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PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES AO CDOF RESPONDE
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340. Fibras brancas e vermelhas e o tipo de treino - 28/01/02
Algumas evidências sugerem que a treino com cargas elevadas e baixo número de repetições (menos de 5) estimulam mais as fibras brancas, e que o treinamento com repetições mais altas (acima de 5) estimulam a hipertrofia de ambos os tipos de fibras. Gostaria de saber se esta afirmaçõa está correcta. Obrigado .Marco Gonçalves. Estudante - portugal
   Olá Marco, esta pergunta foi anteriormente respondida pelo Prof. Alfredo César, que nos sugere uma classificação mais completa das fibras e explicações importantes para sua dúvida: Clique aqui . E para complemento da pergunta sugerimos o texto abaixo:
   Segundo Weineck, Manual de Treinamento Desportivo, 1989, as fibras musculares são divididas em dois tipos:

Fibras Brancas: são mais grossas e velozes que a outra e são exigidas no trabalho muscular intenso e forçado. As fibras brancas destacam-se por sua riqueza em fosfatos e em glicogênios, poderosamente energéticos, e por sua fartura correspondente de enzimas de produção anaeróbicas de energia.
Fibras Vermelhas: São finas e lentas e são exigidas no trabalho muscular de pouca intensidade. Distinguem-se, além de uma riqueza igual em glicogênio, principalmente pela sua riqueza em enzimas de produção aeróbica de energia. Neste tipo de fibra há uma abundância em mitocôndrias no citoplasma e é por isso que se observa uma maior atividade das enzimas do ciclo de citrato e da quebra de ácidos graxos livros , porém uma atividade menor das enzimas glicolíticas. Elas são mais inervadas que as brancas por pequenos neurônios motores alfa da medula espinhal .
   A disposição e porcentagem das diferentes fibras musculares são fixadas geneticamente. As porcentagens da distribuição genética da maioria da população fica, salvo excessões, 90 - 10% ou 10-90% .
   Para atletas de elite estas distinções são nítidas: Por exemplo em corredores velocistas, levantadores de peso e jogadores de hoquei, predomina-se as fibras brancas e em maratonistas as fibras vermelhas. Pode-se admiitr que a tendência inconsciente às modalidades de força de explosão ou de resistência pode estar relacionada com essa distribuição das fibras rápidas ou lentas. Obs: o treino não pode modificar a distribuição das fibras brancas e vermelhas, mas somente o seu grau de desenvolvimento e seu volume, ou seja, estas fibras não se transformam através do treinamento em outro tipo.
Entretanto a composição em termos de fibras de uma pessoa não constitui o único determinante do desempenho, e em grupos pesquisados, o desempenho de uma pessoa pode variar em outros fatores como fisiológicos, bioquímicos, neurológicos e biomecânicos.
   Sobre o treinamento: Ainda segundo Weineck, 1989:
Adaptação a estímulos intensos ou melhor, dinâmicos de curta duração (por exemplo, cargas máximas ou de força de explosão): Após a adaptação da coordenação intra e intermuscular, o músculo adapta-se por um crescimento da seção transversal das fibras musculares, logo, do músculo inteiro. Esta hipertrofia do músculo permite-lhe uma maior força de contração. Paralelamente cresce a capacidade metabólica anaeróbica alática exigida dos fosfatos ricos em energia.
Adaptações a estímulos extensivos de exigência de resistência aeróbica : A elevação das reservas intramusculares de glicogênio e de gorduras representa uma reação -resposta específica do músculo; a elevação das enzimas de tranformação aeróbica representa uma melhoria inespecífica dos sistemas eferentes que contribuem para limitar a performance.

   As alterações que ocorrem no músculo esquelético e que resultam do treinamento específico são adaptações de acordo com o treinamento executado, ou o tipo de atividade praticada. Comvém ter em mente que ambos os tipos de fibras participam na maioria das atividades; e a diferença consiste apenas em que certas atividades exigem a ativação de uma proporção muito maior de um tipo em relação ao outro. Fisiologia do Exercício - Energia, Nutrição e Desempenho humano - Mcardle e Katch

Leia ainda: www.noticiasdocorpo.com.br/ano1n002/materia.htm


341. Somatotipo - 28/01/02
Sou visitante assídua e tiro todas as minhas dúvidas neste site, porém, desta vez não encontrei nada a respeito de somatotipo. Ouvi dizer que existem uns desenhos que explicam bem as diferenças. Vocês teriam estes desenhos e poderiam explicar do que se trata? Obrigada pela oportunidade e continuem com este trabalho maravilhoso de grande utilidade pública. Um abraço grande, Marcele
Oi Marcele, agradecemos por estar contando conosco e acreditando em nosso trabalho ! Vamos tentar lhe auxiliar com nossa pesquisa abaixo:
   Segundo Paulo Eduardo Carnaval em seu livro Medidas e Avaliação - em ciências do esporte, ao longo da história muitos estudiosos tentaram classificar o ser humano segundo a constituição física, mas a que predomina atualmente é a desenvolvida por Sheldon baseando-se na origem embrionária dos tecidos, procura descrever o que cada indivíduo apresenta de endomorfismo, mesomorfismo e ectomorfismo. Sheldon chama esta classificação de SOMATOTIPO e a define como:

"A quantificação dos três componentes primários, determinando a estrutura morfológica de um indivíduo, expressos em uma série de três numerais, onde o primeiro refere-se à endomorfia, o segundo à mesomorfia e o terceiro à ectomorfia".

Endomorfo Dominante: cabeça larga e arredondada, pescoço curto e grosso, tórax grosso e largo, braços curtos, abdômen largo, cintura ampla, nádegas pesadas e pernas grossas e pesadas. Têm formas arredondadas devido a gordura e quadris largos. Têm personalidade relaxada, são tolerantes e normalmente boa companhia. Esta obesidade resulta tanto de fatores hereditários quanto por educacionais alimentares. Aqueles com tendência à obesidade devem ser eternamente vigilantes, pois os lipócitos preferem estar sempre cheios.

Mesomorfo Dominante: fisiculturista natural. Forte, músculos maciços e bem desenhados, ossos proeminentes, pescoço forte , volume de tórax dominando sobre o abdômen, ombros largos, musculatura abdominal firme e bem desenvolvida. Ossos proporcionais entre braços e pernas. Eles apresentam tal estrutura porque têm altos índices de testosterona. Suas características de personalidade são a agressividade e a dominação.

Ectomorfo Dominante: estrutura corporal delicada, frágil, com segmentos finos, crânio relativamente largo, queixo ponteagudo, nariz e pescoço finos, tórax aplainado e longo, escápula alada, ombros arredondados, braços longos e finos. O tipo magro clássico. Tendendo a ser baixo tanto em gordura quanto em massa muscular. As caractéristicas de personalidade de um ectomorfo extremo incluem hipersensibilidade e e uma percepção aguçada de tudo que se passa a sua volta. Parecem ser obsessivos e facilmente se desestimulam na ausência de progresso. Em termo de ganho de massa e peso é muito difícil, desafiador, pois além de tudo têm baixo apetite. Para ter progresso é necessário que façam uso de nutrientes, aumentando o número de ingestão de calorias.

   O biotipo básico é resultado da hereditariedade. Muito da aparência é determinada pelos gens transmitidos pelos pais. Outras características tais como a tendência a ganhar massa muscular e gordura, é um produto de ambas, hereditariedade e meio ambiente. Provavelmente uma pessoa nascida com o biotipo mesomorfo pode provavelmente desenvolver uma musculatura mais rápida do que um endomorfo ou um ectomorfo.
   O biotipo básico é aquele que se apresenta caso não se pratique uma atividade física. Por exemplo, a maioria dos fisiculturistas campeões começaream magros e construíram a musculatura gradativamente. O biotipo destes é consequentemente ecto-mesomorfo, o que traduz-se como pessoas magras e musculosas. Isso significa que caso desistam do treino, suas musculaturas hipertrofiadas podem eventualmente atrofiar e mais uma vez voltarem a ser magros.
   A mesma regra se aplica ao endo-mesomorfo, que pode reverter de volta à sua tendência à obesidade caso não se exercite e mantenha uma dieta apropriada. Esse fato explica o velho mito dos "músculos virarem gordura". Músculos e gordura são tipos de tecidos distintos . Um não pode se tranformar no outro. Se uma pessoa com características endomorficas reduz sua atividade física e continua a comer a mesma quantidade de calorias, seus músculos atrofiam enquanto a gordura corporal aumenta. Quanto as tabelas e desenhos você poderá encontrar no livro citado acima ok?
Boa sorte !

342. Melhor método de treinamento na Musculação e Suplementos - 01/02/01
Tô malhando numa academia 24h, aqui em Recife. Meu instrutor me indicou uma série de exercícios para fins de hipertrofia. Gostaria de saber sua opinião sobre essa combinação indicada abaixo:
1° dia: Peito, Tríceps, Ombro e Antebraço.
2° dia: Costas, Bíceps, Perna.
3° dia: Descanso.
Essa série é realmente mais eficaz que a clássica combinação peito/bíceps, costa/tríceps, perna/ombro??? Outra dúvida é quanto aos aminoácidos. Comprei o Amino 2222, da Optimum. Qual é a sugestão de uso? Dois tabletes antes do treino, 2 após, ou 2 antes e 2 após???? Estou tomando também albumina misturada ao leite. É exagero tomar a albumina e o Amino 2222? Agradeço antecipadamente sua orientação. Vinícius Baldwin (25 anos).
   Olá Vinícius, você nos pede uma série de esclarecimentos que, infelizmente, não podemos dar. Isso porque não temos como fazer prescrições via-internet!
Mas, podemos esclarecer o seguinte, que o que faz a eficácia de um treinamento é um conjunto de práticas, que juntas lhe trarão o sucesso e não se vai trabalhar esse ou aquele músculo primeiro. Na verdade, não existem combinações mais eficazes que a outra. O que deve ser analisado é o número de repetições, frequência de seu treinamento e sobrecarga que seu professor vem lhe prescrevendo. E além de tudo sua alimentação !
Ela deve ser suficiente para satisfazer suas necessidades calóricas e de proteína suprindo seu gasto com o treinamento. E talvez nem precise de Suplementos...
Portanto, seu treinamento só será um sucesso se você for analisado individualmente e assim receber uma prescrição após analisada a Avaliação Física e Nutricional. Somente de posse desses dados é que podemos opinar alguma coisa, e é claro ! Acompanhado-o e observando seu desenvolvimento.
    Sugerimos que, em caso de dúvida sobre a prescrição de seu professor, procure um outro profissional especialista em Musculação, nível superior, apresentando ambas as avaliações citadas acima e sua ficha atual de treinamento para analisar seu caso.
Isso não deve ser feito como uma receita de bolo, e sim ser levado em conta seu nível de treinamento, idade, avaliação física e fisioterápica, com o objetivo de respeitar seu corpo acima de tudo !
E que procure um bom Nutricionista para analisá-lo e sugerir o melhor, atendendo suas próprias necessidades.
Sugerimos os textos:
Suplementos Proteicos I
Suplementos Proteicos II
Alerta sobre Suplementação
O que comer antes da Musculação?
O que comer após a Musculação?

Atenciosamente.

343 . Futsal e os fundamentos - 01/02/01
Sou aluna da Unb (Brasília), 7º semestre e estou precisando de informações sobre - Deslocamento, trajetória e adaptação à bola no futsal. Se puderem me ajudar serei muito grata. Obrigada.
Cara Usuária, entendemos que o que está procurando são informações dos fundamentos, portanto os listamos abaixo:
Os fundamentos básicos do Futebol de Salão são:
Condução: "É o ato de deslocar-se pelos espaços possíveis de jogo, tendo consigo a posse de bola." E podem variar:

Variações
Formas
 
Trajetória
Retilínea
Sinuosa
 
Toque
Rasteiro
Com a face interna do pé
Com a face externa do pé
Com a sola do pé
Suspensão
Peito do pé
Coxa
Cabeça

Chute: "É o ato de golpear a bola desviando ou dando trajetória a mesma, estando ela parada ou em movimento". E podem variar:

Variações
Formas
 
Bola Parada
Em movimento
 
Executante Parado
Em movimento
 
Tipo Simples
Bate-pronto: quica no chão e chuta
Voleio: bola no ar e chuta sem que ela caia
Bicicleta: indivíduo em suspensão tenta chutar para trás
 
Trajetória Rasteira
Alta
Meia Altura
 
Toque Tradicional
Com a face interna do pé
Com a face externa do pé
Com a face anterior interna
Com o calcanhar
Com o dorso do pé
Com a ponta do pé
Com a cabeça
Especial Coxa
Peito
Sola do pé


Passe: 'É um elemento técnico inerente ao fundamento chute que se caracteriza pelo ato de tocar/impulsionar a bola para um companheiro".
   Para onde passar:
-Para a frente do jogador a quem se destina o passe (para o espaço vazio), para que o mesmo possa correr e progredir facilmente no terreno.
-Em direção ao jogador a quem se destina o passe.
   Quando passar:
-Deve ser feito no momento em que o jogador que está de posse da bola é atacado pelo adversário.
-No momento em que percebe a intenção do companheiro, demarca-se, cuidando-se para não demorar na execução, pois poderá colocar o companheiro em impedimento.
   Tipos de passes:
1)Passe Longo: é todo aquele em que a bola é lançada a ma distância maior.
2)Passe Curto: é usado para permitir o jogadas mais rápidas entre os jogadores.
3)Passe para trás: feito quando não há possibilidades de progressão no terreno ou quando é preciso impedir a intervenção do adversário. Pode ser efetuado com a cabeça, calcanhar e parte lateral interna do pé , sendo esta mais acomselhável por ser mais precisa.
4)Passe Lateral: Executado com as partes laterais do pé, por denunciar menos a intenção de passar.
5)Passe Cruzado ou Diagonal: É o tipo de passe destinado a mudar a direção de ataque. Quando é curto, deve ser feito com a parte lateral do pé, quando longo, com o peito do pé.
6)Passe em profundidade: É utilizado para lançar um atacante, devendo ser rasteiro e dirigido para o espaço, a fim de propiciar a fuga do mesmo.
7)Passe de Centro: são chutes para colocar a bola em frente à meta, efetuados com o peito do pé, pelo alto. Normalmente os centros partem dos médios e dos extremos.

Variações
Formas
 
Bola
Parada
Em movimento
 
Executante Parada
Em movimento
 
Distância Curto
Médio
Longo
 
Trajetória Rasteira
Parabólica
Meia altura
 
Toque
Tradicional
Com a face interna do pé
Com a face externa do pé
Com a face anterior interna
Com o calcanhar
Com o dorso do pé
Com a ponta do pé
Com a cabeça
Especial
Coxa
Peito
Sola do pé

Drible/Finta: "É o ato onde o jogador estando em posse da bola ou não tenta ludibriar o seu adversário".

Variações
Formas
Bola
Parada
Em movimento
Executante Parada
Em movimento
Execução : O jogador tem várias formas de executar o mesmo dible, cabendo a ele aplicar e adaptar sua técnica às situações encontradas.
Para o lado direito
Para o lado esquerdo
Por cima (chapéu)
Por baixo das pernas
Gaúcha (bola por um lado e jogador para o outro


Recepção : "Ação de interromper a trajetória da bola, tomando posse de seu domínio". Sinônimos: Amortecimento, abafamento e domínio.

Variações
Formas
Trajetória da Bola
Rasteira
Parabólica
Meia altura
Tipo de Recepção (mais comuns)
Com a face interna do pé
Com a face externa do pé
Com o dorso do pé
Coxa
Peito
Cabeça

Fonte: Futebol - Bauery Urberle

344 . Vestimenta certa para o exercício e Dor-de-cabeça durante os exercícios - 06/02/01
1) Essas roupas colantes que as mulheres (em sua maioria) usam, não fazem mal à circulação ? 2) Durante as atividades físicas fico com dor-de-cabeça, o que devo fazer? Se for possível envie a resposta para meu e-mail e não para o site. Obrigado desde já. Tiago Moraes Mello. Estudante
Oi Tiago, boa pergunta! Quando vamos as academias notamos o quanto a moda das roupas colantes veio pra ficar e mesmo suando as pessoas não se importam de estarem vestidas assim. É, faz parte da beleza... mas pode ter um preço.
Sempre que temos uma dúvida de fisiologia recorremos à literatura científica para nos embasar. Então veja o que encontramos no livro Fisiologia do Exercício - Energia, Nutrição e Desempenho humano - Mcardle e Katch sobre o que seria o ideal da vestimenta de malhação:
   1)A vestimenta isola o corpo do ambiente em que se encontra. Pode reduzir o ganho de calor radiante num meio ambiente quente ou retardar a perda de calor por condução e convecção no frio.
A vestimenta certa para ambientes frios: Para proporcionar isolamento ao frio, a malha das fibras dos tecidos aprisiona ar que, a seguir, se torna quente. Portanto, quanto mais espessa for a zona de ar aprisionado perto da pele, mais eficiente será o isolamento. Por esta razão, várias camadas de roupa leve ou trajes forrados com peles de animais, couros, ou tecidos sintéticos (com numerosas camadas de ar aprisionado), proporcionam um isolamento muito maior do que uma única camada espessa de roupa de inverno. A vestimenta certa de inverno numa atmosfera seca é impermeável ao movimento do ar, porém permite a saída do vapor de água a partir da pele através de roupa, no caso de ocorrer transpiração.
A vestimenta certa para tempo quente: Uma roupa seca, por mais leve que seja, retarda a permuta de calor, quando comparada com a mesma roupa impregnada de umidade. Praticar exercícios com um uniforme seco só será bom para regulação térmica quando ele ficar totalmente úmido. Materiais diferentes absorvem água com velocidades diferentes. Os algodões e os linhos absorvem prontamente a umidade. Por outro lado, as pesadas "blusas de suar" e as feitas de borracha ou plástico produzem uma umidade relativa alta perto da pele e retardam a vaporização da umidade a partir da superfície cutânea impedindo o esfriamento da evaporação. A vestimenta para tempo quente deveria ser folgada para permitir a circulação livre do ar entre a pele e o meio ambiente, a fim de promover o movimento da água para longe da pele. A cor é importante, pois as cores escuras absorvem a luz e facilitam o ganho de calor radiante, enquanto que as cores claras refletem os raios quentes.

Obs: além de ajustamentos vasculares, a dissipação de calor vascular durante o exercício num meio ambiente quente depende quase totalmente do mecanismo de refrigeração do esfriamento pela evaporação do suor e isto está diretamente ligado a vestimenta (roupa utilzada durante os exercícios). Sim as roupas colantes retardam a evaporação e, consequentemente, trazem prejuízos a circulação por diminuirem a transpiração e evaporação do calor interno, aumentando a desidratação.
   Veja outro ponto-de-vista: Prof. Luiz Moraes: Amigo Estudante, em princípio essa roupas não prejudicam a circulação porque apesar de serem
"coladinhas" elas são bastante flexíveis e não impedem a liberdade de movimentos. Geralmente, elas são usadas em atividades de academia não mais de uma hora. Talvez possam ser impróprias para atividades mais longas e ao ar livre onde o fator temperatura ambiente e corporal é muito mais importante. Não é comum vermos essa indumentária em maratonas por exemplo. Luiz Moraes.
  2) Esta pergunta foi, gentilmente atendida e respondida pela Profa. Lara Oliveira, que nos traz o seguinte:
Olá ! Segundo Batts, uma pequena porcentagem de atletas com cefaléia induzida por exercício pode apresentar lesões intra-cranianas, cujo sinais são semelhantes a cefaléia de esforço, mas a maioria das cefaléias são benígnas e ocorrem por tensão constante dos músculos do couro cabeludo ou por fatores psicológicos, como a fadiga, ansiedade e estresse emocional. Para se evitar a cefaléia nestes casos deve-se fazer massagem na região cervical e do couro cabeludo, alongamento da região cervical, hidroterapia e analgésico (somente com a indicação médica)
Bibliografia: Mellio, M. et al Segredos em medicina esportiva. Artes Médicas,1997. Lara Oliveira.
   Observe também, Tiago se sua dor-de-cabeça não está relacionada ao estresse térmico durante as aulas:
As complicações por estresse térmico excessivo ou lesão induzida por calor estão relacionadas aos sintomas (McArdle, 1992): sede, cansaço, tonteiras, distúrbios visuais, cãimbras, sudorese, pulso fraco e rápido, cefaléia (dor-de-cabeça) e fraquesa generalizada. Nestes casos observar se sua roupa não está dificultando a transpiração, o ambiente está sem ventilação e muito quente e se está hidratando devidamente. Se necessário, cesse o exercício se isso acontecer e nada acima foi notado.

Leia mais: Ventiladores e Ares condicionados X Perda de Gordura
Até outro dia! Um abração.

345. Carência de Albumina - 08/02/01
Que tipo de efeitos a falta de albumina ou sua baixa taxa pode causar no organismo humano?? Wania - Gerente
Oi Wania, sua pergunta recebeu a colaboração do Prof. Luiz Moraes, quem diz o seguinte:
Amiga Wania.
A albumina é uma proteína de alto valor biológico presente também na clara do ovo. No esporte ela tem sido usada por atletas adeptos ao treinamento e força mas até agora são poucos os estudos que comprovem grandes benefícios e ou rendimento ao atleta. Quem se alimenta de 6 a 8 vezes mantendo um percentual de 65% de carboidratos, 35% de proteínas (ricota, clara de ovo, carnes brancas ou magras de boi), verduras uma a duas vezes ao dia e bebe bastante água, não costuma ter problema de carência de albumina. A carência de albumina está relacionada com a coagulação do sangue. Dê uma olhada em:

http://www.aventisbehring.com/brazil/Produtos/CriticalCare/Berubumin/Portuguese/index.asp
http://www.sempreemforma.com.br/vida_saudavel/nutri/nt-reconutri/albumina.htm

Leia também: Suplementos substituem a alimentação ? O que é Albumina?
Um abração.

346. Questionando conceitos de Flexibilidade - 08/02/01
Alongamento e flexionamento? Isso ainda existe? Não seria tudo alongamento, de baixa intensidade ou alta intensidade? Um professor insiste que existe essa diferença. Qual a posição de vocês, quanto à esta questão?? Regina Salvador - Estudante de E.F.
Oi Regina, o que a literatura nos mostra é que isto é uma questão de conceitos e que certos termos apenas substituem outros. Existe um antigo conceito de Flexionamento e Alongamento, citado por Paulo Akiau em Técnicas em Ginástica Aeróbica - IV Convenção Fitness Brasil, Santos , 1994:
   Flexionamento: Forma de trabalho que visa obter uma melhora da flexilidade através da mobilização das amplitudes de arcos de movimento articular superiores às originais "(Dantas, 1989).
   Alongamento: Forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com um mínimo de restrição possível " (Dantas, 1989).

Leia abaixo conceitos mais recentes (ou outras nomenclaturas) encontados pelo CDOF:
Diferença entre Flexibilidade e Alongamento
Conceito de Flexibilidade e Alongamento

Recebemos contribuições de alguns colegas, veja o que eles dizem:
Prof. Luiz Moraes:
   Amigo leitor. Talvez seja um dos assuntos mais discutidos, tudo porque cada um que a estuda ou escreve um livro tenta dar um nome e uma qualificação diferente que acaba na mesma. "Flexibilidade é a amplitude máxima de um movimento em uma ou várias articulações combinadas".
    Nem todo mundo tem a mesma flexibilidade. Isso depende, segundo Johns e Wright (1962) citado por Walace Monteiro, de fatores ósseos, musculares, tendinosos, da cápsula articular, da gordura e da pele. Dentre esse fatores limitantes, os mais importantes são a cápsula articular contribuindo com 47% e os músculos com 41%. Algumas pessoas têm mais tecido chamado de colágeno que não são elásticos e por isso sentem mais dificuldades.
   A flexibilidade também está associada ao sexo, a idade, a lateralidade corporal, a hora do dia e aquecimento. As mulheres e as crianças são normalmente mais flexíveis. Quando tentamos alongar um segmento corporal qualquer podemos notar que até um determinado ponto conseguimos fazer isso com facilidade. Pra gente não passar dos limites o corpo possui um poderoso sistema sensorial funcionando como alarme e defesa. São os proprioceptores que interligados com o sistema nervoso central produzem respostas de contração involuntária ou relaxamento da musculatura conforme a necessidade. No primeiro caso os fusos musculares contraem involuntariamente o músculo quando o forçamos além do normal. Se não existissem os fusos a gente ia alongando o músculo até arrebentar feito um elástico. No segundo caso, o relaxamento se dá por ação dos Órgãos Tendinosos de Golgi. Como o próprio nome sugere se localizam nas articulações e de lá enviam mensagens à medula quando a integridade articular fica em perigo por conta de um músculo estar muito tracionado ou distendido. A resposta da medula é o relaxamento da musculatura antagonista.
   Pois bem, a partir desse ponto onde começa a ficar mais difícil, entram em ação os proprioceptores. Dantas em sua defesa de tese chama de flexionamento enquanto outros profissionais preferem chamar de alongamento de baixa e alta intensidade. O fato é que esses limites fisiológicos existem e basta fazer qualquer alongamento para se perceber isso. A comunidade científica é que ainda não chegou à conclusão quanto à nomenclatura. Eu ainda fico com Dantas.

Prof. Ms. Roberto F. Costa:
   Flexibilidade é uma capacidade física, alongamento é uma estratégia (forma de trabalho) que pode ser usada para sua melhoria e, flexionamento é um neologismo sem muito fundamento. Espero ter podido ajudar. Um abraço, Roberto .

Prof. Romu Romualdo
       Existe diferença, e gostaria de recomendar ao nosso amigo que procurasse ler os livros do Prof. ABDALLAH ACHOUR JÚNIOR. Ele tem vários livros e recentemente lançou "BASES PARA EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO" que pode ser encontrado no site www.phorte.com . Outra dica que dou pra nosso amigo é fazer o curso do Abdallah, pois eu mesmo o fiz e não me arrependi . Procure sobre os cursos da FMU.


Sugestão de literatura:
1) DANTAS, Estélio H.M. - Flexibilidade e Flexionamento. Ed. Shape. 2ª edição R.J. 1989. ( Estudo feito por ele) clique aqui
2) http://www.terrazul.com.br/fragente.htm - * Leia a matéria do Prof. Dr. Estélio Dantas "A Flexibilidade no Treinamento do Atleta de Alto Rendimento"
Um abração e bom Carnaval !

347. Teste de carga na Musculação - 08/02/01
Periodização na Musculação: Eu gostaria de saber como se faz para calcular o volume e a intensidade do treinamento de musculação usando como referência a "zona alvo de repetições"? Ou se possível, se vcs me indicassem algumas bibliográfias sobre o assunto. Outra dúvida é se existem tabelas informando os valores de força de acordo com a faixa etária, sexo, nível de aptidão (sedentário ou atleta).e onde posso encontrá-las. Um abraço!!! Ricardo Silva
Oi Ricardo, recebemos esclarecimentos importantes dos professores:
Prof. Luiz Moraes:

    Amigo (a) leitor (a), Prescrever exercícios e montar uma periodização, antes o seu cliente deve ter passado por avaliações físicas e funcionais. O programa será montado de acordo com os resultados dos teste e os objetivos individuais do cliente. A carga certa para o momento certo você vai encontrar de duas formas: pela tentativa de acerto e erro ou fazendo teste de 1 RM que, a meu ver, tem fundamento para determinadas situações. O teste só não é viável para o dia-a-dia de academia, mas para trabalhos personalizados ele tem razoável fidelidade. Periodização envolve muitas variáveis que não dá para resolver numa mensagem.

Aí vai sugestão de literatura:
1)FLECK Steven J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - 2ª edição - Porto Alegre - R.S. - Editora Artes Médicas Sul Ltda - 1999.
2)ZATSIORSKY, Vladimir M. - Ciência e Prática do Treinamento de Força - São Paulo - S.P. - Phorte Editora Ltda, 1999.
3)WEINECK, Jürgen. - Biologia do Esporte. Ed. Manole Ltda. S.P. 1991.
4) http://www.noticiasdocorpo.com.br/ano1n003/materia.htm

Prof. Romu Romualdo :
   No livro A Prática da Preparação Física, de Estélio Dantas, 4ª EDIÇÃO EDITORA SHAPE, 1998, página 198-204, você encontrará passo à passo, a definição de intensidade e volume, como calcular, e sobre os testes de carga máxima e repetição. No site www.phorte.com.br encontrará também bibliografia de boa qualidade e específica de Musculação, lembrando que você deve procurar livros que falem, também, como trabalhar força. Quanto a tabela, eu não a conheço.
    O caminho é este, estudar e utilizar o bom senso, pois já aconteceu comigo, fiz os testes, calculei a carga pra o meu objetivo e quando fomos para a prática a estimativa estava a mais do que encontramos e pode também ficar aquém, por isso o bom senso.

Leia ainda: Repetições e séries adequadas para membros superiores e inferiores
Um abração e bom Carnaval !

348. Melhor teste de Flexibilidade - 08/02/01
Olá! Gostei muito do site de vocês. Gostaria de saber qual o melhor teste de flexibilidade para ser empregado nos MMII (membros inferiores). Grato! Ady
Oi Ady,
Recebemos a participação de nossos colegas, quem nos informam o seguinte:

Prof. Luiz Moraes,
Amigo leitor,
Nas avaliações funcionais quase todas as academias aplicam o flexiteste.

Aí vai a sugestão de dois livros de fácil entendimento:
1)ROCHA, Paulo Eduardo Carnaval Pereira da. Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte Ed Sprint 3ª edição - R.J. 1998.
2)MONTEIRO, Walace D. Personal Training - Manual para Avaliação e Prescrição de Condicionamento Físico. Ed Sprint R.J. 1998.

Prof. Ms. Roberto F. Costa:
Preferencialmente um que permita a medida da amplitude das articulações que se pretende conhecer o nível de flexibilidade, uma sugestão é utilizar um flexímetro. No Brasil a Sanny fabrica um de muito boa qualidade. Espero ter podido ajudar. Um abraço, Roberto .

Prof. Romu Romualdo :
Existe um CD room da Celafiscs, com vários tipos de testes, inclusive de Flexibilidade, que poderá ser encontrado no site www.celafiscs.com.br .
Um abração e bom Carnaval !

349. Adipômetros (plicômetros ou compassos) - 13/02/02
Caros Amigos do CDOF!!! Gostaria de saber qual a diferença entre o Adipômetro Científico e o Adipômetro Clínico. Grato desde já. Jocelito Martins.
Oi Jocelito, quem lhe responde esta dúvida é nosso amigo Prof. Ms. Roberto F. Costa:
Adipômetro científico é aquele que utiliza um relógio comparador e permite uma melhor resolução das medidas, já o clínico não o possui. Espero ter podido ajudar. Um abraço, Roberto .

350. Aumentar a estatura - 17/02/02
Gostaria de saber se é possível aumentar nossa estatura (adulto) conforme é afirmado no site www.heromar.com.br . Tiago.
   Oi Tiago, não conhecemos bem o trabalho deste professor, mas pelo pouco que pesquisamos no site que nos indicou, observamos que se baseia em flexibilidade e fortalecimento. Ou seja, um indivíduo vem com uma carga genética de crescimento que se desenvolve ao longo dos anos até sua vida adulta e de acordo com o estilo de vida deste indivíduo, terá um desenvolvimento desta estatura dentro das possibilidades naturais ao que o corpo é imposto. Veja o processo de crescimento neste site encontrado pelo CDOF: http://www.ufba.br/~qualibio/025.html .
   Se leva uma vida sedentária e vai acumulando encurtamentos, problemas de postura e desvios de personalidade como baixa auto-estima, pode sim, diminuir na sua estatura com o tempo. E o que nos parece o trabalho do professor está baseado nisto, resgatar a amplitude muscular e postural dos indivíduos fazendo com que os clientes e pacientes tenham de volta sua postura normal.
     Neste processo, o músculo e estruturas encurtadas terão liberdade de atingir a estatura real do indivíduo treinado, através do treinamento. Desenvolve um trabalho de saúde. Não quer dizer que vai alongar seus ossos, não é isso, impossível. Só possível mesmo com cirurgias já demonstrado anteriormente pela mídia.
Um trabalho de flexibilidade e fortalecimento proporciona esse resgate da postura, como você pode ver no próprio site : http://www.heromar.com.br/ortopedica.htm
Saúde pra você !

 

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