Tratando da Hipertensão
sem Remédios
Estudos
realizados recentemente em instituições
tais como UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro),
USP (Universidade de São Paulo), Universidade
de Stanford, Universidade da Califórnia, OMS (Organização
Mundial de Saúde), entre outros, comprovaram que
os exercícios respiratórios são
muito importantes para a vida das pessoas.
Luciano Bernardi, da Universidade
de Pavia, fez um estudo que tem como tema “A Influência
da ave-maria sobre o Sistema Cadiovascular”. Para
surpresa geral, ele verificou que o efeito da ave-maria
não tinha
nenhuma realação com a fé (embora
possamos entender isso de outra maneira) mas sim com
o ritmo respiratório. Afinal a oração
tinha que ser recitada em latim e havia recomendação
compulsória de respeitar os intervalos. Esta recomendação
reduziu o timo respiratório de 18 para 6 por minuto.
Desta forma, houve uma alteração da freqüência
cardíaca e abaixou a pressão arterial.
Este estudo faz parte de uma
série de estudos
sobre a respiração que começaram
a se publicados a partir do ano de 2.000. Entretanto,
os cientistas estão levando em consideração
apenas o ritmo respiratório lento. A medicina
oriental, e melhor ainda, a filosofia oriental do Yoga,
não só leva em consideração
uma técnica mais ampla (o
pranayama), como já conhecia tais técnicas
há muito mais tempo (no
caso do Yoga, 8.000 anos ).
A ciência ainda entende
os exercícios respiratórios
simplesmente pelo fator chamado ritmo (em sânscrito:
matra), entretanto outros fatores também influenciam.
Esses
fatores foram amplamente estudados na filosofia do Yoga. Apesar disso, apenas com a ajuda das novas
tecnologias é que a ciência mostrou com
evidência o efeito do ritmo respiratório
sobre os sistemas simpáticos e parassimpáticos.
O primeiro tem a função
de preparar o corpo para um esforço físico
ou uma situação
de risco. Despejando um hormônio chamado adrenalina.
Desta forma, aumentando a pressão arterial e a
freqüência cardíaca. O segundo tem
a função contrária provocando o
retorno do corpo à condição normal,
ou , até mesmo levando-o ao relaxamento (ao despejar
a serotonina). Isto acontece pois o movimento respiratório é a única
função regida pelo sistema nervoso autônomo
que podemos controlar.
O controle da respiração
provoca uma diminuição
no metabolismo de todo o corpo. Nos estudos supracitados
os cientistas afirmam que a eficácia dos exercícios
respiratórios devem-se à utilização
da musculatura diafragmática, que são exigidos
quando, ao respirar, expandimos o abdômen.
No laboratório
de pânico e Respiração da UFRJ ficou
comprovado que 70% dos pacientes de ansiedade diminuem
em 60% as doses de antidepressivos e antisiolíticos,
depois de seis meses de prática de exercícios
respiratórios. Para um cientista da UNIFESP),
Geraldo Possendoro, professor de medicina comportamental, “ o
treinamento da respiração diafragmática é o
primeiro passo para a resolução do pânico
sem medicamento”. Qual seriam os efeitos se os
outros fatores da respiração fossem levados
em consideração?
Em 2002 a FDA (Food and Drugs Adminsitration) liberou
um dispositivo chamado Resperate, aparelho que dita o
ritmo respiratório, criado por médicos
israelenses. A prática de quinze minutos diários
por um período de dois meses provocou uma redução
média da pressão arterial de 15 por 9 para
14 por 8, sendo que em 10% dos 507 casos estudados a
hipertensão desapareceu.
Ravi Prasad, da Universidade
de Stanford, recomenda os mesmos exercícios para
reduzir as dores crônicas
com menor grau de desconforto. Percebeu-se que essa dor
tem um fator emocional. Segundo o cientista David Anderson,
dos National Health Institutes, os padrões respiratórios
têm grande impacto até sobre o sistema imunológico.
Autor: Consultor André Luis Silva Brochieri
www.andre.brochieri.nom.br