículo). Veja o que ela nos responde:
   Olá Alípio! Bom, as lesões conseqüentes da prática do ciclismo podem ser divididas em 2 tipos principais de acordo com a finalidade da prática esportiva: lesões conseqüentes do ciclismo de competição e lesões conseqüentes do ciclismo de lazer.
   No primeiro grupo se destacam as lesões de coluna, lesões de músculos dos membros inferiores e lesões de joelho. Geralmente, são devido ao mau posicionamento do atleta ou à overuse, ou seja treino com carga de esforço além da habitual ou sem intervalos de descanso.
   No segundo grupo se destacam as lesões conseqüentes de quedas: abrasões, contusões, fraturas, luxações e traumas (craniano, abdominal e perineal)
   Os três sites que indico abaixo possuem artigos muito bons sobre lesões em ciclistas. Confira:
boasaude.uol.com.br
bikemagazine.com.br
portalbtt.com

Nosso abraço.


600. Espondilolistese e a Musculação - 14/08/03
Um aluno tem espondilolistese entre L5 e S1 (grau1) e espondilolise bilateral em L5, e a pedido do médico procurou uma academia para fazer alongamento e musculação. O professor da academia freqüentada, passou vários exercícios no primeiro dia do aluno, entre eles o leg press com 140 kg e supino 45 kg, achei um exagero para que nunca havia entrado em uma academia antes...a meu ver não respeitou o objetivo do aluno e muito menos levou em conta o seu problema. Ao me procurar, sugeri que ele pedisse ao professor que retirasse de sua ficha os seguintes exercícios: Leg press, qualquer exercício de desenvolvimento,pulia alta - pegada pela frente e por trás - para costas. E que o supino fosse reduzido o peso e que os pés ficasse apoidos no banco, assim, como o abdominal. Sugeri que fosse trabalhado exercícios para posterior de coxa, abdominal para fortalecimento, e bastante alongamento.
Gostaria de saber se a minha atitude foi correta enquanto acadêmica de Educação Física? se a minha visão não está sendo muito critica em relação ao profissional que prescreveu? E se tem outro exercício que deve ser evitado para não agravar o problema do aluno? Importante destacar que o aluno trabalha carregando peso.
Atenciosamente . Greice Grecco
Olá Greice, sua pergunta foi respondida, prontamente, pela Ft.Patricia Costa Amâncio, (currículo) e o Prof. Divanei Zaniqueli (currículo) , quem nos retorna o seguinte:

Ft.Patricia Costa Amâncio
   Olá Greice! Bom, eu considero a sua atitude certa. O erro pra início de conversa foi do médico que encaminhou esse paciente para uma academia de ginástica e não para uma clínica fisioterápica. Em casos como esse, o paciente deve, inicialmente, realizar um trabalho de reequilíbrio muscular, correção postural e orientações laborais (considerando a profissão do mesmo) acompanhado de um fisioterapeuta, que com base em avaliações evolutivas pode encaminhar, posteriormente, esse paciente para uma academia com as devidas orientações tanto para o paciente quanto para o educador físico que o acompanhará. Alongamentos (de todos os grupos musculares) e abdominais são a base do tratamento. Uma boa opção para esse aluno seria a hidroterapia. Por fim, sua atitude crítica sempre será válida nesses casos onde a falta de informação e atenção possam prejudicar alguém. E o mais importante é que atitudes como essa contribuem muito para o crescimento e afirmação de sua profissão. Patrícia.

Prof. Divanei Zaniqueli,
   Bom Greice, na minha opinião existem dois aspectos a serem analisados. O primeiro diz respeito a qualificação do profissional em questão, já que nem todos os profissionais possuem o conhecimento técnico necessário para prescrever programas para o tratamento de lesões, sem falar é claro, na habilitação. Porém, quando observamos um programa prescrito por um colega, muitas vezes nos precipitamos na crítica por não compreendermos sua visão a respeito das estratégias adotadas para se cumprir o objetivo. Neste caso especificamente, colhendo as informações como: idade, hábitos diários, histórico de lesão e história de atividade física pregressa, talvez chegue-se a conclusão de que o programa pode ser coerente com as características deste indivíduo, já que a análise isolada da patologia poderia nos levar a adotar a mesma estratégia para todos os casos da mesma natureza, sem levar em consideração o princípio da individualidade biológica. Você mesma salientou uma informação fundamental que é o fato do aluno trabalhar levantando “pesos”. Provavelmente ele não poderá largar essa atividade, portanto precisa estar preparado para as situações do cotidiano, que nem sempre permitirão posturas ergonômicas e resistências condizentes com sua patologia.
   Respondendo agora mais claramente suas perguntas. Não acho que sua visão tenha sido muito crítica, é só uma abordagem metodológica diferente e mais cautelosa. Em relação aos exercícios acho interessante um fortalecimento para os músculos paravertebrais e concordo em não prescrever levantamentos acima da cabeça mas não faria ressalvas ao “pulley”.


601. Condromalácia Patelar e sua frequência em mulheres- 14/08/03
Bom dia, parabéns pelo site de vocês é muito útil para todos nós! Estou com uma condromalácia patelar e com algumas dúvidas a respeito dela. Por que ocorre com mais freqüência em jovens do sexo feminino (meu caso)? Esta doença causará alguma seqüela para vida toda, ou depois de um tempo até esquecerei que já me aconteceu isto? Obrigada, e desde já agradeço. Mônica Mattos Pellegrini
Olá Mônica, quem lhe retorna é a Ft.Patricia Costa Amâncio, (currículo), lhe explicando o seguinte:
   Olá Mônica! A condromalácea patelar é uma doença degenerativa da cartilagem da patela, onde a mesma se torna rugosa. Pode ser causada por desequilíbrio muscular, valgismo (quando de pé, os joelhos quase se unem e os tornozelos se afastam) ou patela desalinhada. É mais comum em mulheres pelo fato de essas possuírem um “valgismo fisiológico”, ou seja, por terem o quadril mais alargado, as extremidades superiores dos ossos das coxas se afastam provocando a aproximação dos joelhos. Se for muito acentuado, pode ser o principal causador da condromalácea; ou pode estar associado a algum dos outros fatores causadores. Bom, a condromalácea pode evoluir para uma artrose em idades mais avançadas ou se não for cuidada. O ideal é que seja seguido um tratamento adequado de reequilíbrio muscular para que seja evitada essa progressão.

Leia mais:
Condromalácia Patelar e Artrose


602. Rompimento nos adutores e a Musculação - 14/08/03
Gostaria de saber se existe um alongamento específico para quem teve um rompimento na área interna da coxa(virilha) e se fazer musculação diminuido o peso e aumento as repetições ajuda ou prejudica a melhora. Desde já agradeço a vossa atenção. FÁBIO ALVES DE OLIVEIRA
Oi Fábio, você recebeu um retorno de dois Consultores, veja a opinião deles:

Ft.Patricia Costa Amâncio, (currículo):
   Primeiro é preciso esclarecer que tipo de rompimento foi esse, se foi de tendão ou de fibras musculares e qual a causa dessa lesão. Existem sim alongamentos específicos para cada grupo muscular, inclusive para os músculos da virilha. E quanto ao treino que você descreveu, é um treino de resistência muscular que pode ser feito sem problemas. Porém, o ideal é que esse grupo muscular comece a ser treinado com exercícios isométricos específicos. O que pode prejudicar seu tratamento são cargas além das suportáveis, excesso de treino e alongamentos feitos de forma errada. Patrícia.

Prof. Divanei Zaniqueli (currículo):
   Caro Fábio , sua pergunta é muito apropriada, pois o alongamento talvez seja o tema de maior controvérsia entre os profissionais dos diversos segmentos da saúde. Nunca li qualquer documento que mostre melhoras em lesões musculares com adoção de estratégia de alongamentos. Na realidade em casos de ruptura como a que você citou, um alongamento só poderia agravar a lesão já que os músculos precisariam aproximar do seu limite elástico que é exatamente o mecanismo da lesão. Particularmente, prefiro encarar os alongamentos como mera estratégia para o mero aprimoramento da flexibilidade. A Ciência não comprovou as hipóteses de que os alongamentos possam prevenir lesões, reduzir as dores do pós-exercício ou melhorar a performance nos exercícios. Em relação aos exercícios provavelmente irão contribuir para a recuperação uma vez que são capazes de aumentar a deposição das fibras colágenas nos
músculos esqueléticos.
Referência
Rob D. Herbert , Michael Gabriel – Effects of stretching before and after exercising on muscle soreness and risk of injury : systematic review. 2002
Boa sorte !

603. Fratura e dificuldade de ganhar massa magra- 14/08/03
Tenho 194cm, 72 kg, gostaria de saber o porquê da minha dificuldade de ganhar peso em massa, só para esclarecer. Estou há 3 meses parado, por causa de uma fratura no antebraço, jogo vôlei e nesse período não engordei nada. Como faço para ganhar massa muscular? Gostaria de saber também se eu fizer alguns exercícios com halteres de 3kg, este terá algum efeito no aumento de massa muscular, por exemplo: tríceps, bíceps, dorso. Obrigado. Joel de Oliveira Rios Neto
Oi Joel, você recebeu um retorno de dois de nossos Consultores, veja a opinião deles:

Ft.Patricia Costa Amâncio, (currículo):
   Olá Joel! Bom, a facilidade ou dificuldade para ganhar massa varia de acordo com as características metabólicas e fisiológicas de cada pessoa, ou seja, cada um responde às solicitações de treino muscular de forma diferente devido à genética, raça, metabolismo, etc. Se você quer ganhar massa muscular, seu treino deve ser feito com cargas altas e número de repetições menores (Ex: 3 séries de 8 ou 10 repetições com carga equivalente a 70% da carga máxima que você consegue suportar em 1 repetição). O ideal é que você faça os movimentos valorizando a fase excêntrica do movimento, ou seja: você executa o movimento em 1 segundo e no retorno à posição inicial você demora cerca de 5 segundos. Isso faz com que haja maior sustentação de peso gerando maior recrutamento de fibras musculares. Uma alimentação e hidratação equilibradas também contribuem muito. Patrícia

Prof. Divanei Zaniqueli (currículo):
    Caro Joel, Um dos principais fatores que predispõe o indivíduo a obter aumentos ótimos em massa muscular é a sua caraterística genética, condição esta denominada somatotipo. Falando de forma grosseira, o somatotipo é o tipo físico, medido através de variáveis como os diâmetros ósseos, as circunferência dos segmentos corpóreos, o percentual de gordura e as relações entre eles e os segmentos como tórax e abdome. Para não ser muito prolixo, acho interessante que você deve ter um alto grau de ectomorfia, o que deve tê-lo ajudado a se engajar no voleibol, mas que limita bastante quando o assunto é um grande nível de hipertrofia muscular.
    A respeito dos halteres de 3Kg, dificilmente serão capazes de trazer aumento significativos de suas circunferências. O número de unidades motores atingidas com uma “carga” dessas, é muito baixa não chegando a hipertrofia sequer das fibras de contração lenta que possuem um limitar de excitação mais baixo.
Referências
Fox , Bowers e Foss , Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos ,Somatotipo de Sheldon , pg 394
Boa sorte !

604. Emagrecimento após cirurgia de cóccix- 14/08/03
Fui normal ate 14 anos quando tive um cisto no cóccix que durante 3 anos e 7 cirurgias me deixaram totalmente sedentário, com isso engordei ate 100kg o que é muito para minha altura (175cm). Após ter alta médica voltei a prática de esportes e fiz dieta, com isso emagreci até 62.2 em 8 meses, porém tive crises de compulsão alimentar e engordei ate 70kg, como estou hoje, não me preocupo, pois estou com uma aparência melhor, tendo em vista que meu biotipo nao condiz com tal pouco peso (62.2). Minha duvida é:
Olá Rodrigo, quem colabora com você é a nossa Consultora Ft.Patricia Costa Amâncio, (currículo), quem vai lhe responder a cada parágrafo para melhor organizar as respostas ok?

Oi Rodrigo !
I. Por eu ter ganho esse peso, terei dificuldade em continuar mantendo 70 kg? Estava mantendo sem grandes esforços os 62,2, com pequenas ocilações tanto para baixo como para cima.
   A facilidade ou dificuldade para se perder, ganhar ou manter peso dependem do seu metabolismo, nível de atividade física ou diária e alimentação. Analisados esses fatores é possível determinar se você conseguirá ou não manter o seu peso.
II. No último teste na academia tinha 8% de gordura corporal, isso aos 62,2. porém entrei em um treino de hipertrofia, gostaria de saber se atravéz desses dados (175cm, 17 anos, 62,2 homem) dá para se ter uma idéia se perdi muita massa magra com a dieta?
   Não. A quantidade de massa magra e de gordura corporal só podem ser avaliadas através de mensurações da sua composição corporal. Isso pode ser feito através de perimetria, mensuração de dobras cutâneas, bioimpedância, etc.
III. Sou amante de esportes, porém todos dizem que não posso praticar por exemplo aeróbios diariamente, com isso deixo de jogar bola com amigos, nadar no sítio e etc. Atualmente pratico musculação de 2ª a sáb. e faço boxe de 2ª e 4ª e ando de bike às 6ªs. Afinal posso praticar aeróbios todos os dias sem atrapalhar na hipertrofia?
    O ideal em um treino de hipertrofia é que esse seja realizado em dias alternados para se ter uma resposta fisiológica da musculatura. Você pode, por exemplo, treinar braços em um dia e pernas no outro. Procure não solicitar o mesmo grupo muscular por dias consecutivos. Quanto aos exercícios aeróbios, não existe nenhuma restrição em realizá-los diariamente. Grato, Rodrigo.


605. Desgaste do atleta no futebol profissional- 15/08/03
Na preparação física de um atleta de futebol profissional, qual procedimento da parte física que atleta deve sofrer? Certo desgaste emocional durante a competição, por exemplo, no Grêmio/rs, alguns atletas já estão sofrendo o processo gradual de ritmo lento ou psicológico. O atleta profissional pode sofrer esse desgaste a cada 72 hs de competição? Outro exemplo, campeonato brasileiro, muitos deles teriam que superar a parte fisica da preparação da resistência nesse processo gradual? Que procedimento posso fazer para que esse processo funcione de forma gradual? Obrigado. Márcio - Prof. de Educação Física. Márcio.

Oi Márcio, em atenção ao seu pedido o Prof. Ms. Fábio Aires da Cunha(currículo) lhe retorna o seguinte:
   É muito difícil respondermos sobre o caso do Grêmio, por exemplo, sem o conhecimento profundo da preparação da equipe gaúcha. É necessário verificar vários fatores da preparação gremista, principalmente durante a pré-temporada. Precisamos verificar quando foi iniciada e quanto durou; como foi a preparação; qual o nível de condicionamento dos atletas e outros fatores físicos e fisiológicos.
   Outro aspecto a ser considerado é o psicológico, o Grêmio por ser considerada uma equipe “grande”, está sujeito as mais variadas pressões possíveis, de torcedores, dirigentes, patrocinadores e da própria comissão técnica. Também é necessário verificar o nível técnico da equipe. Será que a equipe do Grêmio pode ser considerada uma boa equipe, capaz de disputar o título do brasileiro?
   Acho que no caso do Grêmio, um conjunto de fatores coloca a equipe nessa posição no Campeonato Brasileiro. Os aspectos técnicos, físicos, psicológicos podem estar influenciando negativamente no desempenho da equipe.
   É sabido que nenhum atleta consegue manter o seu desempenho físico no topo por muito tempo. Nesse Campeonato Brasileiro absurdo de oito meses de duração, veremos muitas equipes oscilarem ao longo do torneio, isso será explicado, principalmente, porque nunca disputamos um campeonato tão longo e, muitos preparadores físicos e técnicos terão problemas para condicionarem suas equipes de forma adequada o campeonato todo.
   Com certeza jogando somente aos finais de semana, a possibilidade de desgaste é bem menor e a possibilidade de cumprir uma periodização é bem maior do que quando se joga a cada 72 horas. Uma equipe pode obter bons resultados jogando duas vezes por semana, o grande problema volto a enfatizar é jogar duas vezes por semana durante oito meses.
   Afirmo que as equipes que possuírem melhores estruturas vão obter os melhores resultados, vide o exemplo do Cruzeiro. Não necessariamente o Cruzeiro possui o melhor elenco, mas com certeza, hoje tem a melhor estrutura. Os efeitos negativos do desgaste físico serão amenizados, com uma estrutura adequada, como: nutricionista, psicólogo, fisiologista, departamento médico etc.
   Portanto, posso afirmar que o segredo de um desempenho satisfatório está na organização e no planejamento. Poucos clubes no Brasil se organizam e muito menos planejam suas atividades. Acho que a melhor solução para você é estudar bem a fisiologia do exercício e os métodos de treinamento, para que com organização e planejamento você possa amenizar os efeitos do desgaste físico que são inevitáveis ao longo de uma competição longa.
Espero ter contribuído para esclarecer a sua dúvida. Um abraço, Fabio.


606. Baixas de pressão durante o spinning - 17/08/03
Prof. Fernando Barreiro, tenho um aluno de 43 anos que tem algumas baixas de pressão durante as aulas de Spinning e Musculação, mas não é diabético. Não sabemos sobre seus pais. Ele fica muito branco e fico sem saber o que fazer...A última vez que medimos a pressão dele não estava muito baixa, por isso ficamos meio sem saber... só que ele ficou branco, suava e teve que se deitar. Aí foi que agente ficou meio doido, maior correria... Mas ele fica dizendo que é só deitar que melhora...e aí fica lá até melhorar..depois agente manda ele embora porque sem chance dele continuar... ahh ele geralmente toma o café da manhã e vem bem cedo para a aula das 7:30 da manhã. O que agente deve fazer na próxima vez Prof. Fernando Barreiro? Carlinha - Profa. de Spinning.
Olá Carla, em atenção a sua pergunta o Prof. Fernando Barreiro(currículo) lhe retorna o seguinte:
   Carlinha, Pessoalmente já é difícil! Por e-mail então é mais ainda. Mas vamos lá: é claro que quando ele se deita melhora, porque prioriza a irrigação cerebral, mas não pode continuar tendo que deitar para poder fazer atividade física. Pode ser, e isso é uma especulação, que ele possua alguma anomalia congênita cardíaca que o impeça de bombear satisfatoriamente o sangue. Outra hipótese é ele ter uma característica de resposta ao esforço físico de forma insufuciente. De qualquer forma, você declarou não ter informações sobre os pais, e isso seria só perguntar à ele. Minha conclusão: do jeito que está, ele não deve continuar fazendo atividade física, pois a responsabilidade será de vocês. Atenciosamente. Fernando


607. Problemas na aferição da pressão arterial- 17/08/03
Estou tentando aprender a aferir a PA, mas não estou conseguindo escutar a primeira sístole e a última diástole do coração. Gostaria de saber se o problema pode ser do meu estetoscópio que não deve ter uma qualidade muito boa? A marca é Premium . Rodrigo dos Santos - Treinador de Boxe.
Oi Rodrigo, veja o retorno do Prof. Fernando Barreiro(currículo):
Prezado Rodrigo, é muito difícil saber se é um problema no seu aparelho. Mas para testar é simples: faça a aferição com outros aparelhos e veja os resultados, se não conseguir também, aí é questão de aprender realmente a execução. Qualquer dúvida, entre em contato. Atenciosamente. Fernando


608. Treinando força explosiva no futebol - 17/08/03
Sou Wanderley Martins (Prep. físico do Anyang LG Corea), estou aqui desde janeiro deste ano, e como todos tive muitas dificuldades no início, mas agora tudo está sob controle. Queria lhe pedir alguma opinião, e porque não alguma sugestão sobre o trabalho de força explosiva. Estamos agora no inicio do terceiro turno (são 4 com 12 equipes), estou no período de manutenção, e gostaria de saber se posso acrescentar alguma coisa em relação à esta valência física. Estamos em terceiro lugar no campeonato que irá ate 16 de novembro. Aguardo noticias Abraços. Seoul
Olá Wanderley, sua pergunta recebeu a atenção, de nosso coordenador/Consultor e outros colegas Consultores do assunto. Veja o que eles lhe aconselham:
Prof. Ms. Fábio Aires da Cunha(currículo)
   Caro Wanderley. Em primeiro lugar, você deve observar a periodicidade de jogos no torneio, se seu time joga apenas uma vez, é muito mais “fácil” de realizar o trabalho físico. No futebol moderno, as capacidades de velocidade e força explosiva (potência), talvez sejam as mais importantes. No caso específico da potência, ela tem uma importância fundamental em quase todas as ações do jogo, como saltos, chutes, mudanças de direção, arrancadas etc.
   Segundo Weineck (2000), “a força rápida representa para o jogador de futebol a mais importante qualidade no condicionamento físico”. A força explosiva necessita de cerca de 24 horas para ocorrer a supercompensação. Durante o período competitivo, segundo Weineck (2000), ela pode ser treinada uma vez por semana. “Jogadores profissionais de futebol realizam o ano todo um treinamento de força integrado ao treinamento total” (Weineck, 2000). Você pode utilizar exercícios pliométricos, circuit training e exercícios de musculação. Não esqueça que quanto mais próximo do movimento do jogo, melhor será o efeito do exercício.
Referência: WEINECK, J. Futebol total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.
Espero ter ajudado a esclarecer sua dúvida e obrigado pelo contato. Um abraço, Fabio.

Prof. Leandro Mendes de Carvalho (currículo), quem lhe retorna o seguinte:
   Caro Wanderley, É difícil dizer se há ou não necessidade de se desenvolver melhor essa valência física que você citou acima. Teoricamente se você está na fase de manutenção não existe a necessidade de se enfatizar o trabalho de força explosiva, ou potência anaeróbia. Depende do rendimento de seus atletas em relação à essa valência física, já que não se trabalha potência com todos os atletas de todas as posições no futebol. Você deve analisar os resultados das avaliações periódicas que faz e determinar se há ou não essa necessidade. Prof. Leandro Carvalho

Prof. Marcelo de Oliveira(currículo) quem lhe envia o seguinte conselho:
   Como você está no meio do campeonato é interessante que faça trabalho específico para explosão. Seria interessante trabalhar com rubber band presa ao tronco e fixada em um ponto específico do solo ou parede e forçar corrida de contra-resistência em curtas distâncias. Não se recomenda trabalhar com musculação nesta fase, pois esta atividade deve ser treinada em pré-temporada. Também é interessante se trabalhar em grama com corridas curtas de velocidade em subidas, aumentando o potencial de explosão.

609. Categorias de base do futebol- 20/08/03
Sabem de algum trabalho (livro, artigo, tese, monografia, etc.) sobre categorias de base do futebol? Preciso de referências bibliográficas para elaborar um referencial teórico sobre o assunto. Obrigado. Osvaldo Henrique Assunção Pereira - Estudante.
Olá Osvaldo, sua pergunta recebeu a atenção do Prof. Ms. Fábio Aires da Cunha(currículo) veja as referências que ele lhe indica :
  Prezado Osvaldo, estou citando uma série de livros, artigos e teses, onde você poderá encontrar bastante informação sobre categorias de base.
Bibliografia:
1. CUNHA, FABIO AIRES DA. Estudo do treinamento Físico Aplicado à Categoria Juvenil (Sub-17) em Equipes de Futebol do Estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado. Guarulhos. Universidade Guarulhos. 2003.
2. GODIK, M.A.; POPOV, A.V. La Preparación del Futbolista. 2. ed. Barcelona: Paidotribo, 1999.
3. GOLOMAZOV, S.; SHIRVA, B. Futebol: treino da qualidade do movimento para atletas jovens. São Paulo: FMU, 1996.
4. McGOWN, C. O ensino da técnica desportiva. Treino Desportivo. Lisboa, II série, n.22, p.15-22, dez.1991.
5. MELO, R.S. Qualidades físicas e psicológicas e exercícios técnicos do atleta de futebol. Rio de Janeiro:Sprint, 1997.
6. REILLY, T.; WILLIAMS, A.M.;NEVILL, A.; FRANKS, A. A multidisciplinary approach to talent identification in soccer. Journal of Sports Sciences, Taylor & Francis, v.18, p.695-702, 2000.
7. SAMULSKI, D.; CHAGAS, M. H. Análise do stress psíquico na competição em jogadores de futebol de campo das categorias infantil e juvenil (15-18 anos). Revista Brasileira de Ciência e Movimento, [S.l., s.n.], v. 6, n. 4, p. 12-18, 1992.
8. VILLAR, R.; DENADAI, B. S. Efeitos da idade na aptidão física em meninos praticantes de futebol de 9 a 15 anos. Motriz, Rio Claro: Departamento de Educação Física do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, v. 7, n. 2, p. 93-98, dez. 2001.
9. VIVIANI, F.; CASAGRANDE, G.; TONIUTTO, F. The morphotype in a group of peri-puberal soccer players. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, [S.l., s.n.], v. 33, n. 2, p. 178-183, jun. 1993.
10. WEINECK, J. Futebol total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.

Sites:
www.efdeportes.com
www.entrenadores.info
www.cidadedofutebol.com.br

Boa sorte !

 

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