Dom, 3/2/13 20:20
Transições
São quaisquer movimentos da esfera de habilidades em
aeróbica, utilizados na passagem de um exercício ou rotina a outra,
para tornar ótima a fluência e facilitar o aprendizado.
Movimentos
de Transição
Qualquer habilidade pode ser usada como movimento de transição
em uma rotina, mas existem algumas que são mais comuns, como por exemplo:
Como equilíbrio sobre as duas pernas:
Polichinelo;
Saltito;
Saltito frente-atrás;
Com equilíbrio em uma só perna:
Chute
Chute
Lateral
Step-Touch
(um passo lateral e volta)
Boas transições
são fundamentais para o bom andamento de uma aula. Do
ponto de vista fisiológico, elas contribuem para manter
a frequência cardíaca em níveis próximos
a um desejado "steady state", por evitarem movimentos
bruscos com mudanças. Do ponto de vista metodológico,
as boas transições identificam uma "lógica" na
aula, demonstrando a preocupação do professor com
a coerência das rotinas, ou seja, fazendo ligação
entre as oitavas. E uma aula com transições bem
feitas é muito mais agradável de ser praticada
! Se observar os coreógrafos/atletas, sempre procuram
evitar mudança "quebradas" em suas rotinas.
As transições são, inclusive, tópico
de julgamento, acrescentando ou tirando pontos do competidor.
É importante notar que os movimentos podem (e devem)
facilitar o início do próximo exercício para o aluno. É comum
ver em aulas, os alunos não saberem com qual perna devem começar
um rotina-para a diagonal, por exemplo. Ora, a regra é bastante simples:
sempre que se desloca para a direita, incia-se com a perna direita e vice-versa
para o lado esquerdo. Se é fácil, por que os erros são tão
comuns? Justamente porque o professor não seleciona bem os movimentos
de transição. Numa diagonal, o elemento do "meio "sendo
de equilíbrio sobre as duas pernas, permite que o aluno inicie para qualquer
lado com qualquer perna, o que pode provocar erros. Já no caso de ser
utilizado um elemento de transição do outro grupo - equilíbrio
em uma perna - isso não ocorre, pois o aluno fica apenas com uma das pernas "livres" para
iniciar o deslocamento.
São coisas básicas e simples como esta que prejudicam
as aulas de aeróbica.
Esfriamento
Nesta fase da aula, o principal objetivo é permitir
ao organismo uma confortável volta à condição inicial
através da queda progressiva de intensidade possibilitando readaptação
do mesmo à condição de repouso e eficiência no que
diz respeito ao retorno venoso. Um esfriamento é importante para aliviar
a queda brusca da pressão sanguínea que poderia causar, tontura,
falta de irrigação sanguínea no cérebro, causando
inclusive desmaios. O desrespeito a esta fase da aula pode ocasionar eventualmente
desconforto ao praticante e, principalmente, aos menos treinados.
Qualquer tipo de movimento contínuo pode ser usado no
esfriamento, como: movimentos de funk, caminhar, etc... Não se aconselha
o alongamento estático imediatamente após a fase cardiovascular.
Localizados
Os exercícios localizados têm como objetivo principal
o fortalecimento geral e definição da musculatura esquelética
e são facultativos nas aulas de GA. e quando aparecem devem respeitar
as técnicas e orientação relativos ao trabalho
localizado de forma geral. Aconselha-se por mais específica que seja
a aula, trabalhar com grupos de grande importância como os abdominais,
por exemplo.
Relaxamento
Esta parte da aula é fundamental para permitir uma
volta à calma ao praticante além da possibilidade de se trabalhar
com o alongamento no sentido de melhorar
a postura e flexibilidade dos alunos. É interessante trabalharmos nesta
fase com pouca luz e música suave de forma a proporcionar um ambiente
calmo e propício às técnicas de relaxamento.
Erros
mais comuns no ensino da Ginástica Aeróbica
Intensidasde
inadequada ao aluno;
Complexidade/organização
inadequada ao aluno;
Música
muito rápida ou lenta;
Método
de ensino inadequado;
Falta
ou excesso de informações;
Erro
na transição de informações;
Exercícios
inadequados ao ponto de vista de segurança;
Não
utilização da estrutura musical;
Falta
de correção;
Falta
de atenção para com o aluno;
VARIAÇÕES
DE AULAS
Com
estímulos vocais (gritos, frases acompanhando a música,
etc..)
Com
quebra de movimentos e mistura uma com outra;
Ensina-se
frase por frase e depois unem-se todas;
Ensina-se
4 oitavas e depois mais 4 e soma-se todas;
Muda-se
a coregrafia de acordo com os bpms e a música;
Modifica-se
a mesma coreografia para diversos ritmos diferentes (bahia,
funk, hip hop, etc...)
Ensina-se
a aula virada para parede e depois para o espelho;
Ensina-se
dividindo a turma ao meio e de frente para o outro e trocando
de lugares;
Dividindo-se
em 4 grupos, sendo que cada grupo exercita uma frase da coreografia
e ao chamado têm que trocar e executar a frase de outros
grupos de movimento;
2x2
3x3
Ensina-se
e depois inverte-se a turma, ou seja, o grupo de trás
vem pra frente;
Em circuito;
Dois
grupos um de frente para o outro sendo que um faz para a
direita e o outro para esquerda;
Segunda-feira
ensina uma coreografia e na sexta faz-se a mesma em ordem
invertida e quebrada;
Ensina-se
toda a coreografia do lado direito e depois no final troca-se
tudo para o esquerdo (sempre lembrando de equilibrar a musculatura
praticada com quantas repetições executadas
para um lado, serem repetidas para o outro)
Desenvolver
figuras geométricas no solo com a própria coregrafia,
de diversas formas:
___ (na reta)
[ ] (em forma de quadrado)
[ ...] (em forma de retângulo e losângulo)
O (em forma de círculo)
X (em forma de xis)
L (em forma de éle)
Z (em forma de zê)
V (em forma de vê)
M (em forma de eme)
W (em forma de dábliu)
Técnicas
de Instrução
para os Professores:
Existem algumas técnicas que facilitarão o ensino das aulas permitindo
um maior sucesso na execução. Vejamos:
Pé:
Sempre se referir ao pé que se move primeiro;
Direção:
Mencionar para que direção quer que os alunos
se dirijam;
Ritmo:
Sempre dizer, lento, rápido, ou ... rápido
, rápido, rápido e devagar..., 123 e vai !
Númerica:
sempre dizer o número de repetições
que quer que os alunos façam. Tente sempre fazer em
forma decrescente... 4, 3,2,1 no caso de transições.
Passos:
Tente colocar nomes aos passos para facilitar a fluência
da coreografia;
Alinhamento:
Refira-se quanto ao alinhamento postural durante toda a aula;
Verbalização:
Uma aula tem maior chance de dar certo se feita com acompanhamento
verbal;
Visual:
comunique-se com as mãos gestos para onde os alunos
devem ir ou para o que devem fazer.
Fonte:
AKIAU, Paulo. Técnicas em Ginástica Aeróbica. Professional
Instructor - IV Convenção Fitness Brasil - Santos , 1994.
Fitness - Theory & Practice , AFAA, 1995,