MEDICINA
DSTs - Doenças sexualmente transmissíveis
AMOR , SEGURO AMOR
Todo ano, cerca de 12 milhões
de brasileiros contraem doenãs sexualmente transmissíveis,
entre elas a Aids, sífilis, herpes e condiloma. Por
isso, é importante se precaver durante as relações
sexuais usando preservativo, principal arma para se manter
longe de qualquer uma delas. Mas, se você ainda duvid
que poderá ser a próxima vítma, saiba
que as DSTs podem acarretar uma série de problemas de
saúde, inclusive a morte.
Dependendo do tipo e da evolução da doença,
as DSTs podem gerar disfunções sexuais, esterilidade, aborto, bebês
prematuros com problemas de saúde, deficiências física e
mental e até o câncer. Além disso, quem sofre de alguma DST
tem mais chance de contrair outras, incluída aí a AIDS. " Hoje
não existem mais grupos de risco, mas comportamentos de risco que podem
levar qualquer pessoa a contrair as doenças" , esclarece a médica
Elaine Monteiro Matsuda Manzoni, do Ambulatório Regional de Moléstias
Infecto-contagiosas de Santo André.
Veja quem está sujeito ao perigo:
- Quem
tem relações sexuais sem usar camisinha;
- Quem
tem parceiro que mantém relações sexuais
com outras pessoas e não usa camisinha;
- Pessoas
que usam drogas injetáveis e compartilham seringas;
- Pessoas
que têm parceiros que usam drogas injetáveis;
- Pessoas
que recebem transfusão de sangue não testado.
INIMIGO OCULTO
Ao contrário do que se imagina, algumas DSTs não
mostram sua gravidade logo de início. É o caso da sífilis.
Na fase primária da doença, surge uma lesão indolor nos órgãos
genitais, que, em alguns casos, até desaparece sozinha, mesmo sem tratamento.
Só que isso não significa que ela acabou. Se não tratada,
evolui para as fases secundária e terciária, podendo provocar problemas
neurológicos e cardíacos.
DUAS FACES DA MESMA MOEDA
O coquetel de tratamento anti-Aids tem garantido maior sobrevida
e melhor qualidade de vida aos portadores de vírus HIV. Porém,
o que muitos parecem não se dar conta é que a medicação
não cura a doença e nem impede a transmissão do vírus
durante as relações sexuais. Trocando em miúdos: o sucesso
do coquetel gerou um certo relaxamento na prevenção. Diante disso,
diminui o medo, especialmente entre os jovens, de contrair a doença. " Só que
a Aids continua a avançar e a fazer vítimas" , alerta a Dra.
Elaine
Tudo isso sem contar que os pacientes tratados com o coquetel
anti-Aids têm grandes chances de transmitir aos parceiros um tipo de vírus
mais resistente. Dessa maneira, o coquetel não será tão
eficaz nos portadores que contraíram a doença através de
pacientes que estão em tratamento. Frente a tantos riscos, é melhor
redobrar os cuidados. Relações Sexuais, só com o uso de
preservativo, mesmo confiando demais na saúde e na fidelidade de seu parceiro.
Para se ter uma idéia, está crescendo o número de mulheres
infectadas pelo marido.
Mas como pedir para a esposa ou o marido usar camisinha sem
correr o risco de ser mal interpretado? Segundo a Dra. Elaine Manzoni, a situação
realmente é complicada, mas pode ser contornada com muito diálogo
entre o casal. " Há casos, por exemplo, de mulheres soropositivas
que tiveram apenas um parceiro sexual em toda a vida. Só que com o parceiro
errado " , acrescentou.
SINAIS E SINTOMAS
- AIDS: Síndrome
causada pela infecção crônica do organismo pelo vírus
HIV. Ele compromete o funcionamento do sistema imunológico, impedindo-o
de proteger o organismo contgra infecções variadas.
- HEPATITE B:
Infecção das células hepáticas pelo vírus
HBV. Se apresenta de duas formas: crônica, com ou sem sintomas, e aguda,
que evolui rapidamente e pode ser fatal. Os sintomas mais comuns são falta
de apetite, febre, náuseas, vômitos, icterícia.
- HERPES GENITAL:
Infecção recorrente (vai e volta) que se apresenta na forma de
lesões genitais agudas (pequenos bolhas). As lesões são
dolorosas, provocando vermelhidão no local.
- HPV: Suas lesões
se assemelham à couve-flor. Nas mulheres, costumam aparecer na vulva,
períneo, vagina e colo do útero. Nos homens, surgem no prepúcio
e meato uretral. Conhecida popularmente como crista de galo.
- GONORRÉIA:
Muita coceira e corrimento purulento abundante, tanto no homem quanto na mulher.
Em alguns casos pode ocorrer febre. Nas mulheres, os sintomas são mais
brandos e algumas vezes nem mesmo aparecem.
- CANCRO MOLE:
Ferida dolorosa, avermelhada e com fundo purulento que compromete os órgãos
genitais externos. Mas pode também se manifestar nos lábios, boca,
língua e garganta.
- DONOVANOSE OU
GRANULOMA INGUINAL: Doença bacteriana de evolução crônica
que se caracteriza pelo surgimento de lesões granulomatosas (grânulos
ou caroços), feridas nas regiões genital, perianal e inguinal.
Podem surgir também nos órgãos internos.
- LINFOGRANULOMA
VENÉREO: Lesões genitais (úlceras) e lesões anais,
nódulos na virilha que podem supurar.
- SÍFILIS:
Doença infecto-contagiosa que evolui de forma crônica. No local
de entrda da bactéria forma-se uma ferida que se cura espontaneamente.
Um mês depois, lesões de pele semelhantes à alergia que também
vão embora sozinhas. A partir daí , durante anos, a doença
evolui, podendo tingir cérebro, vasos, coração e olhos,
entre outros.
- CLAMÍDIA:
Corrimento vaginal sem cheiro, coceira vaginal ou peniana. Um ardor vaginal ou
uretral pode ser a única manifestação.
- CANDIDÍASE
(SAPINHO): Trata-se de uma das causas mais frequentes de infecção
genital. Apresenta coceira, ardor e corrimento em gumos, semelhante à nata
do leite.
FONTE: original
Coop Revista - ano XXII - n° 221 - julho/2002
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A prevenção é o melhor remédio. Portal Brasil Medicina