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Qua, 21/1/09 11:30

ODONTOLOGIA

Flúor

    O tão famoso "flúor", presente nas pastas dentais, é utilizado principalmente para prevenir as cáries dentárias. Mas, se administrado em doses inadequadas pode promover efeitos indesejáveis.
    Incorporado ao organismo, o flúor está presente na saliva, banhando os dentes, e incorporado ao esmalte dentário de maneira a torná-lo mais resistente ao "ataque" dos microrganismos.
    No Brasil, a água da maioria das cidades já possui um sistema de fluoretação, mas a administração do flúor é feita pela água de abastecimento público e também pelo sal de cozinha. Nas escolas, o flúor também é fornecido através do leite oferecido aos alunos. Dessa maneira, o flúor "entra" no organismo de forma sistêmica beneficiando o organismo de uma forma geral. O flúor também está presente nos cremes dentais, soluções de bochecho, vernizes fluoretados e nas aplicações locais realizadas por dentistas. Mas deve-se evitar a ingestão dos produtos fluoretados. Isso causa um aumento na concentração sanguínea, que se ocorrer no período de formação do dente, pode causar manchamentos denominados "fluorose". Mas isso não impede a utilização de flúor nas cidades com água fluoretada.
    O flúor deve ser aplicado periodicamente para reduzir o risco de cáries. A sua administração em crianças tem obtido resultados muito satisfatórios, comprovando sua eficiência. Já nos adultos, essa aplicação reduz a incidência de cáries, mas com índices menores ao das crianças.
    A aplicação de flúor deve ser iniciada o mais rápido possível. Assim que o primeiro dente de leite erupcionar ("nascer"), ele deve receber uma aplicação de flúor.
    Deve-se atentar para quantidade de creme utilizado pelas crianças. Não há necessidade de colocar tanta pasta como vemos nos comerciais. Para os adultos, um volume de aproximadamente 2 cm2 é o suficiente e para as crianças, a metade disso.

Bibliografia
1. Ribas, Tânia Rocha Cabral. Prevalência, em escolares, da fluorose dentária e o uso dos cremes dentais fluorados. Jornal Brasileiro de Clínica Odontológica Integrada, v. 7, n. 39, p. 218-221, maio/jun. 2003.
2. Francci, Carlos Eduardo. Fluoride release from a sealant and its effects on adjacent enamel and bacterial plaque: an in situ evaluation. Journal of Dental Research, Alexandria, v. 82, Special Issue B, Res. 1999, p. B-260, June 2003


PIERCING
Profa. Dra. Jaqueline de Souza Venturin

    Você sabe o que significa o termo "PIERCE"? Se traduzido da língua inglesa para a portuguesa significa "furar, perfurar ou penetrar". Ou seja, ato associado a sentimentos como dor e sofrimento.
    Este artigo tem como finalidade, abordar alguns aspectos associados ao porquê vir a usar essa peça e o que ela representa.
    A saúde bucal não deve ser observada isoladamente. Apesar da boca ser um órgão visualmente bem definido, ela está inserida num contexto que se estende além do que nós podemos ver. Ela está envolvida com todo o resto do corpo.
    A boca consiste de:
· Via de alimentação,
· Comunicação,
· Aparência e
· Saúde.

O "piercing" influencia no equilíbrio do meio bucal porque:

• Existe um certo exagero. Muitos não param em apenas uma peça, querem mais. E se apenas um é prejudicial, imagine vários;
• Por não serem peças fixas, é comum a sua movimentação constante gerando traumas. Além do próprio trauma da presença de um objeto estranho ao corpo, num local que não repousa, por exemplo, na língua e nos lábios, atos como a fala e a deglutição geram traumas ainda maiores, muitas vezes de maneira inconsciente e insensível;
• Devido ao trauma, o "piercing" aumenta o risco de câncer bucal;
• O "piercing" pode causar traumas em regiões vizinhas como na gengiva e no tecido ósseo levando a perda, fratura ou desgaste de dentes.
• Estruturas delicadas como nervos, vasos e glândulas podem ser perfurados pelo "piercings";
• Por ser colocado sem critérios pré-estabelecidos, não há conhecimento anatômico e fisiológico adequados das regiões a serem colocados;
• Por não ser reconhecida como uma profissão, não há um controle sanitário nem normas cientificamente comprovadas da higiene e da assepsia do local de instalação;
• A dificuldade de higiene do local onde repousa o "piercing" torna-o um foco de infecção que pode levar, além da perda da peça, infecções generalizadas ao seu portador;
• O tamanho da peça tem influência direta. Lembre-se que a boca é muito sensível. Qualquer alteração no meio bucal pode causar, além do incômodo, problemas a curto, médio e/ou longo prazos;
• O indivíduo pode ser alérgico ao metal da peça;

   Para finalizar, deixando o modismo de lado, todo material estranho ao corpo, pode levá-lo a adaptações que podem ser danosas para o indivíduo. Por isso, deve-se refletir muito bem antes de colocar um "piercing". Se possível solicite aconselhamento de médicos e/ou dentistas que são os mais capacitados para avaliar de maneira adequada a colocação dessas peças.

 

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