Autoria: Consultora
JOZIANE TEIXEIRA SANTOS
http://jozianeteixeiratrainer.wordpress.com/
Data de Publicação: 28/01/2013
Há algum
tempo, a criança e/ou adulto que estivesse
obeso ou com excesso de gordura corporal eram vistos como pessoas
saudáveis
e com ausência de doenças. Com o passar dos anos,
o excesso de peso foi aumentando cada vez mais, e, hoje, a obesidade é considerada
como o principal problema de saúde pública no Brasil
e no mundo.
Tabela: Prevalência de sobrepeso e obesidade na população
com 20 ou mais anos de idade, por sexo e por regiões no
período 2002-2003.
A quantidade de
gordura que ultrapassa 25% do peso corporal para os homens e
32% para as mulheres determina o início da obesidade.
Vários fatores que associam-se com o aumento da
população
obesa ou com excesso de peso, tais como características
genéticas (disfunção da ação
da insulina, leptina, neuropeptídio Y e grelina, por exemplo),
sedentarismo imposto pela tecnologia ou profissão, lazer
inativo e a má alimentação.
A obesidade está associada à diversas condições
e doenças, como mostram os tópicos a seguir:
. Cardiovascular: insuficiência cardíaca congestiva;
Coração ampliado; Cor pulmonale (alteração
na estrutura e função do ventrículo direito
do coração como resultado de um distúrbio
respiratório); varizes; embolia pulmonar.
. Respiratório: Dispinéia;
apnéia obstrutiva
do sono; síndrome de hipoventilação; asma.
. Endócrino: Síndrome
do Ovário Policístico
(SOP) ; irregularidade menstrual, hipercotisolismo, infertilidade.
. Gastrointestinal: Doença
do Refluxo Gastroesofágico
(DRGE); Doença hepática gordurosa; Colelitíase
(cálculos biliares); Hérnia; Câncer colorretal.
. Metabólico: Dislipidemia;
diabetes mellitus 2,
resistência à insulina.
. Pele: Dermatites por sudorese;
micoses; linfodemas e celulite; estrias.
. Psicológico: Depressão;
auto-estima baixa; transtorno dismórfico corporal; estigmatização
social
Neste caso, o que fazer para solucionar
ou reduzir em partes tais problemas?
É
necessário, então, que haja uma estratégia
para o controle alimentar aliado à prática regular
de exercícios físicos.
E qual o tipo de exercício é melhor para este
controle?
A melhor maneira para garantir um emagrecimento sadio e eficiente,
além da reeducação alimentar, é a
combinação de atividades aeróbias e anaeróbias.
Evidências científicas sugerem que a combinação
da modificação da dieta com o exercício
físico é o procedimento mais efetivo para obter
a perda de peso. A continuidade da prática de exercícios
pode ser um dos melhores requisitos para a conservação
do peso corporal em longo prazo.
Por que não o Treino de Força?
O treino de Força é reconhecido
como uma boa forma de se obter uma diminuição da
% da gordura corporal e um aumento da massa isenta de gordura.
O próprio Colégio Americano de Medicina Desportiva
(ACSM) recomenda a utilização do Treino de Força
na prevenção e tratamento da Obesidade.
Por tudo
isso, considera-se adequado e prudente as recomendações
com relação à quantidade diária mínima
de exercícios do ACSM 2000, que são:
. Freqüência de Treinamento: 3 a 5 vezes por semana.
. Intensidade de Treinamento: 60 a 90% da Fcmax ou 50 a 85% do
VO2 max. ou da FCmax de reserva.
. Duração: 20
a 60 minutos de atividade contínua
dependendo da intensidade.
. Tipo de atividade: Qualquer
atividade que utilize grandes grupos musculares que seja mantida
constante, rítmica e aeróbica
por natureza.
. Treinamento de resistência
para manter a massa muscular: 8 a 10 exercícios envolvendo os principais grupos musculares
trabalhados em séries de 8 a 12 repetições,
pelo menos 2 vezes por semana.
Observação: são necessárias avaliações
física e clínica para possibilitar uma prescrição
o mais eficaz possível.
*Procurem por profissionais de Educação Física
e Nutrição*
Referências bibliográficas:
ACSM’s - American College of Sports Medicine Manual do
ACSM para teste de esforço e prescrição
de exercício. 5 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2000 .
ACSM’s -American College of Sports Medicine. Resource
Manual for Guidelines for Exercise Testing and Prescription (3th
ed.) Baltimore: Williams & Wilkins, 2000.
GOLBERG, L., ELLIOT, D., KUEHL, K. A comparison o the cardiovascular
effects of running and weight training. J. Strength and Cond.
Res. 8(4): 219-224. 1994.
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices
de Preços, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003
POLITO, M.D. Prescrição de exercícios para
a qualidade de vida. São Paulo – Phorte, 2010.
TEIXEIRA, C.V.L.S.; GUEDES JR. D.P. Musculação:
perguntas e respostas: as 50 dúvidas mais freqüentes
nas academias. São Paulo: Phorte Editora, 2010.
TEIXEIRA, L. Atividade física adaptada e saúde:
da teoria à prática. São Paulo, 2008. Ed.
Phorte.
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