ALTERAÇÕES
DA COLUNA VERTEBRAL
Antes
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Depois
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HIPERCIFOSE é aumento da curvatura da região
dorsal, ou seja, é o aumento da convexidade posterior no plano sagital,
podendo ser flexível ou irredutível.
Podemos classificá-la como sendo postural, Scheuermann
(osteocondrose espinhal), congênita, traumática , metabólica,
inflamatória - mal de Pott (TBC), tumoral e outras.
O aumento da curvatura cifótica promove alterações
anatômicas ocasionando o dorso curvo, gibosidade posterior, encurtamento
vertebral e pode ocorrer déficit respiratório, por reduzir a capacidade
de sustentação da coluna vertebral e também a diminuição
da expansibilidade torácica.
A cintura escapular torna-se projetada à frente, com
deslocamento das escápulas para baixo e para frente. A musculatura peitoral
torna-se hipertônica e a dorsal hipotônica. A cabeça é projetada à frente
da linha de gravidade, ocasionando uma hiperlordose cervical.
Toda hipercifose, de um modo geral, tem sua lordose compensadora,
cervical e lombar, para dessa forma poder manter a sustentação
do corpo mesmo que descompensada.
A cifose postural é muito comum na adolescência,
tanto nos meninos como nas meninas. Estes adquirem maus hábitos no sentar,
andando, estudando e até mesmo em pé. No adulto, em mulheres idosas,
a cifose pode aparecer devido a osteoporose, cujas vértebras em conseqüência
de uma rarefação ósseas, ficam fracas ou em forma de cunha.
Também localizamos a cifose na adolescência em meninos altos,
como forma de inibir-esconder sua estatura, para não se destacar perante
os colegas de mesma idade. As meninas com mamas muito grandes também
adotam uma postura cifótica com o objetivo de escondê-las. No
entanto, se estes adolescentes não receberem uma orientação
a tempo e adequada, a cifose que inicialmente é postural, pode tornar-se
estrutural.
O tratamento para cifose postural apresenta bons resultados
quando ainda não temos deformidades estruturais nos corpos vertebrais
e o mesmo deve ser realizado ainda na fase de crescimento da criança.
A cifose pode localizar-se na região dorsal, dorso-torácica
e toracolombar. Neste último caso, encontraremos uma retificação
da lordose lombar, contribuindo para a redução da mobilidade desta
região.
HIPERLORDOSE é aumento da
curva na região cervical ou na região
lombar, ou seja, acentuação da concavidade
cervical e/ou lombar no plano sagital. A hiperlordose
lombar está associada a uma anteversão
da pelve (báscula pélvica anterior) que
não deve exceder a 20º, pois angulações
maiores que esta, já estará caracterizando
uma acentuação da lordose lombar e consequentemente
um realinhamento de todas as outras curvas da coluna
para uma compensação.
Estudos comprovam que a anteversão da pelve está associada
a um desequilíbrio dos músculos abdominais e glúteos, que
estão enfraquecidos e na musculatura lombar que se apresentará encurtada.
Já a retificação da lordose lombar, está associada
a retroversão da pelve, originando uma costa plana, com diminuição
da mobilidade.
A hiperlordose cervical é caracterizada pela proeminência
da cabeça associada a hipercifose, caracterizando um pescoço mais
alongado à frente. A retificação da lordose cervical caracteriza-se
pela diminuição da lordose e consequentemente um pescoço
reto, com diminuição da mobilidade cervical.
A hiperlordose lombar é mais encontrada em mulheres
devido aos saltos altos, ginástica olímpica e a própria
postura feminina.
ESCOLIOSE é um desvio assimétrico,
lateral da coluna vertebral, resultado da ação
de um conjunto de forças assimétricas
que incidem sobre a coluna.
Possui várias classificações, são
elas: Idiopática (causa desconhecida) - infantil, juvenil e adolescente,
Congênita - falha na formação dos ossos e na segmentação,
Neuromuscular - poliomielite, paralisia cerebral, distrofia muscular e outros,
Traumas - fraturas, cirurgias e queimaduras, Fenômenos irritativos - tumores
medulares, hérnia-de-disco e posturais - má postura "falsa
escoliose".
O termo idiopática é usado pelos médicos
para designar qualquer doença, desvio postural que tem causa desconhecida,
que não apresenta nenhuma anormalidade óssea ou neuromuscular.
Uma curva escoliótica pode evoluir até 18 anos,
no entanto deve ser realizado pelo médico responsável um exame
que verifica a idade óssea e se ainda há crescimento. Enquanto
houver crescimento a curva poderá evoluir.
A escoliose pode apresentar suas curvas em uma única
curvatura ou mais. Apresentam convexidades para a esquerda ou para a direita,
abrangendo uma ou mais regiões da coluna. Quando apresentam curvas compensatórias
formam um "S" ou um "S invertido". Foram definidas por Cobb
como sendo Primárias (maiores - as primeiras) ou secundárias (menores
- curvas de compensação). A curva primária é a que
determina as alterações da estrutura óssea ligamentar, nervosa
e muscular no segmento da coluna onde ela se localiza, portanto é a curva
em que devemos dar maior ênfase em nossos alongamentos e exercícios
de compensação.
A curva primária tende a se tornar estruturada quando
não compensada no início através de alongamentos, podem
tornar oblíquas as linhas horizontais do olho e da pelve, obrigando a
pessoa a adotar uma posição antifisiológica para compensar
essa obliquidad. A secundária, como são curvas menores e apenas
de compensação são mais flexíveis e fáceis
de serem corrigidas. No entanto, não podemos nos esquecer que, quanto
maior a curva primária, maior a secundária.
As alterações anatômicas que podemos encontrar
em uma coluna escoliótica são: rotação vertebral
, saliência nas costelas, encurtamento vertebral e gibosidades.
Podemos encontrar a escoliose na região cervical, torácica,
toracolombar, lombar ou abranger toda a extensão da coluna formando um
grande "C".
Para sabermos se a curva da escoliose é uma curva estrutural
ou funcional, fazemos uma flexão lateral contra a concavidade da curva,
ou seja, uma inclinação para o lado da convexidade. Se no movimento
a curva retificar, poderemos afirmar que ela é funcional, se não
retificar, estrutural.
COSTA PLANA é um desequilíbrio que se caracteriza
pela retificação das curvas
fisiológicas, ou seja, diminuição das angulações
das lordoses lombar e cervical e das cifoses dorsal e sacral. Diante deste
desequilíbrio, as curvaturas responsáveis pela dissipação
das forças proveniente da ação da gravidade são
diminuídas, e consequentemente ocorrerá em determinados pontos
da coluna, uma maior incidência de sobrecarga, ocasionando dores, perda
da mobilidade e um desequilíbrio postural geral como forma de compensação.
Com a retificação das curvas surge o dorso achatado
com tendência a se tornar rígido e dores dorsais refratárias.
Para este desequilíbrio, necessitamos readquirir a mobilidade, promover
alívio das dores, e aumento das curvas fisiológicas.
Profª Ms. Érica Verderi - FEFISO/ACM
verderi@cy.com.br
Site: www.programapostural.com.br