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Sáb, 24/1/09 11:34

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR


AFOGAMENTO

AFOGAMENTO: ASFIXIA DENTRO D'ÁGUA, PODENDO OCASIONAR A MORTE IMEDIATA OU NÃO DA VÍTIMA.

TIPOS DE AFOGAMENTO
· SECO (SEM ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO - 10%) - OCORRE POR ESPASMO DA GLOTE;
· ÚMIDO (COM ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO) - QUANDO JÁ OCORREU INUNDAÇÃO DO APARELHO RESPIRATÓRIO.

CAUSAS DO AFOGAMENTO
· PRIMÁRIO - OCORRE SEM MOTIVO EXTERNO QUE INTERFIRA. É O CASO CLÁSSICO DA VÍTIMA QUE NÃO SABE NADAR OU NÃO É EXÍMIA NADADORA OU POR FADIGA ou uma pessoa que não saiba nadar e cai acidentalmente na parte funda da piscina.
· SECUNDÁRIO - TEM COMO CAUSA UM EVENTO DE ORIGEM CLÍNICA(exemplo: por crise convulsiva, infarto agudo do
miocárdio) OU TRAUMÁTICA(exemplo: TCE, acidente com barcos), O QUE SEMPRE LEVA A UMA ALTERAÇÃO DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA, INICIANDO O AFOGAMENTO.

OBSERVAÇÃO
NÃO HÁ DIFERENÇA, QUANTO AO ATENDIMENTO, ENTRE AFOGAMENTOS EM ÁGUA DOCE OU SALGADA. SEMPRE QUE OS ALVÉOLOS SÃO INUNDADOS, O SURFACTANTE É ALTERADO E OCORRE EDEMA AGUDO DE PULMÃO.

REAÇÃO EM CADEIA
· AGITAÇÃO NA SUPERFÍCIE - A VÍTIMA DEBATE-SE, NA TENTATIVA DE MANTER-SE À SUPERFÍCIE, JÁ INICIANDO SEU PROCESSO DE FADIGA E ACÚMULO DE CO².
· APNÉIA REFLEXA - QUANDO A VÍTIMA PERCEBE QUE VAI AFUNDAR, INTERROMPE A RESPIRAÇÃO IMEDIATAMENTE, PORÉM HÁ A AGRAVANTE DO ALTO NÍVEL DE CO2 PREVIAMENTE ACUMULADO.
· A GRANDE INSPIRAÇÃO - POR MAIS QUE A VÍTIMA QUEIRA, NÃO CONSEGUE MANTER A APNÉIA DEBAIXO D¢ÁGUA, POIS, ESTANDO EM HIPERCARBIA, SEU CENTRO RESPIRATÓRIO É ESTIMULADO, O QUE O LEVA A REALIZAR UMA INSPIRAÇÃO, MESMO SABENDO QUE ESTÁ SUBMERSA.
· CONVULSÃO POR ASFIXIA - A HIPÓXIA CEREBRAL, A HIPOTERMIA E A PRÓPRIA INUNDAÇÃO DO APARELHO RESPIRATÓRIO SÃO AS CAUSAS DA CRISE CONVULSIVA.
· PARADA RESPIRATÓRIA - O RESULTADO DESSE QUADRO É A INTERRUPÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR, PODENDO AINDA HAVER BATIMENTOS CARDÍACOS, ENTRETANTO TAMBÉM ENCONTRAMOS VÍTIMAS DE AFOGAMENTO EM PCR.


POSSIBILIDADES DE SOBREVIVÊNCIA
DEPENDERÁ BASICAMENTE DA RAPIDEZ NO ATENDIMENTO, PORÉM, SABEMOS QUE A BAIXA TEMPERATURA DA ÁGUA PODE RETARDAR OS MALEFÍCIOS DA HIPÓXIA CEREBRAL.


CLASSIFICAÇÃO DE AFOGAMENTOS (David Szpilman - 1997)

Grau

Sinais e Sintomas

Primeiros procedimentos

Casos

Mortalidade

Resgate
S/ qualquer sinal /
sintoma
Avalie e libere a vítima no local do evento
38.975
0.0%
Grau I
C/ tosse e s/ espuma na boca/nariz
Repouso, aquecimento e medidas que visem conforto e tranqüilidade da vítima
1.189
0.0%
Grau II
C/ pouca espuma na boca / nariz O² nasal (5L/min)
aquecimento corporal / repouso / tranquilização / observação hospitalar por 6 a 24 h
338
0.6%
Grau III
C/ muita espuma na boca / nariz e pulso radial presente
O² por máscara facial (15L/min) no local do evento / PLS-dir. / CTI
58
5.2%
Grau IV
C/ muita espuma Na boca / nariz e Pulso radial presente
O² por máscara facial (15L/min) no local do evento / observar respiração (pode haver PR) / PLS-dir. / RV / CTI
36
19.4%
Grau V
Parada respiratória C/ pulso carotídeo
Boca-a-boca / Se recuperar trate como Grau 4
25
44%
Grau VI
PCR
RCP/Se recuperar trate como Grau 4
185
93%

 


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