O jogo e a brincadeira como ferramenta
pedagógica nas escolas.
Temática:
Escola – Comunicação Oral.
Resumo
Muito se tem discutido
que o brincar está acabando, ou seja, as crianças
de hoje não consegue brincar como antigamente. Não
sé vê mais o menino brincado de futebol na rua
com gol de tijolo, nem a menina brincando de boneca na calçada.
Para Piaget (1971, apud. Rosa 2011) lúdico envolve não
apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar
energia das crianças, mas um meio que contribui e enriquece
o desenvolvimento intelectual. Muito se fala de jogo e brincadeira
e grandes são as discussões da real existência
da diferença entre essas duas palavras ou duas ações.
Seu significado está atribuído a culturas diferentes,
regras e objetivos que o caracterizam. O jogo/brincadeira/lúdico
pode ser uma ferramenta para os educadores conseguirem atingir
uma evolução e melhorar sua metodologia, sua
didática e, principalmente, conquistando a aluno. Objetivo:
encontrar formas de intervenção de jogo e brincadeira
como ferramenta pedagogia nas escolas. Método: Revisão
de literatura. Conclusão: Utilizar do jogo e da brincadeira
como ferramenta pedagógica pode ser um grande avanço
na melhora da metodologia de ensino e da aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Escola, Jogo, Brincadeira, Lúdico, Professor.
Abstract
Much has been argued that the play is pver, ie today’s
children can’t play like before. You do not see more
the played football in the street with a goal of brick, or
the girlplaying with dolls on the sidewalk. For Piaget (1971,
apud. Rose 2001) involves not onlyan palyful form of entertainment
dor relief or spending power of children, but a means that
helps and enriches the intellectual development. Much is made
of play and play andgreat are the discussions of the actual
existence of the different cultures, rules and goals that characterize
it. The game / play / leisurre can be a tool for educators
can reach a development and improve its methodology, its teaching,
and especially the winningstudent. Objective: to find ways
of intervention of the game and play as a teching toolin schools.
Method: A literature review. Conclusion: Using the game and
play as a pedagogical tool can be a major breakthrough in improving
the teaching methodologuand stundent learming.
Keyworks: School, Play, Playful, Teacher.
Introdução
Muito se tem discutido que o brincar está acabando,
ou seja, as crianças de hoje não consegue brincar
como antigamente. Não sé vê mais o menino
brincado de futebol na rua com gol de tijolo, nem a menina
brincando de boneca na calçada. Falta de segurança,
o tempo que está por conta das tarefas de dia a dia,
ausência dos pais dentro de casa, podem ser motivos para
que esse fato esteja acontecendo. Com isso a escola tende a
assumir algumas funções que deveria ser da vida
social do aluno.
Jogando e Brincando a criança constrói a sua
realidade, transforma seu mundo e, pode até, transformar
seu futuro. Mas nem sempre foi assim. Relatos como de Kishimoto,
1994 traz mudança na forma de visão do jogo na
educação, onde já foi até proibido
para crianças da burguesia, famílias de maior
renda da época, por acharem que brincar era sinônimo
de vadiagem.
Nosso objetivo é buscar os benefícios que o jogo,
a brincadeira e o lúdico podem trazer para os estudantes
e para as escolas com a utilização desses recursos
como ferramenta pedagógica.
Objetivos do estudo
O presente estudo tem por finalidade analisar as possíveis
intervenções do Jogo e da brincadeira na atuação
escolar como ferramenta pedagógica.
Revisão de literatura
Antes de pesquisar sobre o jogo e a brincadeira buscamos conceituar
uma palavra que está intimamente ligada a essas ações:
lúdico.
Uma das palavras mais difíceis de conceituar é o
lúdico. Ela se confunde com muitas palavras e na maioria
das vezes ela está vinculada a várias outras
palavras.
No dicionário a palavra está diretamente ligada
ao jogo, ao brinquedo e a brincadeira.
Para Piaget (1971, apud. Rosa 2011) lúdico envolve não
apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar
energia das crianças, mas um meio que contribui e enriquece
o desenvolvimento intelectual.
O sociólogo francês Roger Caillois (1913-1979)
trouxe grandes contribuições sobre o lúdico.
Entre elas classifica uma atividade lúdica em quatro
categorias e que podem ser entendidas como motivação
para a busca do lúdico, que são: aventura, vertigem,
fantasia e competição.
Trabalhar com o lúdico pode dar muito trabalho, pois
o lúdico é pessoal e nem sempre conseguirá atingir
a todos, em todos os momentos. Mas é certo que podemos
por suas características, diversão, prazer, alegria,
o lúdico pode se tornar um grande aliado para educadores
em todas as fases da vida, ou seja, desde o educador das crianças
da educação infantil até os educadores que
trabalham com Ensino Médio.
A classificação é um grande meio de conseguir
atingir nossos objetivos em relação à aplicação
de jogos e brincadeiras nas escolas. Se pensarmos nelas ao planejar
as atividades podemos conquistar os alunos com atividades mais
dinâmicas e que traga mais prazer, assim teremos mais participação.
Muito se fala de jogo e brincadeira e grandes são as discussões
da real existência da diferença entre essas duas
palavras ou duas ações. Buscamos diversos conceitos
a fim de sintetizar tais ações e entender como
elas podem auxiliar os profissionais que atuam nas escolas.
Kishimoto, 2011 diz que definir jogo não é uma
tarefa fácil e quando falamos em jogo cada um pode entendê-la
de modo diferente. Seu significado está atribuído
a culturas diferentes, regras e objetivos que o caracterizam.
Para Friedman, 2006 o jogo designa tanto uma atitude quanto uma
atividade estruturada que envolva regras e brincadeira refere-se,
basicamente, a ação de brincar, ao acompanhamento
espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada.
Para Brougère, 2008, “a brincadeira é, entre
outras coisas, um meio de a criança viver a cultura que
a cerca, tal como ele é verdadeiramente, e não
como ela deveria ser”.
Já para Rosa, “os jogos, brincadeiras proporcionam
a imaginação às crianças, o brincar
preenche necessárias que mudam de acordo com a idade,
e proporcionam situações em que a criança
cria regras”.
Para uma ação prática, ou seja, uma forma
mais direta de diferenciar o jogo da brincadeira no momento de
aplicação de uma atividade. Assim encontramos o
seguinte conceito:
“
Atividade que possui regra, com ganhador e perdedor, que o individuo
pode escolher participar, exige habilidades de seus participantes
e podem trazer benefícios aos participantes, isso é JOGO.
Atividade que não possui regras específicas, onde
o ato de se divertir é o que mais vale. Podem trazer diversos
benefícios, principalmente, para a criança e trás
em sua essência a magia e a alegria de estar em harmonia
com você e com que brinca com você, isso é BRINCADEIRA.” Silva
e Gonçalves, 2010.
Brincadeira é uma ação mais espontânea
e que se bem direciona pode ensinar bons valores para quem brinca.
A brincadeira não tem um fim estabelecido, ela dura o
tempo da motivação de quem está brincado
e não possui regras que interfira na dinâmica da
atividade. Nela não existe ganhador e perdedor.
Já o jogo é uma ação mais complexas
que tem regras especificas, momento certo de acabar e necessita
de uma preparação maior, de quem joga, para saber
lidar com as situações que ele pode proporcionar.
Por exemplo, uma criança de três ou quatro anos
não está preparada psicologicamente para receber
um estimulo de vitória ou derrota.
Para Barros 2010,
há muito tempo a escola foi vista pelos alunos como
algo fadonho, obrigatório, sem sentido e entediante
e quando o educador oferecia um brinquedo ou realizavam brincadeiras
recebiam duras criticas de pais e, até mesmo, de colegas
de trabalho.
É
claro que quando oferecido os jogos, brincadeiras e brinquedos
as crianças ficavam mais alegres e se divertiam mais,
assim achavam a escola mais atraente. Mas um questionamento
da autora nos faz refletir: Será que apenas ao oferecer
brinquedos e brincadeiras se está cumprindo a função
da escola? E outro questionamento que fazemos: será que
só oferecendo brincadeiras e brinquedos estão
contribuindo para o desenvolvimento da criança?
Para Rosa, 2002 a infância se define mesmo por determinado
tipo de relacionamento com o mundo externo que não se
pauta pelas leis da realidade, mas muito mais pelas leis do
próprio desejo.
Não podemos deixar de pensar em conquistar e atingir
os gostos dos alunos, que são as pessoas que consomem
a educação e essa educação deve
ser de qualidade, criativa e dinâmica para acompanhar
a evolução que estamos enfrentando com o crescimento
da tecnologia a todo vapor.
O mundo de hoje é extremamente dinâmico vemos
as crianças e jovens fazendo diversas tarefas ao mesmo
tempo, como exemplo: Uma criança de 10 anos escuta musica,
assiste televisão, conversa com os amigos na internet,
fala no telefone e conversa com você, tudo isso ao mesmo
tempo.
O jogo/brincadeira/lúdico pode ser uma ferramenta para
os educadores conseguirem atingir uma evolução
e melhorar sua metodologia, sua didática e, principalmente,
conquistando a aluno.
Mudar é sempre difícil, principalmente falando
em metodologia de ensino, onde professores passam anos com
a mesma e depois muda-las ou adapta-las é bem complicado.
E sabemos que qualquer mudança causa um transtorno e
pode dar mais trabalho, mas quando os benefícios começarem
a surgir, os educadores entenderam que o esforço vale
pode valer a pena.
Sabemos não ser concreto que essa metodologia será a
grande solução para a melhora da educação.
Será, sim, uma boa opção para utilizar
no processo aprendizagem e o tempo dirá se ela será positiva
ou não.
Abaixo
teremos alguns exemplos de atividades. Não encare
como uma receita pronta. Observe as atividades e identifique
o quanto elas podem ser realizadas de acordo com seu perfil
profissional e com o perfil de seus alunos.
Resultados
Buscamos um repertório de atividades por disciplina
para fomentar nossa pesquisa:
Matemática
Par ou Impar
Material: Nenhum
Descrição:
Separe a sala em duas equipes e forme duas colunas, uma coluna
par e outra impar. De frente para o quadro da sala, deixe as
duas colunas em uma distância de aproximadamente três
passo uma da outra. Toda a vez que o professor/recreador disser
um número par, a coluna par foge e a coluna impar pega.
Quando disser impar, a coluna impar foge e a coluna par pega.
Para cada aluno pego um ponto para cada equipe. Se o aluno
encostar-se à parede não pode mais ser pego.
Obs: Na sala afaste as cadeiras no fundo da sala de forma que
as laterais fiquem livres.
Português:
Bingo Humano
Material: Papel
e Caneta
Descrição: Cada aluno pegará uma folha
de papel, dobrando formando nove partes sem corta, e uma caneta.
Ao comando eles espalharão pelo espaço e vão
perguntar aos alunos o nome e uma comida que gosta e escreve
em uma da partes do papel. Repetirá a ação
até preencher os nove espaços. O aluno irá escrever
em um pedaço de papel separado seu nome e a comida que
gosta e entregará ao professor, que pegará um
papel de cada vez e dirá em voz alta para os alunos.
Quem tiver o nome da pessoa marca no papel. Quem marcar os
nove primeiro ganha.
Obs: Essa atividade é ideal para primeiro dia de aula.
Historia e Geografia:
Passaporte
Material: Papel e Caneta.
Descrição: Divida os alunos em duas equipes.
Cada equipe receberá um bloquinho, feito previamente
até por eles mesmo, contendo algumas folhas de 5 a 6.
Para cada folha terá um país escrito. O objetivo é que
os participantes busquem a assinatura do “consulado” dos
países que estão no bloquinho. Espalhe pela escola
representante desses países, se você não
tiver professores disponíveis utilize funcionários
como porteiro, inspetor de aluno, asg, e cada um ficará com
uma caneta. Quando o grupo chegar ao pais terá que pagar
uma prenda antes de ganhar a assinatura. Por exemplo: fazer
10 abdominais ou responder algo sobre aquele país como:
população, continente, entre outros. Obs: Se
você conseguir deixar os representantes de cada país
com uma roupa típica ou algo que represente o país
a atividade fica mais interessante.
Ciências:
Primeiros Socorros (adaptação atividade de Cavallari
e Zacharias, 2008)
Material: Material para maquiagem.
Descrição: Divida os participantes em dois ou
mais grupos. O professor/recreador ensinará as crianças
como deve fazer para tratar cada acidente, queimadura, fratura,
ferida, entre outros. Espalhasse pessoas, que podem ser as
próprias crianças, maquiadas
com os acidentes. Cada grupo terá que sair em busca
dos feridos e fazer o procedimento ensinado. Se conseguir podem
trazer a “vitima” até o professor utilizando
o jeito que quiser para carregá-lo. Se for uma criança
a vitima cuidado para não machuca-lá.
Obs: Se você conseguir deixar os representantes de cada
país com uma roupa típica ou algo que represente
o país a atividade fica mais interessante.
Conclusão
A falta de tempo, espaço e oportunidade de brincar fazem
com que mudanças aconteçam na rotina das crianças
e de tudo que envolve o mundo infantil, e nisso envolvemos
as escolas.
Assumir um papel que era da vida social, de brincar, faz com
que as escolas procurem novas oportunidades de crescimento
para melhor atender a nova geração de alunos.
Um dos recursos que podem ser utilizados são jogos e
brincadeiras para auxiliar na aprendizagem do alunos fazendo
com que as aulas se tornem mais interativas, atrativas e atraentes
e conquistando mais os alunos.
Utilizar do jogo e da brincadeira como ferramenta pedagógica
pode ser um grande avanço na melhora da metodologia
de ensino e da aprendizagem dos alunos.
Referências bibliográficas
Brougère, Gilles. Brinquedo e cultura. 7° edição – São
Paulo: Cortez, 2008.
Barros, Flávia Cristina O.M. de. Cadê o brincar?:
da educação infantil para o ensino fundamental.
São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
Dohme, Vania. Atividades lúdicas na educação:
o caminho de tijolos amarelos do aprendizado. 4° ed. Petropólis,
RJ: Vozes, 2008.
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática
educativa. São Paulo: Paz e terra, 2011.
Huizinga, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura.
São Paulo: perspectiva, 2008.
Kishimoto, Tizuko, M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.
14° ed. São Paulo: Cortez, 2011.
Kishimoto, Tizuko, M. Jogos infantis: o jogo, a criança
e a educação. 15° ed. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2009.
Rosa, Adriana. Lúdico e Alfabetização.
Curitiba: Juruá, 2011.