Autoria: José Nunes da Silva Filho*
Data de Publicação: 20/10/2013
RESUMO
Na atualidade, a obesidade tem sido considerada como um dos maiores problemas de saúde pública mundialmente, chegando a ser considerada uma doença, e esta que desencadeia inúmeras outras doenças sistêmicas, e com estes dados alarmantes, fica nítido que se precisa que medidas de prevenção sejam tomadas. E o objetivo deste estudo é demonstrar que a prática habitual de atividades físicas em específico o treinamento de força, atua de forma conjunta com outros fatores resultando numa melhora significativa na redução da porcentagem de gordura corporal de forma segura, quando aplicado com estratégias que otimizam na perca de gordura e colabora para permanência ou aumento da massa magra. Após o levantamento bibliográfico, e um grande número de estudiosos pode-se afirmar que o treinamento de força promove esses resultados quando periodizados corretamente. Conclui-se, que sem recursos cirúrgicos, farmacológicos e outros procedimentos que venham prejudicar a integridade física destes, mas apenas, numa conscientização e disciplina dos envolvidos, certamente, os resultados serão satisfatórios.
Palavras-chave: Treinamento de Força, Emagrecimento, Saúde.
ABSTRACT
Strength training and its benefits aimed for a healthy weigh
Nowadays, obesity has been regarded as one of the major public health problems worldwide, eventually being considered a disease, and that this triggers numerous other systemic diseases, and with these alarming data, it is clear that preventive measures need to be taken. And the aim of this study is to demonstrate that the practice of physical activities in specific strength training, acting jointly with other factors resulting in a significant improvement in reducing the percentage of body fat safely, when applied with strategies that optimize the lose fat and helps to stay or increase lean body mass. Following the literature, and a large number of scholars can say that strength training promotes these results when periodized properly. It is concluded that without surgical resources, pharmacology and other procedures that may affect the physical integrity of these, but only in an awareness and discipline those involved, certainly, the results will be satisfactory.
Key words: Strength Training, Weight Loss, Health.
INTRODUÇÃO
Atualmente o número de pessoas sedentárias cresce de forma avassaladora, e obtendo números alarmantes de pessoas inativas, chegando a ocupar segundo o Ministério da Saúde, cerca de 18 milhões de pessoas, ou seja, 14% dos brasileiros estão enquadrados nestes levantamentos (CONFEF, 2012).
Portando, vale ressaltar, que o sedentarismo junto com maus hábitos alimentares, tem total influência para o acúmulo excessivo de gordura corporal, e por consequência adquirir um estado de obesidade (Simão, 2007)
E não obstante, foram mensuradas
na categoria sobrepeso diversas faixas etárias,
vejamos que segundo IBGE no Brasil: 30% das crianças entre 05 a 09 anos de idade, cerca de 20% da população
entre 10 e 19 anos, e nada menos que 48% das mulheres e 50,1%
dos homens acima de 20 anos (CONFEF, 2012).
E, em virtude destes dados catastróficos
acima citados, este material visa mostrar, e exemplificar o
quão seria benéfico os exercícios anaeróbios,
em específico Treinamento de Força (TR) sistematizado,
com uma metodologia voltada para a redução da
porcentagem de gordura corporal. Tendo em vista, que há/havia
certo preconceito voltado ao treinamento anaeróbio (mais
especificamente a musculação), quanto ao emagrecimento,
tendo em outrora, o treinamento aeróbio, o único
exercício tido como santo remédio para
a diminuição do índice de gordura corporal.
O presente estudo foi uma revisão sistemática a qual segundo Berwanger e colaboradores (2007) sintetiza os resultados, com estratégia de diminuir ocorrência de erros.
MATERIAS E MÉTODOS
Foi feito uma revisão com livros e artigos nacionais e internacionais, para busca científica, foi utilizada a Biblioteca Digital da Central de Cursos da Universidade Gama Filho, a qual contém publicações: Nature, PubMed Americana e Britânica, REDALYC e Scielo, e também em alguns locais específicos de busca como: Grupo de Estudos avançados em Saúde e exercício (GEASE); Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano; Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento (RBONE); Portal da Educação; Revista Brasileira de Medicina do Esporte; Revista Brasileira de Prescrição de Exercício e Fisiologia do Exercício (RBPFEX), e a seleção destes foram feitas respeitando datas de publicações posteriores ao ano 2.000.
A busca foi feita de Nov/2012 a Jan/2013 com os termos-chave nos idiomas português e inglês, incluindo: 1) Treinamento de Força e Emagrecimento, e 2) Strength Training and Weight Loss, foram encontrados 32 artigos e após um Skimming citado por Lakatos e Marconi (2003) para obter a tendência geral do estudo sem entrar em minúcias, foram selecionados 15 artigos, juntamente com 13 livros sobre o tema os quais foram usados como base na fundamentação do estudo.
Quadro
1 - Livros e Artigos de revistas selecionados: (VER ANEXO EM PDF PARA LISTA COMPLETA)
Situação atual
do sedentarismo e obesidade
Ao direcionar seus holofotes sobre a situação
atual do Brasil em relação ao sedentarismo, Estatística
sobre sedentarismo e obesidade, o Ministério da Saúde
(2012), comprova que há um número indubitavelmente
de pessoas inativas, tendo por média 14% dos brasileiros
adultos, ou seja, 18 milhões de pessoas totalmente sedentárias
no país, dados catalogados pela pesquisa Vigilância
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas, (CONFEF, 2012). Ainda na mesma linha, segundo
a Organização Mundial da Saúde trás
dados também muito alarmantes, mostrando que 31% dos
adultos acima de 15 anos, não são suficientemente
ativos, e não obstante, além disso, transparece
que 3,2 milhões de mortes anualmente são atribuídas à falta
de atividade física suficiente, enquadrando o sedentarismo,
no quarto (4º) maior fator de mortalidade global.
E, quando se fala em pessoas inativas, ou insuficientemente ativas, fica obvio correlacionar isso com o excesso de tecido adiposo, excesso de peso, e indivíduos até mesmo enquadrados nos níveis de obesidade, que sem dúvida é um fator que vem crescendo de forma avassaladora, e causando doenças sistemas, e diversos problemas que afetam a saúde e bem estar de milhões de pessoas.
E mesmo ao se falar dos altos níveis em acumulo de gordura corporal, os números não também permanecem altos, tendo em vista que segundo Simão (2007), [...] Cerca de 37 milhões de Norte-Americanos apresentam 20% ou mais de excesso de peso com relação ao desejado;. Já para Gomes e Meirelles (2004) mostraram que, no Rio de Janeiro, 44% dos homens e 33% das mulheres na faixa etária de 26 a 45 anos apresentam sobrepeso ou obesidade.
Com estes dados, torna-se evidente, que há um grande número de pessoas acima do peso ou acima das porcentagens taxadas como ideais pelos estudiosos, e definidas como padrões de normalidades. O que baseado em Pollock e Wilmore (1993) citado por Simão (2007), denomina obesidade como o aumento excessivo de gordura corporal, e também mostram que os grandes estudiosos, estipulam um padrão que acometem quando extrapolam os porcentuais de gordura de seu peso total. Tendo como estabelecido em 20% de gordura para os homens e 30% de gordura para as mulheres.
Veja também, logo abaixo (Quadro 2), o que segundo Arruda (2004) segue na íntegra os padrões para porcentagens de gordura ideal e seus excessos.
E, já que o sobrepeso e a obesidade vêm crescendo cada vez mais estatisticamente, torna-se necessário a busca pela criação de parâmetros que possam de alguma forma gerar mudanças significativas contra estes dados alarmantes. Com isso, espera-se que atividade física, entre como fator ímpar neste trabalho, pois, considerando o que diz o CONFEF (2012), Arruda (2004), Guedes (2007), Santarém (2012) e Simão (2007) o nível de atividade física é dentre outros fatores, um dos mais importantes para prevenção e tratamento da obesidade, e sendo assim, não se resta dúvidas, que quando bem sistematizado, torna-se fundamental para contribuir no emagrecimento.
Portanto, como já bem fundamentado nos fatos acima mencionados, cujo demonstrou que a atividade física num caráter geral contribui para o emagrecimento, busca-se a seguir, exemplificar como o exercício físico de treinamento de força pode ser tão benéfico para que ocorra um emagrecimento de forma mais segura e harmoniosa.
Quadro 2 - Definições
de obesidades e excesso de peso segundos testes citados
Medida
|
Excesso de Peso |
Obeso |
Índice de Quatelet ou índice de Massa Corporal |
>25% |
>30% |
Tabelas de Peso-Altura |
10-20% acima do peso recomendado p/ altura |
>20% acima do peso recomendado p/ altura |
Composição
Corporal |
Homem Adulto
18-20% de gordura
Mulher Adulta
27-30% de gordura |
Homem Adulto
>20% de gordura
Mulher adulta
>30% de gordura |
Proporção Cintura/Quadril |
Homem adulto >1.0 |
Mulher adulta >0.85 |
Treinamento de força: conceitos e benefícios gerais
De forma geral, diga-se que o treinamento de força, consiste na realização
de certos exercícios que utilizam a contração voluntária
da musculatura esquelética contra alguma forma de resistência, que
pode ser conseguida por meio do próprio corpo, pesos livres ou máquinas
(ACSM, 2002; Fleck e Kraemer, 2006; Lopes (2008) citador por Francischi, Pereira
e Lancha Junior, 2001).
Afirma-se que o treinamento de força vem crescendo dia pós dia
devido estar-se mostrando como um percussor incontestável de saúde,
viabilizando tanto a prevenção, quanto o tratamento de várias
doenças sistêmicas ou não.
De uma forma global, ao deixarmos de lado os objetivos atléticos, observa-se
que há um grande número de pessoas procurando as academias, visando
a priori uma preparação física, pois, vem sendo pelos estudiosos
cada vez mais indicado o treinamento de força, por que este, além
de induzir o aumento de massa muscular, a musculação contribui
para a aptidão física, melhora da capacidade metabólica,
estimulando a redução da gordura corporal; aumento de massa óssea,
leva a mudanças extremamente favoráveis na composição
corporal; propiciam as adaptações cardiovasculares necessárias
para os esforços curtos repetidos e relativamente intensos; e melhoram
a flexibilidade e a coordenação, além de contribuir para
evitar quedas em pessoas idosas (Santarém, 2012).
Treinamento de Força: fundamentos para um emagrecimento saudável
Embora, acima citado que a atividade física age como um fator ímpar
para inúmeros casos e doenças, nesta parte, lidar-se-á especificamente
com o potencial significativo que o treinamento de força tem quando bem
planejado e sistematizado para o emagrecimento saudável. Levando como
base inúmeros autores renomados que pregam que tais resultados são
efetivos quando corretamente planejados.
Inicia-se tal capítulo citando Fleck e Kraemer (2006), quais confirmam
que o treinamento de força vem contribuir de forma significativa para
a redução da porcentagem de gordura corporal, já que há uma
elevação do metabolismo devido aumento da massa muscular, já que
com isso, há um aumento no gasto energético consequente da oxidação
de calorias.
Para entender melhor sobre como acontece fisiologicamente o gasto calórico
e o emagrecimento, deve-se ater a quais mecanismos levam a tais resultados metabólicos,
por tanto, é necessário entender, que só “há três
formas de se gastar calorias: a) as utilizadas no metabolismo basal, b) às
necessárias para digerir alimentos, c) e as consumidas na contração
muscular”, e que ao mensurá-las, observa-se que o metabolismo basal é responsável
por cerca de 70% do gasto calórico, devido fazer parte das calorias destinadas
para manter as funções celulares de todo organismo, porém,
fica nítido que elevando a taxa de metabolismo basal, certamente elevar-se-á o
gasto calórico e, com isso, contribuindo ainda mais para o emagrecimento
(Santarém, 2012).
Superficialmente, é correto afirmar que toda e qualquer
atividade física, contribui para um emagrecimento, tendo
em vista que todas provocam um gasto de calorias maior do que
quando em repouso. Sendo assim, fica possível mencionar
que o treinamento de força por agir significativamente
no aumento de massa muscular, e consequentemente contribuir ainda
mais com o aumento do metabolismo basal, vem ser um fator ímpar
para o emagrecimento saudável, tendo como base estudo
feito por Willians e colaboradores (2007) citado por Santarém
(2012), que estimam que o aumento de 1 a 3 kg de massa muscular
pode levar, isoladamente, à perda de 1 a 2 kg de gordura
por ano em função do aumento da massa muscular.
Treinamento de Força e o consumo de oxigênio pós-exercício
Não obstante, nas ultimas décadas surgiu outro
mecanismo que vêm sendo estudado, e que ladeia na comprovação
da veracidade do treinamento de alta intensidade para contribuição
significativa do emagrecimento saudável, esta linha de
estudo é chamada de EPOC, que é uma sigla americana
que significa (Consumo Excessivo de Oxigênio Pós-Exercício),
esta que ganha bastante significância devido avaliar as
respostas fisiológicas em indivíduos após
as sessões de treinamentos, tendo em vista que os níveis
de oxigênio não retornam aos seus valores normais
imediatamente ao termino dos exercícios.
Para Poelhman e Melby (1998), Carnevali Junior., Lima e Zanuto
(2011), Gass e colaboradores (2004) citados por Foureaux; Pinto
e Dâmaso (2006), o treinamento resistido atua de maneira
significativa para o emagrecimento, e seus resultados são
oriundos devido aumento da oxidação de gordura
em resposta aguda ao exercício, onde o organismo busca
poupar glicose objetivando repor seus estoques de glicogênios
que foram depletados durante o exercício intenso. E, Além
desses fatores, o exercício de maior intensidade está associado
com maior ressíntese de hemoglobina e mioglobina e parece
estar associado também de forma inversa com as taxas de
obesidade.
Alguns estudos demonstram que a intensidade do exercício
está diretamente correlacionada com o EPOC, tendo em vista
que para Foureaux, Pinto e Dâmaso, (2006) a duração
do exercício correlaciona-se apenas como o tempo de duração
do EPOC, porém, a intensidade do exercício, contribui
tanto para a duração quanto para magnitude do EPOC,
gerando uma hipótese de que quanto maior a intensidade
do exercício, mais tempo e mais significativo seria o
consumo de dioxigênio pós-exercício.
Outros pesquisadores também fundamentam que o treinamento
anaeróbio causa um aumento significativo no EPOC, onde
com estudos conseguiram visualizar que a magnitude e a duração
do (EPOC) parecem depender diretamente da intensidade e da duração
da sessão de treinamento Segundo Tahara (2008); Borshein
e Bahr (2003) citado por Oliveira (2012); Neto e Farinatti (2009);
Gomes e Meirelles (2004), Phillips e colaboradores (1998) citado
por Graves e Flankin (2006), com isso, suponha-se que o treinamento
de força traz grandes resultados num programa de emagrecimento,
tendo em vista que o principal substrato energético usado
no EPOC segundo Lima (2011), vem do metabolismo lipídico,
o que também foi reforçado por Nakamura e colaboradores
(2006).
Levantamento de dados originais
Estudos originais vêm demonstrando tais afirmativas, e
não deixando resquícios de dúvidas do quão
o TF é aconselhável, quando se visa um emagrecimento
de forma sistematizada e saudável.
Hipoteticamente, sugere-se que o TF quando voltado para o emagrecimento
saudável, poderia respaldar-se em tais estudos: ACSM (2002),
que durante vinte semanas analisou um grupo fazendo TF e um grupo
controle e observou-se que o grupo que executou o TF perdeu 6,3%
da porcentagem de gordura corporal, aumentando sua massa magra
em 2,8%. Já Batista e Barbosa (2006), ao estudar 24 homens
por 10 semanas com TF de 60% de 1RM notou que aconteceu uma perda
de gordura corporal de 12% tendo um aumento de 02% na massa livre
de gordura.
CUENTA e colaboradores (2008) ao analisar
homens e mulheres durante 12 semanas visualizaram perdas de 6,
45% de gordura corporal,
e aumento de 2,68% de ganho de massa magra nos homens, já nas
mulheres não houve alterações na massa magra,
porém, perderam 7,29% de gordura, mostrando que além
do exercício auxiliar na perda de gordura, isso ocorre
de forma saudável, donde não ocorre perda de massa
livre de gordura.
Para BURLESON (1998) citado por
Foureaux, Pinto e Dâmaso
(2006), após analisar quinze mulheres e os efeitos agudos
de exercícios aeróbios e resistidos durante vinte
e sete minutos, mensuraram o gasto energético até 01h30min
após os exercícios, e com isso, criam uma afirmativa
que o treinamento resistido pode provocar um gasto energético
maior no EPOC, mesmo quando feitos com VO2 e durações
equivalentes.
Um estudo de dez semanas com um adolescente
obeso de dezesseis anos feito por Póvoas, Campos e Navarro
(2007) que utilizaram de um TF sem restrição alimentar,
provocou no avaliado, uma redução de 3,40% na gordura
corporal. Também
Dutra, Nied e Liberali (2008), acompanhando dezoito homens durante
três meses, colhendo resultados magníficos no que
se refere a perda de gordura corporal através do TF, chegando
a redução de 19,08% e para frisando ainda mais
o quão é saudável o TF para o emagrecimento,
o grupo ainda elevou em 1,47% a massa magra.
Grandes resultados também obteve
Evans (2006) que após
avaliar mulheres, homens e idosos, acabou confirmando que o TF
colaborou após doze semanas de treinamento, com o aumento
de 15% do gasto calórico devido a taxa de metabólica
basal, e paralelamente a isto, observou uma perda de 04% na porcentagem
de gordura corporal destes.
E com isso, vem-se comprovando que não
somente o treinamento aeróbio contribui para o emagrecimento
segundo Junior e Ramalho (2003), e que o TF além de contribuir
para tal, pode evitar problemas relacionados com a perda de peso
magro,
o que é muito comum quando programa-se apenas com treinamento
aeróbio (Fleck e Kraemer, 20079. Outra estratégia
que também se mostra significativa para um emagrecimento
saudável baseando em Generoso, Navarro e Navarro (2009) é usar
tanto o treino aeróbio, quanto o TF, pois, após
acompanhar dois indivíduos, um hipertenso, outro hipertenso
controlado, houve redução do índice de massa
corporal (IMC) de 53,30 para 38,33 no primeiro, e de 39,80 para
29,83 no segundo caso, após doze meses de treinamento.
Quadro
3 - Relacionado ao Treinamento de Força e o emagrecimento saudável. (VER
ANEXO EM PDF PARA LISTA COMPLETA)
Confirma-se que com o TF quando periodizado, numa média
de 03 a 05 vezes por semana, variando entre 08 a 15 exercícios,
com 03 séries de 08 a 15 repetições dentre
as intensidades de 60 até 80% de um 1RM, aproximadamente
01h/dia num período de no mínimo 08 semanas até 12
meses, pode acarretar melhorias mensuráveis para um
emagrecimento saudável, tendo em vista, que proporciona
uma diminuição da porcentagem de gordura corporal
que varia entre 3,40%, podendo chegar até 19,08%, e
ao mesmo tempo, pode manter, ou até elevar a massa magra
em até 2.68%, (ACSM, 2002; Batista e Barbosa, 2006;
Cuenta e colaboradores, 2008; Burleson e colaboradores (1998)
citado por Foureaux, Pinto e Dâmaso, 2006; Póvoas,
Campos e Navarro, 2007; Dutra, Nied e Liberali, 2008; Evans,
2006; Generoso, Navarro e Navarro, 2009).
Portanto, conotou-se que o TF pode assumir aspectos tanto preventivos
quanto terapêuticos no que se refere ao controle de sobrepeso
e obesidade.
CONCLUSÃO
O treinamento de força refere-se a uma modalidade de
atividade física, com um grande número de variáveis
(volume, intensidade, frequência, duração,
recuperação, equipamentos, tipo de treinamento
etc.) que quando acontece um acompanhamento adequado, pode
trazer resultados e benefícios significativos aos praticantes.
Portanto, os resultados obtidos nessa pesquisa permitem concluir
que o treinamento com pesos, possui efeitos positivos na redução
do percentual de gordura corporal, e isso acontecendo de forma
saudável, devido também provocar um controle
ou aumento da massa corporal magra, mesmo quando, os praticantes
não estejam controlando seus estilos vida no que se
refere a orientação nutricional.
Fundamentando-se na maioria dos achados na literatura atual,
espera-se, que este estudo possa oferecer importantes informações
que poderão contribuir de forma significativa para ampliação
de novos conhecimentos na área, tornando-se uma nova
opção de estudos.
Conclui-se que não é necessário nestes
casos, buscar recursos cirúrgicos, farmacológicos
e outros procedimentos alternativos que venham prejudicar a
integridade física, de maneira invasiva, mas apenas,
conscientização e integração mutua
dos envolvidos, com determinação e disciplina
certamente, os resultados serão satisfatórios.
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Recebido para publicação 17/02/2013
Aceito em 15/07/2013
Original: Revista Brasileira
de Prescrição
e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.7, n.40, p.329-338. Jul/Ago.
2013. ISSN 1981-9900.
* CONSULTOR CDOF
* Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho em Fisiologia do Exercício: Prescrição do Exercício.
E-mail:
jose_nunes_99@hotmail.com
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CEP: 76824-074.