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Seg, 12/1/09 7:46

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

TERMORREGULAÇÃO
Autor: Profa. Linda Moreira (ver currículo)

   Somos seres homeotermos, já que mantemos nossa temperatura corporal constante (em torno de 36,5 e 37°C). Exercícios em ambientes muito quentes ou frios geram uma sobrecarga corporal, pois o organismo além de se preocupar com o exercício terá que regular a perda ou ganho de calor.

   Trocamos calor das seguintes maneiras:
Condução – contato de uma superfície com a outra; ex: a mão quente que pega um copo frio;
Convecção - o movimento de um gás ou líquido tira o calor de uma região;
Radiação – é a principal forma de troca de calor durante o repouso; raios infravermelhos (termograma);
Evaporação – é a principal forma de troca de calor durante o exercício.

  O suor nada mais é do que um mecanismo de defesa do organismo, pois junto com moléculas de água nosso corpo libera calor para o meio externo. O aumento da umidade dificulta a transpiração, por isso, há que se tomar muito cuidado com a prática de atividades físicas em ambientes muito úmidos.
  Hipotálamo – é a região do cérebro que contém o centro regulador da temperatura; controla os termorreceptores centrais (informam sobre a temperatura do sangue) e periféricos (informam sobre a temperatura da pele).

   O que altera a temperatura corporal:
Glândulas sudoríparas (produzem o suor para liberar o calor)
Músculos (o tremor é uma tentativa do organismo de produzir calor)
Glândulas endócrinas (no frio, liberam hormônios como as catecolaminas: noradrenalina e adrenalina, e também o hormônio tiroxina, que é capaz de acelerar em até 100% o metabolismo)

   Sobrecarga cardiovascular: exercícios em ambientes muito quentes sobrecarregam o coração, pois ao mesmo tempo em que se precisa de sangue irrigando os músculos que estão sendo usados, precisa-se de sangue para levar o calor até a pele para, então, ocorrer a evaporação e, com isso, haver o controle da temperatura corporal. Assim, fazer exercícios em ambientes muito quentes promove uma competição entre a pele e os músculos, fazendo o coração trabalhar muito mais (aumento da FC) para tentar suprir os dois sistemas.
   Um ritmo acelerado de sudação reduz o volume sanguíneo. Dessa forma, o volume de sangue que abastece os músculos durante o exercício e que previne a acumulação de calor, é limitado; logo, o atleta diminui seu rendimento. Isso ocorre principalmente nos esportes de resistência.

   Transtornos relacionados com o calor e a atividade física: cãibras /síncope por calor (fadiga extrema, vertigem, dores de cabeça ,vômitos, desmaios, hipotensão/golpe do calor (pode ser fatal; temperatura de 40º C, pele seca e quente, parada da transpiração, inconsciência, coma, morte).
   Cuidado! Se ao fazer exercícios em ambiente quente, o atleta sentir frio de repente, com arrepio da pele, deve-se interromper o exercício imediatamente e providenciar um banho frio com hidratação do indivíduo. O sistema termorregulador do organismo pode ter se confundido e acredita que é preciso aumentar a temperatura corporal ainda mais, o que pode até levar o atleta á morte.

   Cuidados para se evitar a hipertermia:
Hidratação / Roupas adequadas / Em ambientes muito quentes ou úmidos, reduzir a intensidade do exercício.

  Exercícios em ambientes frios:
O corpo dispõe de alguns artifícios para evitar a perda de calor: tremor, termogênese, vasoconstrição periférica.
Pessoas com maior quantidade de tecido adiposo perdem menos calor.
O vento aumenta a perda de calor por convenção e condução.
A água fria acelera a perda de calor por condução em cerca de 25 vezes. Considerando todos os fatores (radiação , condução, convecção, evaporação), na água o corpo perde calor quatro vezes mais depressa do que fora dela.

   O esfriamento produz:
Debilidade no sistema contrátil da musculatura;
Aumento do tempo de reação;
Dificuldade de coordenação;
Aumento do gasto energético pelo aumento da secreção das catecolaminas.

BIBLIORAFIA:
WEINECK,Jurgen. Manual de treinamento desportivo.São Paulo: Manole,1989.
BOMPA,Tudor. Periodização : Teoria e metodologia do treinamento . 4ª edição. São Paulo; Phorte, 2002.

 

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