YOGA
Respiração ou Pranayama
De modo geral, não
temos consciência da respiração; o ar percorre
nosso corpo sem que exerçamos ação voluntária
sobre sua trajetória. No yoga, esse processo é elevado
ao nível da percepção. É você quem
toma a iniciativa e controla o fluxo do ar.
Na respiração normal, o ar é absorvido
pelas narinas, inaudivelmente sem esforço ou movimentação
exagerada de nariz e peito. Passa despercebido seu caminho, desde a entrada pelas
narinas, atravessando vias nasais e orais, a traquéia e finalmente chegando
aos pulmões.
Um dos aspectos mais importantes a se ressaltar é que
a boa respiração deve ser "nasal ". O homem, devido a
causas patológicas ou por maus hábitos, é o único
entre os mamíferos que, às vezes, respira pela boca, ocasionando
uma insuficiente alimentação de ar nos pulmões. Além
disto, o nariz é filtro contra a poeira. De forma que quando respiramos
pela boca estamos mais sujeitos às infecções contidas no
ar.
Efeitos da boa respiração:
Aumento de pressão, produzindo assim maior afluência
de sangue em diversas regiões, assegurando a conversão
de sangue venoso em arterial, regulando o equilíbrio ácido-base
do organismo, estimulando os intercâmbios nutritivos
das células, tecidos e órgãos de todo
o corpo.
A maior parte das pessoas inspira o ar pelas narinas, levantando
simultaneamente o peito e forçando os ombros para traz. A respiração
profunda do yoga é inteiramente diferente.
Quando dormimos, automaticamente, ou melhor, instintivamente
recorremos de tempo em tempo à respiração profunda. Isso
demonstra que é de natureza elementar e que podemos, por meio dela, conscientemente,
estabelecer um contato entre nosso ser interior e as poderosas forças
da natureza, ou seja, quando estamos intensamente concentrados, ou quando pensamos
profundamente, nossa respiração fica inconscientemente suspensa.
Por outro lado, quando a mente é afligida por qualquer motivo, ela se
torna rápida e irregular. Portanto para controlar a inscensante atividade
mental, o yoguie deve aprender a regular a respiração.
Respiração profunda do yoga:
Ela se compõe de 4 unidades:
1)Puraka (inalação): O indivíduo
vai deixar que entre o ar tranquilamento. As condições
psíquicas do praticante vão conduzir a uma inalação
violenta, tensa, superficial, calma, dependendo do seu estado.
2)Kumbhaka (distensão dos pulmões): É o
estado de suspensão com os pulmões cheios, no
qual o adépto tenta aproveitar o máximo a energia
recebida através da concentração e da
utilização da mente.
3)Rechaka (exalação): O adepto
desprende-se, deixando que retorne para fora, transformado,
o ar que inalou. Deve estar bem relaxado. Aqui também
o estado psíquico pode influenciar rechaçando
o ar de forma tensa temendo se entregar .
4)Shunyaka (vazio): o adepto deve manter o ar
fora dos pulmões, durante um breve período. É tão
importante na respiração yogue, quanto reter
o ar depois de uma inalação profunda. Ele deve
ter cuidado para não adotar uma atitude compulsiva,
negando-se a receber e a viver.
No pranayama, a proporção
entre inalação é de 1 para 2 , ou seja,
a exalação é sempre duas vezes maior que
a inalação. Nunca se deve prender a respiração
a ponto de incomodar.
Na respiração profunda do yoga, você começa
enchendo a parte inferior do pulmão, depois a média e finalmente
a superior. Ao expirar, a ordem é inversa. Este processo, naturalmente,
não é dividido em partes distintas e sim feito num fluxo contínuo.
Algumas considerações sobre nosso sistema respiratório
serão de grande valia para termos uma noção bem clara da
importância da boa respiração para nossa saúde. Os
dois pulmões, ficam dentro de uma caixa pressurizada (caixa toráxica)
e sua base é constituída por um músculo muito resistente
chamado diafrágma. Pela ação do diafrágma e dos músculos
intercostais, o peito se expande e se contrai. Quando peito se contrai, os pulmões
são comprimidos, expelindo o ar nele contido (exalação).
Da mesma forma, quando o peito se expande, a pressão dos pulmões
diminui, e eles sugam certa quantidade de ar atmosférico (inalação).
Nosso sangue está ansioso para se livrar do gás
carbônico e obter em troca o oxigênio imprescindível à nutrição
das células de todo o corpo. Como nosso corpo não pode viver sem
oxigênio, o ato de respirar de forma irregular ou deficiente, altera muito
a nossa vitalidade, ainda mais se considerarmos que nunca usamos a capacidade
total de armazenamento de ar em nossos pulmões.
Assim como o ar penetra sem interrupção nos
pulmões, assim será expelido até esvaziá-los totalmente. É necessário
que a respiração seja feita lenta e relaxadamente, sem emprego
de força ou tensão. O diafrágma se expande durante a inspiração
e contrai-se na expiração. O peito se conserva imóvel e
passivo, somente as costelas trabalham. A exalação é tão
importante quanto a inalação, pois é por meio dela que eliminamos
impurezas. A parte inferior de nosso pulmão nunca fica completamente vazia,
acumulando-se nela um ar saturado das toxinas produzidas pelo excesso de carbono.
Quando procuramos esvaziá-la totalmente, usando para isso os movimentos
corretos de expansão e contração, ganharemos de quebra uma
massagem benéfica feita pelo diafrágma sobre o fígado e
baço. A postura deve estar ereta para não seja interrompido o fluxo
de energia vital ou prana.
Pranayama é o termo
em sânscrito para as técnicas respiratórias
yogues. É composta de prana (respiração,
alento, energia vital) e ayama, que significa pausa e retenção.
Significa as 3 partes da respiração: inalação,
retenção e exalação.
Prâna: É exclusivo
da ciência oriental, que ainda não foi aceito
no ocidente. O prana não é forma particular de
energia e sim a essência última de todas elas:
calor, eletricidade, luz, gravidade; enfim todas as forças
que movem a matéria, em suas múltiplas atividades,
são expressões do Prâna, chamado também
de fluido ou energia universal. O prana existe no plano sutil
e se constitui na força vital do universo. Compõe
o corpo sutil do homem e regula as relações que
se desenvolvem dentro do indivíduo e as que se realizam
entre este e o mundo. É o substrato vital , energético
de todas as funções orgânicas e psíquicas.
Tal como a energia elétrica, o prana tem também
as polaridades. O positivo se chama Ida e o polo negativo,
pingala. O prâna pode ser acumulado, transformado e conduzido.
O home extrai esta energia do sol, do ar, dos alimentos , etc.
Esta energia atua através da respiração.
Cada vez que inspiramos, absorvemos prâna e a cada expiração,
o destribuimos pelos vários órgãos do
corpo sutil. Eles circulam por vários nadis, ou nervos
sutis e vão se armazenar nos diversos chacras ou centros
de força que distribuem esta energia por todo o corpo.
A quantidade de Prâna que é absorvida pelo homem,
em maior ou menor grau, constitui seu verdadeiro capital energético.
Daí a importância de vivermos em lugares mais
saudáveis, sem poluição e ensolarados,
absorvendo maior quantidade desta maravilhosa energia.
Meditação
O que é mente? é uma
espécie de energia não-física. Sua função é conhecer,
experimentar . É a própria consciência. É clara
por natureza e reflete tudo que vivencia, do mesmo modo como
um lago tranquilo reflete as montanhas e florestas circundantes.
A mente muda de momento para momento. Ela é continuum sem
começo, como um regato que flui ininterruptamente. É como
o nome que em geral é dado à totalidade das nossas
experiências conscientes e inconscientes: cada um de
nós é o centro de um mundo de pensamentos, percepções,
sentimentos, lembranças e sonhos - todos eles são
a mente. Assim como as ondas podem amainar e revelar a tranquilidade
das profundezas do oceano, assim também é possível
acalmar a turbulência da nossa mente e revelar sua transparência
natural primitiva. A chave para a mente se chama meditação.
A mente pode ser dividida entre: Consciência sensorial
- visão, audição, olfato, paladar e tato
- e consciência mental (oscila entre nossas experiências
mais groceiras de raiva ou de desejo, por exemplo. Ela inclui
nossos processos intelectuais, nossos sentimentos e emoções,
nossa memória e nossos sonhos).
Meditação é uma
atividade da consciência mental. Ela envolve uma parte
da mente que observa, analisa e lida com o resto da mente.
A meditação pode tomar várias formas:
concentração dirigida unicamente a um objeto (interno), a tentativa
de compreender algum problema pessoal, a geração de um amor radiante
por toda a humanidade, a prece a um objeto de devoção, ou a comunicação
com nossa própria sabedoria interior.
Sua meta final é despertar um nível de consciência
extremamente sutil e utilizá-lo para descobrir a realidade, direta e intuitivamente.
Meditação em tibetano significa "tornar-se
familiar". Existem muitas técnicas diferentes de meditação
e muitas coisas na mente com as quais devemos nos tornar familiares.
A meditação, não é simplesmente
uma questão de sentar-se numa posição específica
ou de se respirar de um modo em especial, é um estado mental. Embora,
os melhores resultados normalmente sejam atingidos quando meditamos em lugar
calmo, também podemos meditar enquanto trabalhamos, caminhamos, estamos
no ônibus ou preparamos o jantar.
Primeiro vamos desenvolver o estado meditativo numa prática
formal, sentados, uma vez acostumados, podemos ter um estilo mais livre e ser
mais criativos, podendo desenvolver-se em qualquer lugar.
Meditar não quer dizer afastarmos ou fugirmos. Na verdade
significa sermos totalmente honestos com nós mesmos observar bem o que
somos e trablahar ocm isto de forma a nos tornarmos mais positivos e úteis,
para nós e para os outros. A meta final, a iluminação...
custa chegar. Porém, a meditação quando realizada com este
propósito, pode proporcionar muitos benefícios a curto prazo. A
medida que nossa imagem concreta da realidade se atenua, desenvolvemos uma auto-imagem
mais positiva e realista e nos tornamos assim mais relaxados e menos ansiosos.
Aprendemos a ter mais expectatias irrealistas com relação às
pessoas e às coisas a nossa volta e assim sofremos menos desapontamentos.
A vida se torna mais estável e satisfatória.
Tipos de Meditação
Meditação Estabilizadora:
É feita para dirigir
a concentração dirigida a um único ponto.
O objetivo é a concentração em um objeto
- a respiração. Sem interrupção. É o
oposto do nosso dia-a-dia. Se você prestar atenção,
nossa mente está saltando de uma coisa para outra (pensa
em várias coisas ao mesmo tempo). Nunca precisamos dizer
a mente: _Pense ! ou _Sinta ! Com a mente tão dispersa
e incontrolável, existem poucas chances de sucesso em
qualquer coisa que façamos. Além disto, sem concentração
a meditação é mau sucedida.
Em nosso dia-a-dia podemos pelo menos desenvolver uma boa concentração
se fizermos pelo menos 15 min. de meditação estabilizadora - mantendo
nossa mente dirigida a um único objeto e abandonando todos os outros estímulos.
Isso traz uma sensação imediata de amplitude e nos permite observar
o funcionamento da nossa mente mais claramente, tanto durante a meditação
como no resto do dia.
Meditação Analítica:
Esse tipo de meditação,
põe em jogo o pensamento criativo, intelectual, e é decisivo
para nosso desenvolvimento. É a compreensão conceitual
de como são as coisas. Essa clareza conceitual se transforma
em firme convicção que, quando combinada coma
meditação estabilizadora, produz o conhecimento
direto e intuitivo. Gradualmente podemos, eliminar aqueles
pensamentos, sentimentos e idéias que causam infelicidade
a nós e aos outros e cultivar em seu lugar pensamentos,
sentimentos e idéias que tragam a felicidade. Num sentido,
uma sessão analítica é uma sessão
de estudo intensivo. Entretanto , o nível de pensamento
conceitual que podemos alcançar durante essas meditações é mais
sutil e consequentemente mais potente do que os nossos pensamenos
da vida cotidiana.
As duas meditações são usadas numa mesma
sessão. Quando realizamos uma meditação sobre o vazio, por
exemplo, analisamos o objeto (o vazio) utilizando informações que
ouvimos ou lemos, assim como nossos próprios pensamentos, sentimentos
e lembranças. Em algum ponto surge uma experiência intuitiva da
nossa convicção sobre o objeto. Devemos então parar de pensar
e concentrar nossa atenção apenas neste sentimento durante o maior
tempo possível. Quando o sentimento se desvanecer, poderemos continuar
a analisar ou concluir a sessão. Quanto mais forte for nossa concentração,
mais profunda será a nossa visão intuitiva. Precisamos repetir
este processo várias vezes com relação a qualquer coisa
que desejamos compreender para que possamos transformar nossa visão intuitiva
em experiência real.
Diferença entre Meditação
e Concentração
A Concentração, requer somente
o uso da mente; a Meditação exige a participação
de todo o ser.
Concentração: Segundo a definição
dada pelo livro yoga Aphorisms, de Patanjali , é ter
toda a mente fixada sobre um objeto e...
Meditação: é uma corrente
contínua de pensamentos a respeito desse objeto.
Na concentração faz-se a análise
material e na meditação transpõe-se os
limites das observações terrenas.
Os graus de concentração
e meditação variam de indivíduo para indivíduo.
Uns só conseguem fixar a mente durante poucos instantes;
outros podem fazê-lo por horas a fio. Infelizmente a
arte de concentrar-se é pouco cultivada e raramente
ensinada no ocidente, onde tudo é feito para proporcionar
constantes distrações ao espírito. Sobrecarregada
de idéis superficiais e inúteis, nossa mente
perde a faculdade de concentração e discernimento
. Como resultado, a maioriaa das pessoas não chega a
formar o hábito de pernsar por si própria, de
tomar decisões e resolver seus problemas.
Dicas para Meditar
Para conseguir meditar, deve-se
em primeiro lugar, desenvolver a habilidade de concentração
e conservar a mente canalizada numa só direção.
O primeiro passo para meditar será praticar as posturas
yogas, a respiração profunda e o relaxamento.
Aquele que não tiver controle sobre seu corpo, não
poderá pretender usar corretamente o espírito,
não saberá concentrar-se e muito menos meditar
- diz Swani Paramananda no livro Concentration and Meditation.
Como praticar?
Para vivenciar os benefícios
da meditação é necessário praticá-la
regularmente como ocorre com qualquer atividade, não é possível
obter bom êxito a não ser que dediquemos nossa
energia a ela. Tente meditar todos os dias ou várias
vezes durante a semana. Se deixar semanas ou meses se passarem
sem meditar, perderá a prática e achará tudo
extremamente difícil quando tentar novamente. Mesmo
se chegar algum dia em que a última coisa que queira é meditar,
medite assim mesmo, nem que seja por alguns minutos.
Local pra meditar
O melhor é reservar
um canto especial para as sessões de meditação.
Prepare seu assento, seja almofada ou chão, cama, sofá ou
até uma cadeira de espaldar reto; coloque uma mesa ou
um banco baixo na sua frente para colocar livros que possa
precisar para meditar. Torne o local mais agradável
quanto possível. Que seja limpo, tranquilo e que seja
um lugar que se sinta contente de estar lá. Se preferir
pode fazer um altar colocando figuras que inspirem, velas,
incenso ou outras oblações. O que importa é que
você cerque de coisas que sejam propícias a uma
boa meditação, de tal forma que você não
veja a hora de retornar a esse local.
Tempo:
No início é melhor
meditar por períodos curtos - de 10 a 30 min - e finalizar
a sessão enquanto a mente e o corpo ainda estiverem
tranquilos e dispostos. Se você forçar meditar
por um tempo demasiadamente longo, e se levantar do seu lugar
com o corpo dolorido e a mente frustrada, não terá muito
interesse em se sentar para meditar novamente.
Posturas para meditação:
Poderá assumir vários
tipos de postura mas a mais comum é a Siddhasana (significa
hábil ou perfeito).
Sente-se com as pernas estendidas,
dobre o joelho esquerdo colocando a sola do pé contra
a coxa direita, em seguida, dobre o direito sobre o osso púbico
conserve as mãos sobre os joelhos, com as palmas das
mãos voltadas para cima se for feita no sol e para baixo
se for depois que o sol tiver se posto. As costas retas, relaxadas
e ligeiramente aprumadas, como se as vértebras fossem
uma pilha de moedas. Os olhos, para os iniciantes devem ser
fechados pois facilita a concentração. Mas com
o tempo deve tentar deixá-los ligeiramente abertos para
entrar um pouco de luz e evitar a preguiça. O maxilar,
boca e lábios devem ser relaxados e dentes ligeiramente
afastados. A ponta da língua deve tocar o céu
da boca, atraz dos dentes superiores. Isso reduz o fluxo de
saliva e dessa forma a necessidade de engolir, pois esses são
obstáculos a medida que a concentração
aumenta e medita por períodos longos. O pescoço
deve ficar ligeiramente inclinado para frente, com o olhar
para o chão à frente, se ela estiver muito alta
pode ter problemas com divagação mental e agitação.
Mantenha seu corpo e sua mente felizes, confortáveis
e livres de tensão.
as
pernas diferenciam um pouco desta foto. (siga a descrição)
Os yoguies mais experientes
utilizam a posição de lótus que ao se
sentar cada pé é colocado , com a sola para cima,
sobre a coxa da perna oposta. Esta posição é difícil
de ser mantida, porém praticando todos os dias você descobrirá que
seu corpo lentamente vai se adaptando e você é capaz
de se sentar desse modo por períodos e tempos cada vez
mais longos. Esta postura proporciona o maior apoio ao corpo
mas não é essencial.
Dicas: Uma almofada firme
embaixo das nádegas vai permitir que mantenha suas costas
retas e fique sentado por mais tempo sem ficar com as pernas
e os pés dormentes. Se ainda se sentir encomodado pode
meditar em uma cadeira, num banco baixo e inclinado. O importante é que
se sinta confortável.
Meditações
Respiratórias
A principal atividade mental
utilizada nas meditações respiratórias é a
atenção, a habilidade de manter concetrada no
que quer que esteja fzendo, sem esquecer disso ou divagar a
respeito de outros assuntos. Nesse caso o objeto de concentração é a
própria respiração da pessoa. Na sua forma
mais efetiva, a atenção é acompanhada
por uma vigilância sagaz, outra função
da mente que , como um sentinela, esá à espreita
de distrações e de pensamentos perturbadores.
A meditação respiratória ou de atenção é uma
técnica de inestimável valor: sua prática regular ajuda
você a gradulamente obter controle sobre sua mente Você se sentirá mais
relaxado e mais apto a gozar a vida, possuindo maior sensitividade com relação
a você mesmo e as pessoas e coisas à sua volta. Além disso,
a utilização de sua atenção ampliada em outras meditações
fará com que você seja capaz de manter a concetnração
por períodos mais longos.
Prática:
Sente-se com as pernas retas
e relaxe o corpo. Traga à mente seus motivos, ou seu
propósito, para realizar essa meditação
e decida que no decorrer da sessão você manterá a
atenção no objeto de concentração
de modo a atender a essa finalidade.
Escolha qualquer método abaixo para meditar:
1. Concentre-se na sensação na
ponta do nariz, à medida que o fôlego entra e
sai do seu corpo. Mantenha sua atenção nessa
percepção sutil e observe a duração
completa de cada inspiração e expiração.
Se você desejar, pode contar em ciclos de icnco ou dez
respirações completas, começando novamente
do número um, sempre que perder a conta ou sua mente
divagar.
2. Utilize o método acima descrito, porém
, concentre-se agora no subir e descer do abdômen a cada
inspiração e expiração.
Seja qual método escolher, respire de modo normal e
suave. Mantenha uma atitude neutra com relação aos pensamentos
que vierem, não se atraindo a eles ou repelindo-os.Simplesmente observe
a sua existência e volte sua atenção ao objeto da meditação.
Seja paciente e persistente , seus pensamentos acabarão por se aquietarem.
Os pensamentos vêm e vão; eles são transitórios ,
momentâneos. Observe-os e deixe-os ir, voltando a atenção
rapidamente ao objeto de meditação.
Quando a sua proficiência tiver se desenvolvido e sua
habilidade em evitar pensamentos e distrações tiver aumentado,
avance sua vigilância um passo à frente. Faça observações
mentais a respeito da natureza dos pensamentos que surgem, tais como "pensando
no meu amigo" ou "café da manhã".
Esses métodos de manejar as distrações
podem ser aplicados a qualquer meditação. Não adianta ignorar
ou suprimir pensamentos perturbadores ou a energia negativa, porque eles voltarão
persistentemente.
Ao término da sessão, dedique a energia positiva
criada pela sua meditação ao cumprimento de qualquer que seja a
meta com que você tenha começado.
(Fonte: Como Meditar - Kathleen Mc Donald e
outros)
Meditação na
Prática segundo Dr. Deepak Chopra
Trata-se se uma técnica simples
de desencadear um estado de relaxamento profundo de corpo e
mente. À medida que a mente se aquieta ¾ e permanece
desperta ¾ você vai se beneficiar de um estado
de consciência mais profundo e tranqüilo.
- Antes de começar, encontre
um local silencioso em que não vá ser pertubado.
- Sente-se e feche os olhos.
- Concentre-se na respiração,
mas inspire e expire normalmente. Não tente controlar ou alterar a respiração
deliberadamente. Apenas observe.
- Ao observar a respiração,
vai ver que ela muda. Haverá variações na velocidade,
no ritmo e na profundidade, e pode ser que ela pare por um momento. Não
tente provocar nenhuma alteração. Novamente, apenas observe.
- Pode ser que você se
desconcentre de vez em quando, pensando em outras coisas ou prestando atenção
aos ruídos externos. Se isso acontecer, desvie a atenção
para a respiração.
- Se durante a meditação
você perceber que está se concentrando em algum sentimento ou
expectativa, simplesmente volte a prestar atenção na respiração.
- Pratique esta técnica
durante quinze minutos. Ao final, mantenha os olhos fechados e permaneça
relaxado por dois ou três minutos. Saia do estado de meditação
gradualmente, abra os olhos e assuma sua rotina.
- Sugiro a prática da
meditação atenciosa duas vezes ao dia, de manhã e no final
da tarde. Se estiver irritado ou agitado, pode praticá-la por alguns
minutos no meio do dia para recuperar o eixo.
- Na prática da meditação
você vai por uma de três experiências. Mas deve resistir à tentação
de avaliar a experiência ou sua capacidade de seguir as instruções,
porque as três reações são "corretas".
- Você pode se sentir
entediado ou inquieto, e a mente vai se encher de pensamentos. Isso significa
que emoções profundas estão sendo liberadas. Se relaxar
e continuar a meditar, vai eliminar essas influências do corpo e da mente.
- Você pode cair no sono.
Se isso acontecer durante a meditação, é sinal de que
você anda precisando de mais horas de descanso.
- Você pode entrar no
intervalo dos pensamentos... além do som e da respiração.
Se descansar o suficiente, mantiver a boa
saúde e devotar-se todos os dias à meditação,
você vai conseguir um contato significativo com o self.
Vai poder se comunicar com a mente cósmica, a voz que
fala sem palavras e que está sempre presente nos intervalos
entre um pensamento e outro. Essa é a sua inteligência
superior ilimitada., seu gênio supremo e verdadeiro,
que, por sua vez, reflete a sabedoria do universo. Tudo estará a
seu alcance se confiar na sabedoria interior.
fonte: Dr. Deepak Chopra - Saúde Perfeita
Relaxamento Consciente
Toda representação
psíquica conservada dentro da mente, expressa-se em
forma orgânica numa contração muscular,
com correspondente alterações da respiração,
da digestão e demais funções fisiológicas.
Desta forma os conflitos psíquicos, se expressam com
frequência por intermédio da mente no organismo,
pertubando seu funcionamento normal. Estas contrações
e as tensões emocionais, podem ser eliminadas com a
prática do relaxamento muscular consciente. Esta prática,
se converte, num dos meios mais eficazes para o cultivo da
vida interior e da mente.
Para que o relaxamento possa ser completo, precisa
de duas condições básicas:
1) Cessação de toda atividade
mental, seja em forma de pensamento, imagem ou idéia.
A progressiva distensão de todos os músculos,
superficiais e profundos, em busca da total tranquilidade emocional.
2) Não perder a consciência em
nenhum momento.
Este caminho pode ser encontrado através da prática
conjunta dos diversos elementos da hatha yoga. Todos esses processos reverterão
no incremento da vitalidade da pessoa e na amplitude de nossos espaços
mentais. Tanto para se alcançar este estado de relaxamento profundo, como
dele retornar, é indispensável usar-se, em todo o momento, do máximo
discernimento e suavidade, evitando-se qualquer abuso ou esforço.
Impedimentos para uma boa prática: é importante
que sejam favoráveis para que o corpo seja completamente
esquecido.
- Sensações
físicas procedentes da postura, dos ruídos, da
temperatura, etc.
- Qualquer mal estar ou enfermidade;
- Qualquer tensão;
- Estado emocional, o medo principalmente;
- Dificuldade de acalmar a mente.
Elementos para conseguir um bom relaxamento:
- Esforço
consciente (quanto mais consciente é uma contração,
mais fácil é relaxá-la);
- A respiração
consciente (um dos meios mais fáceis pra se conseguir exito no relaxamento;
- Mente controlada (Aprender
a manter-se desperto e tranquilo, sem pensar.cuidado para não dormir
!!)
Posição ideal para o relaxamento:
A postura clássica
para o relaxamento desde que praticada com constância
e perseverança, conduzirá o praticante aos mais
profundos estados de bem-estar e saúde, passando desde
o corpo físico que é o mais grosseiro até o
chamado sétimo corpo, que é o mais sutil.
Deitar-se de em decúbito dorsal (barriga para cima),
braços abertos levemente, assim como pernas. Não usar traveisseiros
e fechar os olhos relaxando todo o corpo, inclusive olhos e língua dentro
da boca.
Prática
do Relaxamento
Primeiro, de pé, relaxe
as mãos sacudindo-as levemente como se quisesse fazer
correr gotas de água pelos dedos. Faça o mesmo
com os pés. Levante as mãos acima da cabeça
como se procurasse alcançar o céu (fique nas
pontas dos pés) . Deixe que seu corpo fique imóvel
e relaxado. Deite-se e feche os olhos (posição
Savasana).
Concentre-se nas pontas dos dedos dos pés;relaxe-os
como se toda atividade lhe fosse retirada. Faça o mesmo com os pés,
pernas, coxas,quadris,peito e costas. Deixe que a sensação de relaxamento
tome conta de seu corpo. Amoleça ombros , braços, dedos...Solte
os maxilares para dar descanso aos músculos faciais. Procure sentir seu
corpo tão tremendmente pesado que pareça querer afundar pelo chão
adentro.
Permaneça assim por algum tempo. Respire algumas vezes
e visualize nuvens pairando no céu. Fixe nesta imagem por algum tempo;faça
com que ela desaparareça. Passe a imaginar que você é esta
nuvem. Está tão leve, relaxado... flutuando no céu ....
ultrapassando outra nuvem, pairando sore uma verde colina... um campo... uma
floresta... sobre um pequeno lago que se reflete, você não passa
de uma pequena nuvem no azul do céu.
Agora elimine qualquer pensamento da cabeça fazendo
nela um vácuo, como se estivesse mergulhando no nada... sempre relaxado,
calmo e tranquilo.
Permaneça assim o tempo que quiser. Comece então,
vagarosamente, a alongar o corpo. Primeiro alongue os braços sobre a cabeça,
ainda deitado, bocejando profundamente. Alongue as mãos, dedos, ombros,
costas, pernas, role para o lado direito e curve as costas. Vire-se para o esquerdo
e faça o mesmo. Deite-se de bruços. Passando algum tempo, sempre
bocejando e se esticando, vagarosamente, sente-se. E volte ao seu estado normal,
estando pronto para fazer o que quiser, é recomendado que prossiga logo
em seguida para uma sessão de meditação, falar um mantra
ou oração.