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Inicie dos exercícios mais simples para os mais complexos,
principalmente com crianças. Comece com exercícios
em pequenos grupos e espaços e vá aumentando
gradativamente de acordo com a assimilação
e o amadurecimento dos atletas. Segundo TRAPATTONI (1999)
o técnico deve, no início, estabelecer exercícios
com regras simples e claras na construção de
um time.
- Pense e elabore exercícios que se aproximem da realidade
do jogo.
- Principalmente no treinamento com crianças, a variação
dos exercícios é de extrema importância.
Os exercícios devem ser baseados em formas de jogo que
possibilite o desenvolvimento de várias capacidades
ao mesmo tempo.
- Crie exercícios que obriguem os atletas a desenvolver
a criatividade e a inteligência do jogo, ou seja, criar
situações-problema.
- Desenvolver no atleta atividades que o obrigue a achar soluções
próximas a realidade do jogo. TRAPATTONI (1999) concorda
que o técnico deve fornecer exercícios que exijam
que os jogadores achem as soluções para resolvê-los.
SANTOS FILHO (2002) coloca ainda que fornecer aos atletas exercícios
que os obriguem a tomar decisões dotará o atleta
de melhores condições de desempenho durante as
partidas.
- Criar não só dificuldade física, mas
também mental.
- Evitar atividades fechadas que não desenvolvam a criatividade
e o improviso “consciente”.
- O técnico deve criar exercícios em função
do que ele observou durante as partidas.
- Escolher o sistema tático em função
da qualidade e características dos jogadores.
- Procure adotar esquemas e táticas de fácil
assimilação ao nível de seus atletas.
Muitos treinadores inventam fórmulas mirabolantes e
acabam por confundir os atletas e não conseguir seus
objetivos.
- Não utilizar durante os jogos o que não foi
treinado durante a semana, a menos que seja numa situação
inesperada. Aqui entra o improviso e a criatividade do atleta.
- É importante estudar o esquema do adversário,
para tentar neutralizar seus pontos fortes e atacar seus pontos
fracos.
- Os exercícios táticos para o ataque devem iniciar
em pequenos espaços com pequenos grupos (3 X 2; 3 X
3; 4 X 3; 5 X 5 etc.). À medida que os atletas forem
se desenvolvendo utilize espaços grandes com 11 X 11.
- É importante ensinar os atletas a jogarem sem bola.
O atleta deve saber tocar a bola e avançar para recebê-la
em condição de dar prosseguimento a jogada. Esse é um
erro muito comum no futebol em categorias de base, o jovem
atleta após passar a bola, para e se torna um espectador
do jogo. O técnico deve ensinar os atletas a se posicionarem
em diagonal para receber o passe.
- Evitar passes laterais na armação ofensiva.
- O treinamento da marcação deve colocar os jogadores
em situações próximas da realidade do
jogo.
- Os técnicos/professores devem sempre enfatizar a roubada
de bola sem a utilização da violência.
O técnico/professor deve instruir seus alunos a tentar
roubar a bola em pé, ou seja, evitar os carrinhos, evitar
jogar sentado.
- Os treinamentos de marcação devem colocar os
jogadores em situações individuais e coletivas.
- Crie exercícios em pequenos espaços para treinar
a marcação individual.
- O técnico deve posicionar a sua equipe defensivamente
a sua maneira e treinar, a princípio, sem adversário
para que os atletas assimilem o seu posicionamento básico.
- É importante instruir e posicionar os atletas na marcação
sem bola. O professor deve ensinar como o atleta deve observar
o deslocamento do adversário.
- Não deixe os atletas perderem a concentração
defensiva, ou seja, o atleta deve estar o tempo todo atento
no deslocamento dos adversários e no posicionamento
da bola.
- A maioria dos gols ocorre por falha da defesa, individual
ou coletiva. Normalmente esses gols ocorrem por desatenção
e falta de concentração.
- O técnico deve implementar durante os treinamentos
todos os tipos de marcação, de pressão,
cobertura, linha de marcação que achar necessário. É um
erro comum os técnicos falarem para os atletas que querem
esse ou aquele tipo de marcação, mas não
treinarem isso.
- Deve-se estabelecer um padrão tático, uma forma
organizada de jogar, mas nunca coibir os atletas de usarem
o improviso e a habilidade.
Para MICHELS (2001) quando se pretende jogar com um estilo ofensivo, deve-se
iniciar o desenvolvimento desse sistema nas categorias de base. A filosofia e
o sistema de jogo exigem tempo de treinamento. Deve-se controlar o oponente se
quiser jogar num estilo ofensivo. Afirma ainda que a construção
de um time deve começar pelo setor defensivo.
Com equipes de semelhante nível técnico, a partida será decidida
nos detalhes, portanto é necessário observar tudo que está a
sua volta. O técnico deve se preparar para todas as eventualidades.
O técnico deve preparar sua equipe para todas as situações
possíveis. Jogar com um a menos, jogar com um a mais, jogar contra equipe
que marca pressão ou meia-pressão e outros. Quando mais o técnico
visualizar alternativas para as dificuldades e os erros que possam ocorrer durante
a partida, mais recursos sua equipe terá para solucionar os problemas.
O técnico não deve cobrar nunca dos jovens atletas o que eles não
planejaram, estudaram, vivenciaram, ensaiaram, aprenderam e treinaram durante
as sessões de treinamento. Aquela frase antiga de que “jogo é jogo
e treino é treino”, não se encaixa mais no futebol moderno.
O jogo é o reflexo do treino. Os atletas só fazem em jogo o que
fizeram nos treinamentos.
Referências:
MICHELS, Rinus. Teambulding: the road to success. Spring City: Reedswain, 2001.
SANTOS FILHO, José Laudier Antunes. Manual de futebol. São Paulo:
Phorte, 2002.
TRAPATTONI, Giovanni. Coaching high performance soccer. Spring City: Reedswain,
1999.