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Dom, 14/11/10 11:36

KORFEBOL


O QUE É KORFEBOL ?

   É um esporte holandês praticado com bola por homens e mulheres (equipes mistas) obrigatoriamente. Apresenta características de outras modalidades e objetivo principal é introduzir a bola na cesta da equipe adversária. A bola com mesma medida e peso que a do futebol é usada para a prática A cesta utilizada até 2003 foi a de vime, atualmente a cesta utilizada é a material plástico sintético e ao contrário do basquete não há tabela como o ponto de referência para os jogadores. Agora, se você achou que o mais alto ainda leva vantagem se enganou. Caso o marcador esteja na frente do jogador que está com a bola, a uma distância de um braço (juiz deve visualizar linha imaginária), o atacante não pode arremessar. Para o representante do esporte no Brasil, Marcelo Soares a regra permite a inclusão de pessoas com qualquer porte físico. "Michael Jordan e Nelson Ned jogariam de igual para igual o Korfebol", brinca. Além de não poder arremessar sob pressão, o jogador que recebe a bola não pode se movimentar. A única alternativa que ele tem é passar ou, se estiver com espaço, tentar o arremesso. Outra diferença para o basquete é que as cestas ficam dentro da quadra a seis metros e sessenta e sete cm da linha de fundo. O atleta pode arremessar quando estiver atrás dela.

  O tamanho da quadra é de 40m de cumprimento e 20m de largura.Quando são feitos dois pontos na partida, os atletas que estão no ataque invertem de posição com os de defesa o que torna o jogo mais dinâmico e interessante.

   Atualmente 58 países estão filiados à Federação Internacional de Korfebol (IKF). O esporte já é reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e luta para conseguir participar dos jogos Olímpicos como modalidade oficial. As maiores potências mundiais são Holanda e Bélgica. Em toda América, apenas EUA, Brasil e Argentina praticam o esporte. O continente tem uma vaga para os campeonatos mundiais da modalidade, Marcelo conta como se tornou representante do esporte no país. "Em 1998, eu conheci o esporte e comecei a fazer o possível para dar força à ele por aqui. Depois de muita luta, em 2003, a IKF, nos reconheceu como país praticante de Korfebol e de lá para cá nossas forças são para arrumar patrocínio e apoio", conta. Marcelo tem aplicado cursos sobre o esporte para professores de educação física.
   

Aprendendo o jogo

    No Korfebol vence a equipe que marcar mais pontos, colocando a bola na cesta, como no Basquete. Cada equipe tem quatro homens e quatro mulheres, divididos em casais. A bola também é de outro esporte: o futebol, modelo número 5.
    A dinâmica do jogo exige que cada homem só marque outro homem e cada mulher, outra mulher.
    No Korfebol não é permitida a marcação dois contra um, nem a marcação entre sexos opostos. Também
não vale contato físico.
    Para que todos exerçam os diversos papéis necessários para o jogo, a cada duas cestas, defensores
viram atacantes e vice-versa. Segundo o Profissional Guilherme Borges Pacheco (CREF 002571-G/RJ), coordenador
de Educação Física da Universidade Gama Filho, “esta troca de funções dá ao praticante maior experiência tática e motora”.
    O Korfebol tem outra especificidade: quem recebe a bola deve parar e passá-la para o colega do time. Ninguém pode quicar a bola, driblar o adversário ou correr com a bola na mão. “Isso impede que um jogador ‘ fominha’ tente resolver o jogo sozinho”, diz o Prof. Marcelo Soares (CREF 004076-G/RJ).
    Ele conta que há algum tempo estava com dificuldades para integrar as crianças de uma comunidade carente do Rio de Janeiro e resolveu apresentar o novo esporte ao grupo. “O aluno tem que aprender a se deslocar sem a bola, aproveitando melhor o espaço”, explica o Prof. Soares. Também não pode haver tentativa de marcar ponto quando o adversário está com os braços erguidos entre o jogador e a cesta, impedindo o arremesso. A partida dura uma hora e tem
10 minutos de intervalo.
   “ O Korfebol é uma oportunidade para quem foi excluído do vôlei ou do basquete, já que a força e tamanho não são essenciais”, diz o Prof. Soares. A iniciativa deu tão certo que hoje o Korfebol faz parte do currículo dos alunos do Ensino Fundamental em cerca de dez escolas do bairro do Méier (Rio de Janeiro), onde Soares atua. O esporte já vem sendo praticado
também em regiões de São Paulo e Minas Gerais com muito sucesso.
    Como nenhum jogador pode tocar no adversário para roubar a bola, o esporte cria uma relação de interdependência e respeito entre os colegas do mesmo time no caminho até a cesta. Além de juntas traçarem uma estratégia, as crianças conversam entre si para marcar os pontos. “É um estímulo ao raciocínio”, diz Soares.

MULTIDISCIPLINARIDADE COMO ALIADA
    Pouco conhecido, o Korfebol estimula a quebra de paradigmas do esporte competitivo e vira ferramenta nas aulas de Matemática.
 
  Da junção do Handebol com o Basquete nasceu o Korfebol, criado pelo Professor de Educação Física Nico Broekhuvesen, em 1902. Sendo um dos raros esportes coletivos mistos, o Korfebol é o quarto mais popular na Holanda, onde surgiu. Atualmente é praticado em mais de 40 países e tem como grandes potências a própria Holanda, além de Bélgica, Portugal, Alemanha, República Tcheca, China e Austrália.
   Já nas Olimpíadas de 1920 e 1928, o Korfebol foi apresentado como demonstração. Nos dias de hoje, além de conseguir atrair novos adeptos a cada dia, este esporte tem uma função muito importante nas escolas onde é praticado, desenvolvendo o gosto pela estratégia, cooperação e a integração de todos os participantes.

ABRINDO ESPAÇOS E AMPLIANDO HORIZONTES PROFISSIONAIS
   
A prática do Korfebol conquistou também um lugar cativo em salas de aula. É o que acontece no Centro Educacional Lins (Rio de Janeiro), onde as crianças de 1ª a 4ª série aprendem Matemática com as regras deste esporte. Ao perceber a dificuldade de alguns alunos para entender conceitos matemáticos, como números pares e ímpares, tabuada e ordens crescente e decrescente, o Profissional adaptou tópicos da disciplina às regras do jogo. Na partida, quando fazem uma cesta, por exemplo, os alunos dizem em voz alta se o número da pontuação é par ou ímpar. Isso facilita a absorção de assuntos que precisam de memorização, afirma a professora de Matemática da escola, Andréa Iavecchia Villardo.

INTEGRAÇÃO, INCLUSÃO E MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS
  
O Korfebol também se destaca por estar ao alcance de todos. Obesos, deficientes físicos ou pessoas com pouca coordenação motora podem participar ativamente, uma vez que os deslocamentos não exigem grande velocidade e não há disputa de força. O índice de atestados médicos solicitando a exclusão de alunos nas aulas de Educação Física diminuiu, porque as crianças com dificuldades se sentem incluídas na equipe, diz Soares. Além disso, o equipamento - composto basicamente por duas cestas e uma bola - é simples e se adapta a qualquer espaço. Quando chove, a gente dá aula dentro da sala e pode usar um balde sem fundo e uma bolinha de jornal ou de meia, explica.

Como é sabido, para um esporte tornar-se olímpico, o Comitê Olímpico Internacional (COI) exige que ele seja praticado em pelo menos 50 países. Se depender de pessoas como o Profissional Marcelo Soares, esta meta será logo alcançada.

POR UM JOGO INCLUSIVO
    No início do século XX, quando o Korfebol foi criado, a Associação de Educação Física de Amsterdã procurava um jogo que pudesse ser praticado por crianças, jovens e adultos, e que reunisse os dois sexos na mesma equipe. Nesta época não era comum mulher praticar esporte, muito menos com homem. Por isso Nico Broekhuyesen pensou numa prática fácil de ser aprendida. Em holandês, korf quer dizer cesta e ball, bola. Em 1933 foi criada a Federação Internacional de Korfebol (IKF), com sede na Holanda. Reconhecido pelo COI há 13 anos, o Korfebol é praticado por cerca de 200 mil pessoas em mais de 40 países, como Índia, Japão, Rússia e Zimbábue. No Brasil já existem sete times formados, todos no Rio de Janeiro. A Copa do Mundo do Korfebol está programada para acontecer na República Tcheca, ainda este ano. A revista Korfball International, da IKF, destacou o prof. Soares como o difusor do esporte no Brasil, onde iniciou há sete anos um projeto de inserção da prática nas aulas de Educação Física das escolas.

Fonte: http://www.korfeblog.blogspot.com / Revista CONFEF ano 7 - 24 - Jun 2007)

VÍDEOS SOBRE MATÉRIAS NA TV
KORFEBOL ESPORTE ESPETACULAR (Rede Globo)
KORFEBOL NO JORNAL NACIONAL (Rede Globo)
KORFEBOL NO PROGRAMA ANA HICKMAN (Rede Record)
KORFEBOL NA ANA MARIA BRAGA (Rede Globo)
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5


Material doado Por - 29/09/2010:

Professor de Educação Física Marcello Soares (CREF - 232246).
Representante do Korfebol no Brasil desde 1998.
Primeiro Árbitro de Korfebol da América do Sul.
Técnico da Seleção Brasileira de Korfebol

 

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