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Dom, 6/6/10 12:05

Tratando da Hipertensão sem Remédios

    Estudos realizados recentemente em instituições tais como UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), USP (Universidade de São Paulo), Universidade de Stanford, Universidade da Califórnia, OMS (Organização Mundial de Saúde), entre outros, comprovaram que os exercícios respiratórios são muito importantes para a vida das pessoas.
    Luciano Bernardi, da Universidade de Pavia, fez um estudo que tem como tema “A Influência da ave-maria sobre o Sistema Cadiovascular”. Para surpresa geral, ele verificou que o efeito da ave-maria não tinha nenhuma realação com a fé (embora possamos entender isso de outra maneira) mas sim com o ritmo respiratório. Afinal a oração tinha que ser recitada em latim e havia recomendação compulsória de respeitar os intervalos. Esta recomendação reduziu o timo respiratório de 18 para 6 por minuto. Desta forma, houve uma alteração da freqüência cardíaca e abaixou a pressão arterial.
    Este estudo faz parte de uma série de estudos sobre a respiração que começaram a se publicados a partir do ano de 2.000. Entretanto, os cientistas estão levando em consideração apenas o ritmo respiratório lento. A medicina oriental, e melhor ainda, a filosofia oriental do Yoga, não só leva em consideração uma técnica mais ampla (o pranayama), como já conhecia tais técnicas há muito mais tempo (no caso do Yoga, 8.000 anos ).
    A ciência ainda entende os exercícios respiratórios simplesmente pelo fator chamado ritmo (em sânscrito: matra), entretanto outros fatores também influenciam. Esses fatores foram amplamente estudados na filosofia do Yoga. Apesar disso, apenas com a ajuda das novas tecnologias é que a ciência mostrou com evidência o efeito do ritmo respiratório sobre os sistemas simpáticos e parassimpáticos.
    O primeiro tem a função de preparar o corpo para um esforço físico ou uma situação de risco. Despejando um hormônio chamado adrenalina. Desta forma, aumentando a pressão arterial e a freqüência cardíaca. O segundo tem a função contrária provocando o retorno do corpo à condição normal, ou , até mesmo levando-o ao relaxamento (ao despejar a serotonina). Isto acontece pois o movimento respiratório é a única função regida pelo sistema nervoso autônomo que podemos controlar.
    O controle da respiração provoca uma diminuição no metabolismo de todo o corpo. Nos estudos supracitados os cientistas afirmam que a eficácia dos exercícios respiratórios devem-se à utilização da musculatura diafragmática, que são exigidos quando, ao respirar, expandimos o abdômen.
   No laboratório de pânico e Respiração da UFRJ ficou comprovado que 70% dos pacientes de ansiedade diminuem em 60% as doses de antidepressivos e antisiolíticos, depois de seis meses de prática de exercícios respiratórios. Para um cientista da UNIFESP), Geraldo Possendoro, professor de medicina comportamental, “ o treinamento da respiração diafragmática é o primeiro passo para a resolução do pânico sem medicamento”. Qual seriam os efeitos se os outros fatores da respiração fossem levados em consideração?
    Em 2002 a FDA (Food and Drugs Adminsitration) liberou um dispositivo chamado Resperate, aparelho que dita o ritmo respiratório, criado por médicos israelenses. A prática de quinze minutos diários por um período de dois meses provocou uma redução média da pressão arterial de 15 por 9 para 14 por 8, sendo que em 10% dos 507 casos estudados a hipertensão desapareceu.
    Ravi Prasad, da Universidade de Stanford, recomenda os mesmos exercícios para reduzir as dores crônicas com menor grau de desconforto. Percebeu-se que essa dor tem um fator emocional. Segundo o cientista David Anderson, dos National Health Institutes, os padrões respiratórios têm grande impacto até sobre o sistema imunológico.

Autor: Consultor André Luis Silva Brochieri
www.andre.brochieri.nom.br

 

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