ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
AFOGAMENTO
AFOGAMENTO: ASFIXIA DENTRO D'ÁGUA, PODENDO OCASIONAR A MORTE
IMEDIATA OU NÃO DA VÍTIMA.
TIPOS
DE AFOGAMENTO
· SECO (SEM ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO - 10%) - OCORRE
POR ESPASMO DA GLOTE;
· ÚMIDO (COM ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO) - QUANDO
JÁ OCORREU INUNDAÇÃO DO APARELHO RESPIRATÓRIO.
CAUSAS DO
AFOGAMENTO
· PRIMÁRIO - OCORRE SEM MOTIVO EXTERNO QUE INTERFIRA. É O
CASO CLÁSSICO DA VÍTIMA QUE NÃO SABE NADAR OU NÃO É EXÍMIA
NADADORA OU POR FADIGA ou uma pessoa que não saiba nadar e cai acidentalmente
na parte funda da piscina.
· SECUNDÁRIO - TEM COMO CAUSA UM EVENTO DE ORIGEM CLÍNICA(exemplo:
por crise convulsiva, infarto agudo do
miocárdio) OU TRAUMÁTICA(exemplo: TCE, acidente com barcos),
O QUE SEMPRE LEVA A UMA ALTERAÇÃO DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA,
INICIANDO O AFOGAMENTO.
OBSERVAÇÃO
NÃO HÁ DIFERENÇA, QUANTO AO ATENDIMENTO, ENTRE AFOGAMENTOS
EM ÁGUA DOCE OU SALGADA. SEMPRE QUE OS ALVÉOLOS SÃO INUNDADOS,
O SURFACTANTE É ALTERADO E OCORRE EDEMA AGUDO DE PULMÃO.
REAÇÃO
EM CADEIA
· AGITAÇÃO NA SUPERFÍCIE - A VÍTIMA DEBATE-SE,
NA TENTATIVA DE MANTER-SE À SUPERFÍCIE, JÁ INICIANDO SEU
PROCESSO DE FADIGA E ACÚMULO DE CO².
· APNÉIA REFLEXA - QUANDO A VÍTIMA PERCEBE QUE VAI AFUNDAR,
INTERROMPE A RESPIRAÇÃO IMEDIATAMENTE, PORÉM HÁ A
AGRAVANTE DO ALTO NÍVEL DE CO2 PREVIAMENTE ACUMULADO.
· A GRANDE INSPIRAÇÃO - POR MAIS QUE A VÍTIMA QUEIRA,
NÃO CONSEGUE MANTER A APNÉIA DEBAIXO D¢ÁGUA, POIS,
ESTANDO EM HIPERCARBIA, SEU CENTRO RESPIRATÓRIO É ESTIMULADO, O
QUE O LEVA A REALIZAR UMA INSPIRAÇÃO, MESMO SABENDO QUE ESTÁ SUBMERSA.
· CONVULSÃO POR ASFIXIA - A HIPÓXIA CEREBRAL, A HIPOTERMIA
E A PRÓPRIA INUNDAÇÃO DO APARELHO RESPIRATÓRIO SÃO
AS CAUSAS DA CRISE CONVULSIVA.
· PARADA RESPIRATÓRIA - O RESULTADO DESSE QUADRO É A INTERRUPÇÃO
DA FUNÇÃO PULMONAR, PODENDO AINDA HAVER BATIMENTOS CARDÍACOS,
ENTRETANTO TAMBÉM ENCONTRAMOS VÍTIMAS DE AFOGAMENTO EM PCR.
POSSIBILIDADES
DE SOBREVIVÊNCIA
DEPENDERÁ BASICAMENTE DA RAPIDEZ NO ATENDIMENTO, PORÉM, SABEMOS
QUE A BAIXA TEMPERATURA DA ÁGUA PODE RETARDAR OS MALEFÍCIOS DA
HIPÓXIA CEREBRAL.
CLASSIFICAÇÃO
DE AFOGAMENTOS (David Szpilman - 1997)
Grau
|
Sinais e Sintomas
|
Primeiros procedimentos
|
Casos
|
Mortalidade
|
Resgate |
S/ qualquer sinal /
sintoma
|
Avalie e
libere a vítima no local do
evento
|
38.975
|
0.0%
|
Grau I |
C/ tosse e s/ espuma na boca/nariz
|
Repouso,
aquecimento e medidas que visem conforto e tranqüilidade da vítima
|
1.189
|
0.0%
|
Grau II |
C/ pouca
espuma na boca / nariz O² nasal
(5L/min)
|
aquecimento
corporal / repouso / tranquilização
/ observação hospitalar por 6 a 24 h
|
338
|
0.6%
|
Grau III |
C/ muita espuma na boca / nariz e pulso radial
presente
|
O² por máscara
facial (15L/min) no local do evento / PLS-dir. / CTI
|
58
|
5.2%
|
Grau IV |
C/ muita espuma Na boca / nariz e Pulso radial
presente
|
O² por máscara facial (15L/min)
no local do evento / observar respiração (pode
haver PR) / PLS-dir. / RV / CTI
|
36
|
19.4%
|
Grau V |
Parada respiratória C/ pulso carotídeo
|
Boca-a-boca / Se recuperar trate como Grau
4
|
25
|
44%
|
Grau VI |
PCR
|
RCP/Se recuperar trate como Grau 4
|
185
|
93%
|