MUITA ADRENALINA E EMOÇÃO É O
QUE MOVE OS ESPORTES DE AVENTURA QUE PARECE NUNCA TER FIM
Por:
Luiz Carlos de Moraes CREF1 RJ 003529-P/R
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Data de Publicação: 12/06/2009
ESPORTES DE AVENTURA
O ser humano desde quando nasce se não for bloqueado na
sua evolução sempre se sentirá atraído
pelo perigo por ser competitivo pela própria natureza
e porque não dizer pela aventura. Andar, correr, saltar,
arremessar são por assim dizer os movimentos mais básicos.
A partir disso começa o desafio enfrentando aventuras
cada vez mais perigosas, daí surgiram os esportes de aventura.
Para praticá-los não basta coragem, audácia
e determinação. É preciso um bom preparo
físico e psicológico, alimentação
adequada, planejamento e boa estrutura logística tanto
para quem promove e organiza as competições oferecendo
o máximo de segurança quanto os competidores que
precisam listar e checar sempre seus equipamentos para evitar
surpresas desagradáveis.
... E foi assim. Pequenos grupos isolados em algum lugar começaram
a fazer longas caminhadas por trilhas desconhecidas, subir montanhas,
paredões com auxílio de cordas, descer de bicicleta
morro abaixo, saltar de pára-quedas, de asa Delta ou no
espaço vazio preso a uma corda elástica, descer
corredeiras em bóias ou barcos infláveis e muito
mais tornando essas atividades bem conhecidas. Não tardou
a ser interessante também para a mídia divulgar
esses esportes assim como profissionaliza-los com nomes adequados
tais como Acquaride, Bungee Jumping, Canoagem, Corrida de Aventura,
Trekking, Mountain Bike entre outras que passaram a ser praticadas
isoladamente ou combinando várias provas numa só aumentando
o grau de dificuldade. Os praticantes freqüentemente relatam
que são movidos pelos hormônios associados ao medo
e ao estresse entre eles o mais conhecido a adrenalina.
ACQUARIDE
Significa passeio aquático. Qualquer um que freqüente
uma praia já viu ou vê crianças brincando
em grande bóia que na verdade são câmaras
de pneu de caminhão cheia de ar. Pois bem. Esse esporte é mais
ou menos isso nascido dessa idéia que chegou a ser chamado
de bóia cross, porém mais aperfeiçoado.
Trata-se de uma câmara de ar em formato ovalado com alças
para o praticante se segurar e descer corredeiras. Nesse esporte
não se usa remos apenas as mãos e a perícia
do jogo de corpo em cima da bóia para tentar dar direção
fugindo dos obstáculos naturais tais como pedras, galhos
de árvores entre outros perigos. Justamente por ser tão
perigoso luvas e capacete são os equipamentos de segurança
obrigatórios.
A HISTÓRIA
1983 – Para que o esporte possa ser assistido e ter um
mínimo de segurança normalmente é praticado
em parques e foi assim que o
primeiro Campeonato Brasileiro foi realizado no PETAR (Parque
Estadual Turístico do Alto
Ribeira), em Iporanga, São Paulo. O evento teve sucesso
e daí para frente começou a evolução
do esporte e das técnicas de domínio com realização
de etapa anual e aperfeiçoamento dos equipamentos de segurança.
1990 – Começava um mercado promissor para o fabrico
de equipamentos destinado ao esporte e a Acqua Ride Equipamentos
saiu na frente desenvolvendo as primeiras capas, luvas, roupas
e outros materiais destinados à proteção
e segurança do atleta.
1997 – O caminho natural seria a criação
de uma associação destinada a normatizar, divulgar
e promover os campeonatos divididos por categorias com etapas
realizadas a cada três meses. Assim surgiu a ABAR (Associação
Brasileira de Acqua Ride) que tratou de buscar reconhecimento
como esporte de canoagem junto a CBAa (Confederação
Brasileira de Canoagem), FPCa (Federação Paulista
de Canoagem) e ABAE (Confederação Brasileira de
Esportes de Aventura).
2000 – A Acqua Ride Equipamentos desenvolve os botes infláveis
mais rápidos para competição detendo a patente
do mesmo.
BUNGEE JUMPING
É
preciso ter muita coragem, sangue frio e confiar totalmente no
equipamento. Trata-se de saltar no vazio amarrado aos tornozelos
por uma corda elástica. Um esporte que exige, sobretudo
responsabilidade de quem conduz, orienta e prepara o indivíduo
para o salto cumprindo um rigoroso procedimento desde a revisão
do equipamento, preparo de quem vai saltar, o salto propriamente
dito e a retirada do indivíduo das amarras. Tudo tem que
estar rigorosamente revisado e calculado porque o saltador está inteiramente
a mercê disso. Qualquer erro pode ser fatal.
A HISTÓRIA
A gente sabe que cada povo e cada aldeia têm os seus costumes
e tudo começou a partir de uma espécie de cerimônia
de uma aldeia onde os rapazes para serem reconhecidos como adultos
e demonstrar coragem tinham que subir numa espécie de
escada de 5 metros de altura e pular lá de cima amarrado
por um dos pés a uma liana que é uma espécie
de trepadeira lenhosa abundante nas florestas tropicais. Se sobrevivesse
seria considerado adulto. A sorte era lançada. Se a
liana se rompesse ou fosse comprida demais o rapaz morria.
Uma outra lenda se refere a uma mulher que após trair
o marido, dele correu subindo numa árvore. Como ele não
desistia se atirou lá de cima amarrada pelos tornozelos
por uma videira. Ele pulou atrás dela e morreu porque
não estava amarrado.
1954 - A técnica do pulo se aperfeiçoou na tal
cerimônia de forma que os nativos continuavam com o costume,
porém com videira de medida certa para não causar
a morte dos jovens.
1970 – O primeiro dito “homem branco” a realizar
o tal salto lá entre os nativos foi o escritor Kal Muller
que quis experimentar para descrever. Ainda bem que deu certo
e ele pôde narrar o fato.
1979 – Daí para frente o esporte começou
a tomar a direção do uso de material elástico.
Membros da Oxford University’s Dangerous Sport Club presos
por elásticos para amarrar bagagens de carros saltaram
da ponte Clifton, em Bristol de uma altura de 75 metros.
1987 – Como não poderia deixar de ser a audácia
humana não tem limite e a torre Eiffel, em Paris foi palco
do salto do neozelandês A. J. Hackett preso pelos tornozelos
por um cabo elástico.
Nos dias de hoje – O esporte atingiu um nível de
segurança fantástica que hoje é quase impossível
haver morte por acidente se forem cumpridas todos os procedimentos
de segurança que incluem rotina de inspeção
em todos os equipamentos item por item incluindo descarte do
material quando completado 1200 saltos mesmo que estejam em bom
estado. Por conta disso qualquer pessoa que pretendente saltar
deve sempre procurar empresas especializadas que não fazem
saltos em pontes, viadutos e torres por ser proibido. Normalmente
se faz em feiras e grandes eventos com guindastes e toda estrutura
adequada. Cada salto que dura segundos pode levar um bom tempo
na preparação que inclui um boa conversa com quem
vai saltar para tranqüilizar o indivíduo. Quem pratica
por puro lazer ou curiosidade deve estar gozando de boa saúde
física, mental e cardíaca para não morrer
de susto.
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ARTIGOS
Projeto Caminhada Ecológica