Treinamento de handebol visando
competições escolares
Introdução
O handebol é um dos esportes mais praticados no mundo.
Esta modalidade esportiva foi criada na Alemanha. Inicialmente
eram jogadas em campos, depois foi introduzido o "Handebol
de salão" praticado atualmente. Chegou no Brasil,
por volta de 1930 com os alemães. No Brasil, é um
dos esportes mais praticados no meio escolar. A intenção
deste artigo é mostrar como podemos obter em uma escola,
um time competitivo de handebol a nível escolar. A motivação
a realizar esse trabalho, verificar a completa falta de interesse
da maioria dos professores em relação a mostrar
aos alunos, fundamentos, regras, técnicas e táticas
do jogo, visualizadas nos Jogos Escolares de Cataguases – MG
(JESC). Sabendo a simplicidade para solução desse
problema, resolvemos desenvolver essa pesquisa para mostrar
com métodos mais simples possíveis como aplicar
esses fundamentos, para chegar nas competições
mais preparados técnica e taticamente, e com conhecimento
da regra que é fundamental para a pratica de qualquer
esporte. A tentativa do desenvolvendo desse tema, serve para
que os professores da rede de ensino de Cataguases, tenham
mais interesse em passar para os alunos o conteúdo de
uma modalidade tão popular e que é uma das mais
praticadas no meio escolar, dando mais qualidade e também
para que as competições sejam de um nível
mais elevado. Os esportes coletivos em geral e especificamente
o handebol visando a aprendizagem do jogo propriamente dito
para uma competição escolar, desperta não
só o desejo de competição sadia, mais
dá bases para os indivíduos caso não optem
por uma carreira de atleta, possam ter os conhecimentos necessários
para a vivência dos jogos coletivos como possibilidades
de suas atividades de lazer.
A atuação do professor de educação
física, assim como demais funcionários na escola,
são pontos chave no objetivo final que é a competição.
Apesar da educação física ser uma disciplina
altamente educativa, mostraremos que o esporte a um nível
de competição, pode nos dar maiores resultados
na questão de formar não um atleta mais sim um
cidadão. Estaremos colocando em discussão, técnicas,
táticas e trabalhos pedagógicos a serem introduzidos
no ciclo de treinamento. O texto também faz uma analise
sobre a parte metodológica do ensino a ser abordado.
Para Paulo Freire, as atividades propostas pelo professor
devem ser compatíveis com o grau de desenvolvimento
dos alunos. Uma proposta pedagógica não pode
estar nem aquém, nem além do nível de
desenvolvimento da criança.5 Por isso, esse trabalho
pode ser desenvolvido com educandos de uma faixa etária
de 12 a 16 anos, que já tenham noção dos
fundamentos e regras para que o planejamento atinja seus objetivos.
A parte pedagógica discutirá como passar para
os educandos, de uma maneira lúdica e também
de uma forma “convencional” todos o fundamentos
técnicos e táticos do jogo, passando também
pelas regras, como saber aproveita-la de uma forma melhor durante
as competições.
Nessa faixa etária, a igualdade de idade prevalece
para ambos os sexos. Este texto trata o handebol como um conteúdo
clássico, portanto um conteúdo tradicional da
Educação Física escolar.
O objetivo específico desse trabalho é apresentar
um método parcial, situar alguns conceitos e diferenciar
a opção metodológica no ensino do handebol
visando competições escolares nas escolas públicas
e particulares da cidade de Cataguases. Já o objetivo
geral, é fazer com que o aluno tenha futuramente o conhecimento
de uma modalidade esportiva que possa trazer a ele no futuro
uma opção de lazer e qualidade de vida.
O fundamental para a boa
docência é a consciência
através do conhecimento de qual método adotarmos
em função dos objetivos que temos.6
A citação acima nos mostra que o planejamento
dos exercícios a serem aplicados vão contar muito
na hora da competição, fazendo com que o aluno
desperte interesses individuais e coletivos como será mostrado
nas táticas individuais e de grupo. A opção
de ensino de qualquer conteúdo através de um
determinado método está imbuída de uma
determinada visão de educação e de sociedade
a qual nos dará elementos para a construção
do projeto de ensino que será sempre um projeto político-pedagógico.3
Fundamentação teórica
Fundamentos técnicos
Os fundamentos são as fases usadas para qualquer jogo,
que facilitem as técnicas e a tática durante
os jogos. Fundamento significa base, alicerce, fundação, é o
começo de tudo, onde o aluno aprende as técnicas
e as aperfeiçoa para uma melhor utilização
dessa e da tática durante os jogos. Pesquisamos na literatura,
o que se tem a respeito de treinamento de handebol, tanto para
atletas profissionais, como para atletas amadores. Não
deixamos de pesquisar também, sobre métodos pedagógicos
a serem passados para alunos nessa faixa etária. A partir
desses dois focos começamos a pesquisa, fazendo uma
comparação e delimitando o que pode ser empregado
para alunos dessa faixa etária. Os problemas em relação
ao entendimento das regras pelos alunos, está diretamente
ligado a reseultados durante os jogos, na falta de compreenssão
de gestos aplicados pelos árbitros. Os problemas em
relação à arbitragem constituem-se em
fatores situacionais externos, ou seja, não podem ser
controlados pelos integrantes da equipe. Entretanto, as reações
dos esportistas frente a marcação da arbitragem,
apresentam possibilidades de melhor enfrentamento8.
Os fundamentos técnicos, podem ser classificados em
fundamentos de ataque e fundamentos de defesa. O treinamentos
desses fundamentos poderá tornar-se mais agradável
e mais prazeroso se as ações forem dinâmicas
onde desde cedo os alunos comecem a entender as necessidades
das combinações dos elementos fundamentais que
compõem o jogo. Conhecer e refletir coletivamente sobre
a história do handebol, bem como vivenciar, a partir
da prática de jogos pre-desportivos, algum dos elementos
constitutivos dessa modalidade despoortiva.9 As atividades
propostas para o aprendizado têm que facilitar a automação
dos fundamentos mais freqüentes, porem se o professor
mantiver uma rotina padrão dos treinamentos, certamente
os alunos não terão uma pré-disposição
adequada para praticar o exercício proposto. A dinâmica
de movimentação tem que levar em conta as ações
motoras da modalidade especifica.3 As capacidades motoras e
físicas devem ser voltadas para os alunos como aperfeiçoamento,
já que são alunos que têm noções
e aptidões físicas já agregadas. As aulas
devem ter como objetivos, desenvolver as capacidades táticas
e técnicas dos alunos durante o jogo, a ocupação
de espaço, o desenvolvimento das habilidades dentro
do contexto do jogo e a satisfação do praticante.10
Apresentaremos abaixo, fundamentos e alguns exercícios
que visam o desenvolvimento da modalidade, para a equipe atingir
seus objetivos.
Fundamentos de ataque
Atualmente o handebol
tem evoluído muito e cada vez
mais se procura forçar o erro do adversário,
pelas constantes saídas e pressões dos defensores
nos atacantes, sendo assim, atualmente é imprescindível
o bom domínio de uma variedade de ações
ofensivas e defensivas e de cometer o menor número de
erros técnicos para se obter o sucesso sobre os adversários.
11
A empunhadura seria a
ação que o aluno deve
praticar para segurar a bola. A palma da mão deve aderir
a bola, fazendo um movimento côncavo. O passe é um
movimento que permite ao jogador laçar a bola ao outro
companheiro de forma que chegue até ele com o máximo
de perfeição possível. O passe juntamente
com a recepção é imprescindível
para que o jogo tenha uma boa dinâmica.2 De acordo com
Greco, se a equipe tiver um passe ruim, a dinâmica ficará comprometida
e assim o desenvolvimento do jogo4. O treinamento desses fundamentos
deve ser priorizado, visto que são os mais importantes
para que a equipe tenha um volume de jogo maior e atinja seus
objetivos de maneira mais fácil.
Passe normal ou de ombro:
o aluno devera ter o braço
formando um ângulo de noventa graus entre o braço
e o antebraço e entre o braço e o tronco. Esse
tipo de passe é o mais utilizado entre os praticantes
dessa modalidade, ele pode ser efetuado com apoio ou em suspensão.
A seguir mostraremos algumas atividades para execução
do passe de ombro, que podem ser treinadas com alunos dessa
faixa etária.
Formar fileiras uma de
frente para outra, o pé de apoio
será contrário a mão que realizará o
movimento. Já no passe de ombro em suspensão
começaremos a contar as passadas com a perna contraria
a mão que efetuará o movimento, sendo que no
terceiro passo deverá ser executado o salto.
Utilizando a quadra inteira,
formar duas filas no fundo da quadra a uma distância de mais ou menos 4 m um do outro,
ir passando a bola fazendo o movimento do passe de ombro em
deslocamento até atingir o final da quadra. Repetir
o mesmo exercício, com uma variável que seria
sair a uma distancia de 4 m e ir se distanciando até atingir
o final da quadra, depois voltar afunilando até chegar
na posição inicial.7
Exercícios para passe ocupando posições
especificas; ponta, armador lateral e armador central. Os jogadores
deverão realizar os passes nas posições
especificas. Os jogadores das extremidades poderão realizar
um drible para manter o ritmo da atividade. Drible: é a
ação jogar a bola ao chão com a palma
da mão voltada para baixo. A altura da mão e
da bola não deve ultrapassar a altura do peito.Algumas
atividades para o treinamento de uma equipe a nível
escolar serão mostradas abaixo. Usando a quadra de uma
lateral a outra, mostrar ao aluno o movimento do drible e pedir
a execução do mesmo.
Fazer o movimento de uma
lateral a outra em “zig-zag”.
Executar o movimento com o direcionamento do professor, indicando
o lado a que se deve ir quando for dado algum tipo de sinal.7
Fintas: a finta pode ser
realizada com o corpo, com a bola ou com ambos. As fintas
podem ser usadas para se desvencilhar
de marcações, para se executar um passe ou uma
finalização ao gol. ...pela plasticidade do movimento,
alguns atletas fazem a finta em momentos desnecessários
na partida...3. De acordo com a citação acima,
a finta só tem uma ação que se possa tirar
proveito, quando executada no momento certo, pois sem a necessidade
dela, a equipe pode perder o ritmo do jogo, ou até mesmo
ser prejudicada pela perda da posse de bola em algum momento
da partida. Existem vários tipos de finta, a finta de
corpo é feita com uma parada com os dois pés
de frente ao adversário deslocando-se o tronco para
um lado e saindo para o outro. Esse lado que o aluno sai do
adversário geralmente é o lado em que ele faz
o arremesso. ...a finta com a bola é melhor executada
se o indivíduo dominar o fundamento drible.3 Arremesso
para o gol: é atirar a bola a meta do adversário,
antecede o principal objetivo do jogo que é o gol. No
handebol a nível escolar o arremesso tem que ser treinado
de forma especifica, passando para os alunos como direcionar
a bola em locais pré definidos pelo professor. A precisão é um
fator que conta muito nesse fundamento, pois pode suprir a
falta de foca com essa precisão. A força também
pode ser levada em conta, mais não adianta muito sem
a precisão, ou seja, uma depende da outra. São
inúmeras as atividades que se pode trabalhar esse fundamento.
Abaixo apresentamos algumas delas com um nível de complexidade
voltado para a faixa etária em questão.
O aluno se posiciona atrás da linha de fundo da quadra,
paralelo com o goleiro, o aluno que vai fazer o arremesso lança
a bola para o goleiro e corre até o meio da quadra recebendo
a bola do goleiro, efetuando um drible e atirando ao gol.
Formar uma fila em frente
ao gol e efetuar arremessos com os pé apoiados, com um pequeno espaço
de tempo entre um arremesso e outro.
Formar duas fileiras frontais.
As duas fileiras estarão
com bolas exceto o primeiro de uma das fileiras. Este receberá a
bola da fileira ao lado e fará o arremesso ao gol, e
assim a fileira que está com a bola passará a
para a outra.7
Fundamentos de defesa
Os fundamentos defensivos
têm características
básicas sendo elas linhas defensivas, o que cada jogador
pode fazer em sua posição e os tipos de defesa
(individual, por zona ou mixto). Os sistemas defensivos referem-se
os jogadores no espaço de defesa, mas somente isto não
será determinante na efetividade defensiva, no geral
seja qual for o sistema adotado pela equipe a forma de marcação
deverá ser definida em função das características
dos defensores e dos adversários e os objetivos que
se pretende alcançar. O sistema defensivo só terá êxito
se diante de sua aplicação for observado o trabalho
de equipe bem como as funções individuais determinadas
para cada componente.7 De acordo com o que foi citado, os jogadores
deverão ocupar os lugares de acordo com suas potencialidades
e precisão. Qualquer um dos defensores que se comportarem
de uma forma errada durante a defesa, comprometerá a
estratégia traçada pela equipe. Abaixo estão
alguns sistemas mais simples utilizados por equipes nesse nível
de aprendizagem dessa modalidade. Sistema defensivo por zona
6 x 0 na base: Os defensores ficam próximos a linha
dos 6 m, fazendo movimentações laterais. Esse
sistema é muito utilizado contra equipes que tem bons
fintadores e que sua principal ação é a
infiltração, já que a equipe não
tem bons atiradores dos 9 m. Sistema defensivo 6 x 0 avançado:
nesse sistema os alunos estarão nas mesmas posições
anteriores, só que um pouco mais a frente.Outra variável
do sistema defensivo 6 x 0 é faze-lo com flutuação.
Essa flutuação se dá quando o adversário
que está a sua frente recebe a bola, você encurta
a distancia sobre ele e no momento que ele desfazer da bola
você retorna a posição original. Sistema
defensivo 5 x 1: nesse sistema o jogador fica a frente da defesa
atrapalhando a ação dos armadores laterais e
do armador central, fazendo o que chamamos de bico. Sistema
defensivo 5 + 1: é o chamado sistema mixto, porque envolvem
dois tipos de marcação pela mesma defesa, a marcação
individual e a marcação por zona. Esse sistema
consiste em 5 jogadores próximos a linha dos 6 metros
e um jogador exercendo a marcação individual
sobre o jogador de maior destaque da equipe adversária.
Tática
De acordo com o vídeo curso pesquisado, táticas
são ações individuais, de grupo ou de
equipe que podem ser utilizadas para neutralizar as movimentações
ofensivas do adversário, bem como estabelecer os princípios
de atuação ofensiva da equipe.7
Percebemos nessa pesquisa
que os autores citam sempre uma seqüência pedagógica para o ensino da tática.
De acordo com o vídeo curso produzido pelos professores
José Geraldo e Paulo Augusto, são sugeridas fases
para assimilação do comportamento mediante certas
situações. Essa é uma das partes mais
importantes num contexto para a mostrar ao professor que ele
deve obedecer a uma seqüência pedagógica.
Abaixo estão as fases a serem passadas aos alunos.
Primeira fase: Explicar
as ações gerais (verbal,
em forma de gráfico ou pratica).
Segunda fase: Explicar
as ações e funções
de cada jogador.
Terceira fase: Solicitar
explicações individualizadas
das ações e funções que cada um
deve exercer.
Quarta fase: Executar a
tática sem interferência
contrária
Quinta fase: Executar a
tática com interferência
contraria.
Sexta fase: Apresentar
variáveis de intervenções.
Assimilação da tática: aprender: assimilar
mentalmente, entender, compreender. De acordo com o dicionário
, aprender é a capacidade e assimilar as coisas, seja
qual for sua complexidade. O professor pode estimular a inteligência
do aluno propondo um problema e enfatizando a necessidade de
resolvê-lo; se no saber acumulado pelo aluno não
existir a resposta para a questão, terá inicio
o movimento neural. Esse movimento fará com que as inteligências
gerem operações mentais, proponham e descartem
soluções até que resolva o problema.1
Então o papel do professor para que o aluno assimile
as táticas é de total importância no processo
de ensino aprendizagem, criando estímulos para que o
aluno absorva com mais clareza a atividade proposta e a utilize
em situações durante os jogos. A complexidade
das tarefas, e os problemas situacionais durante o jogo, devem
ser entendidas pelo professor de maneira clara, para não
haver dificuldade na hora do processo ensino aprendizagem dos
alunos. Como já vimos anteriormente, é papel
do professor entender o que ele está passando para os
alunos e saber corrigir no momento exato, sem por o aluno num
nível abaixo dele e sim estimulando cada vez mais para
que a tarefa seja realizada com a eficiência desejada.
Em realidade com base nas teorias da ação de
formulou um modelo teórico definido de forma sistêmica
os elementos constitutivos da ação tática
a partir da estrutura do conhecimento técnico tático
do professor.2 Nessa citação Pablo Juan Greco
resume o papel do professor nesse processo cognitivo e de ensino.
Ele coloca também que só o conhecimento básico,
seja ele das regras ou ações durante o jogo não
são suficientes para um sucesso da sua equipe. Os benefícios
físicos podem além de melhorar a performance
do indivíduo dentro de quadra possibilitar que este
tenha também um melhor desenvolvimento físico
fora dela, que o auxiliará nas atividades diárias
e na saúde, podendo inclusive diminuir a incidência
dos riscos, sendo mais duradouros mesmo depois do término
da prática.14 Nessa citação, fica claro
a importância do preparo físico para um bom rendimento
da equipe. Não adianta só aprender as regras
se não tivermos condição física
para aplica-las.
Fundamentos táticos
de ataque
A utilização das qualidades físicas
dos desportistas utilizadas sistematicamente como finalidade última
para a obtenção do objetivo final, o rendimento,
faz ainda mais do ser uma máquina com deslocamentos
combinados e já determinados tirando assim todo o sentimento
de auto iniciativa, tal sentimento a partir de então
foi substituído por regras estabelecidas previamente
de forma que não se pode fazer de outra forma se não
a daquela determinada.12 Essa citação nos permite
perceber que a assimilação dos fundamentos nada
mais é que um processo cognitivo e mecânico. Fundamentos
táticos são ações que podem ser
combinadas ou planejadas durante uma competição,
de acordo com o adversário ou modo de atuar da sua equipe.
As táticas podem ser individuais, em pequenos grupos
ou grandes grupos. O objetivo principal é chegar ao
gol traçando uma estratégia que faça com
que a equipe chegue com mais facilidade ao gol do adversário.
Esses fundamentos referem-se ao posicionamento de atuação
dos jogadores quando estão estrategicamente colocados
para realizar os ataques.7 As táticas podem ser classificadas
de duas maneiras, individual e em grupo.Tática individual: è a
capacidade do jogador de responder pelas atitudes fundamentais
para um bom desempenho durante os jogos, como deslocamentos,
mudanças de direção, formas de marcação,
posicionamento e movimento técnico apropriado.7 Então
chegamos a conclusão que para uma boa resposta o jogador
deverá ter a capacidade de se relacionar com estímulos
ambientais, como torcida, pressão durante o jogo e até mesmo
no caso de contusões. Também está relacionado
com o preparo físico, técnico e mental do aluno.
Por isso, causas as vezes desconhecida pelo professor como
problemas familiares por exemplo, atingem o aluno na hora do
treinamento e da competição.Táticas de
grupo: São ações que ocorrem com pequenos
grupos, onde os alunos muitas vezes optam por tal tática
entre si, sem a ordem do treinador. As táticas de grupo
são muito utilizadas no handebol por serrem menos complexas
que as táticas de equipes. Como exemplos defensivos
de táticas em grupo, podemos falar de ajuda do companheiro,
cobertura, dentre outras. Já as táticas ofensivas,
podemos citar como exemplo o bloqueio, a cortina, etc. Nessa
fase de treinamento não podemos passar atividades de
alta complexidade, devido ao nível cognitivo dos alunos.
Por isso passaremos dois esquemas táticos de ataque
que é o 3 x 3 e o 4 x 2.
Sistema de ataque 3 x 3
Esse sistema é formado por duas fileiras de três,
sendo uma com os armadores laterais esquerdo e direito e o
armador central. Na outra linha devem estar posicionados os
pontas direito e esquerdo e o pivô. Esse sistema é um
dos mais usados por causa da sua fácil compreensão
e assimilação. Mais é um sistema que não
trás muito resultados porque a ação do
time adversário fica muito visível.
Sistema de ataque 4 x 2
Nesse sistema a equipe
jogara com dois armadores laterais, o direito e o esquerdo,
dois pontas, o direito e o esquerdo
e dois pivôs, sendo que um dos pivôs é o
armador central. Se esse armador central não suprir
a função de pivô, ele deverá ser
imediatamente substituído.
Ações táticas
de ataque para dois jogadores:
Falso bloqueio do pivô sobre o marcador do armador esquerdo:
em movimentação ofensiva, o armador esquerdo
executa um deslocamento para o centro aproveitando o bloqueio
do pivô e executa um passe para este.
Fixação do
armador esquerdo para o armador central.
Contra ataque, é uma movimentação ofensiva,
visando chegar mais rápido ao gol do adversário,
pois nesta situação, a equipe adversária
não se encontra estruturada para suas ações
defensivas. Exercício para o contra-ataque: formar uma
fileira no fundo da quadra, passar a bola para o goleiro e
correr até no meio da quadra, paralelamente a linha
lateral sem olhar para o goleiro. Chegando ao meio da quadra,
o aluno deverá olhar para o goleiro e ao mesmo tempo
deslocar-se em diagonal ao centro da quadra para receber a
bola, recebendo-a fazer um drible e atirar em gol.
Tática de equipe Existe a diferenças nas características
morfológicas dos atletas a partir das posições
de jogo.13 Fazendo uma análise e uma comparação
com esse estudo citado, podemos sair na frente de outras equipes
no processo de treinamento, já que podemos direcionar
os alunos com determinadas características para posições
específicas. A tática começa por ai, no
treino e se estende até os minutos finais dos jogos.
Ela é a combinação de ações
que envolvem praticamente toda a equipe. São s articulações
de ataque ou intervenções defensivas, nas quais
os jogadores somam seus recursos táticos, individuais
e de grupo em benefício de uma ação pré-determinada,
mesmo que alguns apenas participem de forma discreta, simplesmente
desviando atenção dos adversários. O estar
unido não significa que uma equipe esteja consciente
e coesa em torno de seus objetivos comuns. Até que ponto
um atleta estaria comprometido com seus companheiros, é um
enigma para todos os analistas e especialistas na área
do esporte. Por ser muito complexa, optamos não passar
nenhuma atividade para não prolongarmos este manuscrito,
deixando aberta as sugestões da continuidade deste.
Conclusão
Concluimos através dessa pesquisa, que os fundamentos
técnicos, as ações táticas defensivas
e ofensivas, sendo trabalhada de uma forma correta, numa proposta
pedagógica que seja voltada para o lúdico, mais
não deixando de fazer o treinamento tradicional, pode
trazer resultados para a equipe e para vida social, escolar
entre outros.
Valores morais como trabalho
em grupo, cooperação,
dedicação também são sutilmente
introduzidos na questão pedagógica. Se os professores
tivessem mais interesse em ensinar o esporte de uma forma que
não seja tão metódica, ele e os alunos
terão prazer em fazer as atividades propostas e com
um grau de assimilação maior e mais eficaz.
Observamos também que a fundamentação
teórica e pratica são fatores de extrema importância
para atingir o objetivo que é não só formar
uma equipe competitiva, mais formar cidadãos que respeitem
as regras impostas no dia a dia e tomem atitudes sensatas.
Também notamos que a importância do professor
em saber transmitir de forma correta e corrigir as atividades
quando estiverem erradas é de essencial importância.
Em nosso ponto de vista, o que falta é o interesse dos
professores em serem bons profissionais, procurando cada vez
mais conseguir seus objetivos trabalhando de forma séria
e com mais compromisso.
Referências bibliográficas
Antunes, Celso. Trabalhando
habilidades, construindo idéias.
v. 5. 2001. pp. 18.
Helena, Heloisa. “O ensino do handebol utilizando método
parcial”. 2006. Artigo
Greco, Pablo Juan. Revisão da metodologia aplicada
ao ensino aprendizagem dos jogos esportivos coletivos. Em:
Iniciação Esportiva Universal: v.2, 1998, pp.
35.
Greco, Pablo Juan. Greco,
P.J. & Benda, (orgs.) Iniciação
Esportiva Universal: v.1, 1998, pp. 39, 54.
Freire, Paulo. Por uma pedagogia da pergunta. 1998. pp. 19.
Freire, Paulo. Pedagogia da Democracia. 1994. pp. 114.
Geraldo, José; Henrique, Carlos; Augusto, Paulo. Vídeo
curso canal 4. 1998.
Álvares Pires, Daniel; Regina Ferreira Brandão,
Maria; Jupir Forner Flores, Lucinar. Situações
de Jogo Causadoras de Estresse em Atletas das Categorias de
Base de Handebol: Uma Abordagem Cross Cultural. Revista Conexões,
Campinas, v. 6, 2008.
Resende de Faria, Elizabet;
Nazari, Juliano; Fagundes Brunelli, Petuccia; Maria de F.
Machado Silva, Sarah; Soares Alves, Tiago.
Entre o “Esporte Institucionalizado” e o “Esporte
Convivência”: Uma estratégia Para o Handebol.
Artigo. Revista Especial de Educação Física – Edição
Digital v.3, n.1, novembro 2006.
Matos Malavasi, Letícia; Vieira Lima, Patrícia;
Tomoaki Kaminizi, Silvio. Artigo Original. Diagnóstico
do Fundamento “Arremesso” na Liga Nacional Masculina
de Handebol 1999.
Olivoto, Robson. Handebol:
uma visão político-crítica
do seu desenvolvimento como desporto. EFDeportes.com, Revista
Digital. Buenos Aires, ano 9, nº 67, dezembro 2003. http://www.efdeportes.com/efd67/handebol.htm
Giordani Vasques, Daniel; Fernando Mafra, Luis; Antonio Gomes,
Bruno; Queiroz Froés, Marcelo; Silva Lopes, Adair. Características
Morfológicas Por Posições de Jogo de Atletas
Masculinos de Handebol do Brasil. Revista da Educação
Física, Maringá, v.19, n.1, p. 41-49, agosto
2008.
Birelli, Ana Paula; Pereira
dos Santos Silva, Sheila. Riscos e benefícios relacionados a prática do handebol.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 11, nº 105,
fevereiro 2007. http://www.efdeportes.com/efd105/riscos-e-beneficios-relacionados-a-pratica-do-handebol.htm
Simões, Antnio Carlos; Hata, Mário; Rubio, Kátia.
Dinâmica das Relações Grupais: Análise
Sociométrica de uma Equipe de Handebol.