Qua, 17/12/08 22:02
PERGUNTAS E RESPOSTAS ANTERIORES
AO CDOF RESPONDE
CONSULTORIA GRATUITA CDOF
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382.
Contrato de prestação
de serviços para escolinha de futebol- 22/04/02
Tenho uma escolinha de futebol
para garotos e gostaria de obter um modelo de Contrato de Prestação
de Serviços da escolinha de futebol para meus alunos, poderiam
me informar se tem no mercado algum livro que possa ser adquirido,
algum modelo padronizado? Haja visto que alguns garotos se destacam
e são levados para outros clubes e por não terem
nem um vínculo não posso pleitear as despesas que
tive com eles. Bene
Oi Benedito, recebemos duas contribuições, do Consultor Prof.
Marcelo De Oliveira , e Prof. Romu
Romualdo, que lhe aconselham o seguinte:
Prof. Marcelo De Oliveira:
Caro Bene,
Para ter uma garantia de bons resultados contratuais é necessário
que a empresa (escolinha de futebol) tenha um departamento jurídico, ou
seja, que tenha um advogado competente que esteja regulando a parte jurídica.
Cada contrato pode ter um tipo de característica. É claro que também
pode ser padronizado, mas, mesmo assim, talvez ocorram situações
que você tenha de recorrer ao advogado para estabelecer cláusulas
diferenciadas. Infelizmente desconheço no mercado algum livro que satisfaça
sua necessidade, porém é importante ressaltar que, independente
disto, a empresa precisa de apoio jurídico de um advogado. Este profissional
saberá como proteger legalmente o vínculo do seu aluno com a escolinha.
Abraço, Marcelo.
Prof. Romu Romualdo,
Eu li uma matéria na Revista Brasileira de Direito Desportivo
que talvez possa ir de encontro ao que o Bene esta procurando. Não se
trata de um contrato como foi solicitado mais informação importante
para tomada de decisão. Esta revista foi lançada este mês
e está no primeiro número. Você não vai encontrar
em bancas tem que solicitar pelo site: www.ibdd.com.br
A fonte é: Santoro, L. F. G. A natureza jurídica
das indenizações de formação e de promoção
devidos ao clube formadores do atleta. Revista Brasileira de Direito Desportivo,
Pg26, OAB/SP, n°1,2002.
Esta semana mais provavelmente no dia 10/05, estaremos reunidos com o pessoal
das escolinhas de futebol caso eu tenha mais informação eu repasso
para vocês. Um abraço. Romu.
383. Perda de massa muscular nos
pacientes portadores de HIV - 26/04/02
O tema da minha monografia é: "A PERDA DE MASSA MUSCULAR NOS PACIENTES
PORTADORES DE HIV". Gostaria que vc's pudessem me sugerir qualquer material
relativo ao tema: bibliografias , sites, etc... Obrigada. CAMILA
Olá Camila !! Nosso Consultor Ft.
Marcos Vidal, contribui sugerindo alguns sites para você. Veja:
Minha sugestão é que entre nos sites abaixo e inicie sua pesquisa
utilizando as seguintes combinações para palavras chaves - MUSCULAR
E AIDS, TROFISMO MUSCULAR E AIDS, ATROFIA E HIV, HIPOTROFIA E HIV . . .
* U.S. National Library - www.nlm.nih.gov -
inicie pela opção " Health Information ".
* Instituto da Criança - www.icr.hcnet.usp.br -
inicie pela opção biblioteca e a seguir clique em " Medline ".
* BIREME - www.bireme.br - clique em Medline
ou Lilacs.
Caso seja insuficiente para a sua monografia contate novamente que nos mobilizaremos
por você. Marcos Vidal.
Leia Mais: Atividade Fisica x
Câncer
384.
Acromioplastia na Síndrome
do Impacto - 26/04/02
Onde encontrar material sobre ou o que é acromioplastia na Síndrome
do Impacto . Débora - Fisioterapeuta
Oi Débora, contamos mais uma vez com a ajuda dos amigos Ft.
Marcos Vidal, e Prof.
Luiz Moraes, para lhe trazer esclarecimentos:
Ft. Marcos Vidal,
A acromioplastia é a reconstrução cirúrgica
das condições estruturais e/ou funcionais do osso acrômio.
Ocorre nos casos de fratura do acrômio ou fratura luxação
acrômioclavicular decorrente de trauma violento, podendo comprometer músculos
e tendões nele inseridos, como o deltóide anterior e parte do músculo
trapézio.
Na Síndrome do Impacto a fratura do acrômio ocorre
por avulsão do fragmento, ou seja, um movimento muito brusco e/ou trauma
associado a potente contração muscular causará a fratura
e posterior " arrancamento " do fragmento pela força contrátil
do m. deltóide anterior e/ou m. trapézio. A fratura do acrômio
na Síndrome do Impacto não consta como um quadro frequente.
Estando sempre disponível em dividir com você. Marcos Vidal
Referências bibliográficas:
Distúrbios e Lesões do Sistema Musculoesquelético
- Robert B. Salter, p 474 - 75, Ed. MEDSI -
site: www.bireme.br
Prof.
Luiz Moraes,
Uma das articulações mais visadas e foco de boa
parte das discussões é a do ombro, (glenoumeral) oferecendo uma
vasta variedade de movimentos por ser do tipo Esferóide - Cabeça
esférica e encaixe em cavidade arredondada porém rasa, permitindo
grandes e amplos movimentos. Apesar de Esferóide não é como
a do quadril onde o fêmur se encaixa perfeitamente numa cavidade profunda
oferecendo melhor estabilidade. A glenoumeral, é estabilizada pelos ligamentos
relativamente frouxos e principalmente pelos músculos do manguito rotator
(o Supraespinhoso, o Infraespinhoso, o Subescapular e o Redondo Menor.). Devem
trabalhar sempre em harmonia como deltóide peitoral costas e em sincronismo
com a cintura escapular.
Os problemas de dores nessa articulação, muitas
vezes tem origem no excesso de uso na prática esportiva como vôlei,
natação, beisebol (Hall 2000) e ou na falta de sincronismo entre
esses grupos musculares na escolha de determinados exercícios físicos
na musculação. Entre eles a puxada por trás. A maior parte
das lesões e ou luxações de ombro podem ocorrer no sentido
anterior estando relacionada ao movimento de abdução, rotação
externa e ou extensão. (Hall 2000; Iversen 1985; Mellion 1997), movimentos
do nado e o vôlei onde a gente levanta e roda o braço. O espaço
entre a cavidade glenóide e a cabeça do úmero é conhecido
como espaço subacromial preenchido por partes moles e entre as funções,
uma, é de evitar o atrito dessas duas partes ósseas. As lesões
nessa região, segundo a literatura atual, podem ter três origens:
impacto mecânico (extrínseco), alterações fisiológicas
no espaço subacromial (intrínseco) e fraqueza muscular no manguito
rotator. Essa fraqueza muscular pode gerar um desequilíbrio de forças
vetoriais fazendo com que a cabeça do úmero atrite contra o acrômio
gerando as dores e possíveis lesões, principalmente se o deltóide
estiver bem desenvolvido.
É consenso entre os estudiosos que uma das funções
do manguito rotator é centralizar exatamente a cabeça do úmero
da cavidade glenóide. Entre os adeptos à musculação é normal
a preferência de um e outro exercício, destinados, principalmente
aos músculos que aparecem, sendo os campeões entre os homens o
supino com suas variações e as puxadas, respectivamente destinados
ao desenvolvimento do peitoral e do grande dorsal, fato que pode levar inadvertidamente
ao desequilíbrio muscular citado.
Os diversos métodos de treinamentos: agonista / antagonista,
parcelado, completo por articulação, alternado por segmento e etc.
não foram criados por acaso, da mesma forma as séries e repetições
com objetivos bem distintos. Sendo assim, quando, pensamos em peitoral bem desenvolvido
precisamos lembrar dos músculos lá de trás, os da cintura
escapular e os do manguito rotator direcionando o movimento. Se pensamos em um
bom bíceps temos o tríceps fazendo o papel de antagonista. Portanto,
não adianta gostar só de supino. Para desenvolver uma musculatura
harmoniosa mesmo não gostando, a prescrição do exercício
inclui remada sentada aberta e ou fechada, crucifixo invertido e plano, voador
entre outros.
A maioria dos estudos até agora, inclusive feitos em
cadáveres mostraram que a causa principalmente da síndrome do impacto
intrínseca está na
fraqueza do manguito rotator. As extrínsecas, podem ter origem nos esportes
de contato físico. Aí, caso a caso, depende da opinião
médica e
pode ser imprevisível.
No site www.noticiasdocorpo.com.br a
matéria que entra no ar essa semana estarei falando sobre o assunto, especificamente
da síndrome do impacto relacionada ao exercício "puxada por
trás". Um grande abraço e espero estar acrescentando.
Luiz C. Moraes CREF1 RJ 3529
Sugestão de sites:
www.bireme.br
Sports
Physical Therapy - artigos
Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia
Jornal
de Medicina de Reabilitação
Fisiobrasil
- artigos e teses
Fisioterapia.com.br
(publicações)
www.unisa.edu.au/search/searchunisa.htm
Boa
Saúde
Marcos Vidal
385. Contra-indicação
do Voador - 26/04/02
Sou Fisioterapeuta e trabalho numa academia, normalmente, dependendo
da gravidade de uma escoliose, diagnosticada em uma avaliação postural, temos
contra-indicado o uso do aparelho voador. Gostaria de saber a opinião
de um especialista na área para confirmar ou não as minhas ações!
Daniela Dreher
Cara usuária Daniela, enviamos sua pergunta para alguns consultores
e recebemos um retorno do Ft. Marcos Vidal. E para facilitar a visualização
de nossos usuários, fizemos uma descrição da movimentação.
Corrija-nos se estivermos equivocados.
Descrição do Exercício enviada ao Dr. Luzimar
pelo CDOF:
É um banco com encosto em que o praticante se assenta,
primeiramente, de costas para o aparelho com as pernas abertas com os pés
apoiados no chão, os braços com os cotovelos na altura dos ombros
e mãos para cima segurando duas pás executando uma adução
horizontal de ombros forçando o aparelho para frente (trabalho de musculatura
peitoral e ombros). Não há movimentação de rotação
de tronco, pois,movem-se apenas as articulações dos ombros e ainda
com as costas apoiadas no encosto do banco.
Outro exercício executado é neste mesmo aparelho
voador, mas de frente para o encosto do aparelho e com o queixo apoiado ou não,
dependendo do tamanho do praticante. Segura-se em uma barra com cada mão,
cotovelos para fora, na altura dos ombros, trazendo-os para trás executando
uma abdução horizontal de ombros (trabalho da musculatura das costas
e ombros), sem rotação de troncos, pois o abdome é apoiado
o tempo todo neste encosto do banco. As pernas também apoiam-se à frente,
ligeiramente, abertas e confortáveis.
Ft. Marcos
Vidal,
É bom poder dividir com um colega de profissão.
As escolioses mais frequentes nos usuários de academias são classificadas,
segundo Salter, não estruturais causadas por vícios posturais,
dores e espasmos e/ou encurtamento de membros inferiores, sem componente rotacional
das vértebras que compõem a curva escoliótica. A coluna
vertebral sem deformidades desenvolve, naturalmente, uma rotação
vertebral com projeção anterior da apófise transversa
do lado da concavidade como consequência de uma inclinação
lateral. Em portadores de escoliose, a predisposição a desenvolver
a rotação vertebral é ainda maior com forte tendência
a tornar - se permanente.
Tudo isso para colocar que compartilho de sua conduta, pois o fortalecimento
dos músculos peitorais como é feito no peck - deck (Voador) poderia
aumentar o desequilíbrio posterior podendo levar a uma rotação
interna de ombros e escápulas abduzidas, dificultando a redução
da escoliose torácica ou cervical.
Talvez o mais indicando seria incluir uma série de exercícios
unilaterais de alongamento do lado côncavo e fortalecimento do lado convexo
seguido por fortalecimento de tronco e membros superiores a ser realizado no
solo, barra e/ou água constituindo uma ficha personalizada demonstrando
uma conduta profissional e consciente. Consciência profissional que você já apresentou
ao procurar solucionar sua dúvida, aqui no site ou em qualquer outra
fonte de informações. Um abraço . Marcos Vidal
Fisiologia Articular - I. A. Kapandji, vol. 3, p 42 - 3, Ed. Manole
Prof.
Luiz Moraes,
O exercício do voador é tradicionalmente destinado
ao desenvolvimento do peitoral e a porção anterior do deltóide
e deve seguir alguns
procedimentos respeitando a biomecânica a saber:
*O ajuste do banco no aparelho deve ser feito deforma a posicionar a articulação
dos cotovelos um pouco abaixo da linha dos ombros e não formando um ângulo
de 90º. Esse angulação pode estressar os ligamentos e articulações
escápulo-umeral.
* Os braços devem se posicionar alinhados com a posição
natural da escápula, um ângulo de 30º formado com o plano
frontal (Kapandji 2000).
* Durante a execução, fase concêntrica, o aluno deve manter
todo o antebraço apoiado em contato com a almofada. Há uma tendência
de afastar o cotovelo e ou flexionar o punho na passagem da vantagem para desvantagem
mecânica quando o exercício se torna mais pesado.
* Na fase excêntrica, negativa, a velocidade deve ser controlada amortecendo
o movimento sem deixar as placas "baterem", ato que pode
provocar "trancos" nas articulações e possíveis
dores articulares.
* As curvaturas da coluna devem ser mantidas nas posições naturais
e o ato de basculação anterior do quadril "encaixar o quadril",
só deve ser recomendado à pessoas com hiperextensão lombar,
assim mesmo, de modo a corrigir apenas o excesso de curvatura. Ou seja, sentado
direito!
Este exercício, como na maioria dos com aparelho, trás
a vantagem de concentrar o trabalho nos músculos visados com menor participação
dos músculos estabilizadores, como por exemplo os extensores do cotovelo.
Vale lembrar que a cintura escapular tem movimentos que facilitam
a execução de vários exercícios mas, essa articulação
tem ângulos anatômicos a serem respeitados. A escápula, por
exemplo, não fica, no plano frontal e sim oblíquo, formando com
o plano frontal um ângulo de 30º e com a clavícula 60º.
Esse fato é importante, por exemplo, na execução do exercício
voador. A posição inicial, a princípio, deve partir dessa
angulação, sobretudo para os iniciantes porque é uma posição
de conforto. Partindo do plano frontal os músculos peitoral e as porções
I e II do deltóide, partirão da posição em pré-estiramento
com as escápulas abduzidas e aproximadas. Nesse caso o ângulo entre
a escápula e a clavícula tende a aumentar em aproximadamente 70º.
MOVIMENTO DE DESLOCAMENTO LATERAL, segundo Kapandji 2000.
Se por um lado o iniciante deve respeitar esses ângulos
anatômicos na execução dos exercícios, o intermediário
e o avançado, se não treinar
angulações máximas, a flexibilidade diminui. Portanto,
nos exercícios voador, no supino e no crucifixo, a abdução
máxima horizontal, dependendo
do indivíduo, deve ser treinada pelo menos de vez em quando. O fastamento
máximo entre as posições extremas das escápulas
no plano posterior é de 15 cm. MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
LATERAL.
Na execução do tradicional exercício de
encolher os ombros, destinado ao trapézio, a escápula faz o movimento
de TRANSLAÇÃO VERTICAL com um deslocamento de 10 a 12 cm. Outro
movimento descrito por Kapandji é o de SINO OU BASCULAÇÃO.
Na abdução dos braços de 0 a 180º, o lado inferior
as escápula (ângulo inferior) desloca-se para fora com um eixo de
rotação percorrendo um
ângulo total de 60º.
Nunca é demais lembrar, também, que a prescrição
dos exercícios passa pela observação dos exercícios
agônicos e antagônicos. Ao se programar o voador não devemos
esquecer do crucifixo invertido. As musculaturas devem estar em equilíbrio
na correção da postura.
Espero estar contribuindo. Um grande abraço. Luiz C. Moraes CREF1 RJ
3529
386.
Como pode ser trabalhada e utilizada a corrente farádica
na espasticidade? - 26/04/02
Olá! Gostaria de saber como pode ser trabalhada e utilizada a corrente
farádica na espasticidade? Desde já agradeço. Cheila
Oi Cheila, contamos com os esclarecimentos de nosso novo Consultor o Ft.
Marcos Vidal, que gentilmente lhe enviou o seguinte:
Olá Cheila !!
È muito bom ter você aqui no site e espero poder
te ajudar.
Antes de eleger a corrente mais adequada se faz necessário
responder algumas perguntas, tais como:
* O músculo é sadio( A.V.C., T.C.E., . . . ) ou lesado (Miastenia
Gravis, Distrofias Musculares, . . . ) ?
* Qual o tamanho do músculo a ser estimulado ?
* O padrão flexor ou extensor se dá por retração
musculotendínea, fraqueza dos antagonistas ou espasticidade pura ?
A eletroestimulação com correntes russas (2500
Hz) ou correntes heteródinas (4000 Hz) e ondas exponenciais são
as mais indicadas para romper e controlar a espasticidade.
Após ter se certificado das respostas para as questões
acima e não havendo outra possibilidade, a corrente farádica pode
ser usada, principalmente, se for do tipo farádica modificada. Tendo sempre
em mente que a faradização só está indicada para
músculos sadios, ou fase espástica, visando, principalmente, estimular
os antagonistas.
A utilização da faradização, nesses
casos, demanda muita sensibilidade, conhecimento técnico e científico
por parte do profissional pois, entre efeitos indesejáveis, predispõe
o músculo à fadiga e o músculo espástico é um
músculo fraco e tetanizável por excelência. Salientando que
a espasticidade pode ser muito útil na realização da marcha
ou de outros movimentos, desde que controlada. Razão pela qual, nem sempre é necessário
eliminá-la por completo. Um abraço . Marcos Vidal
Referências
* Diagnóstico e Tratamento de Lesão da Medula Espinal - Júlia
Maria D'Andréa Greve / Maria Eugênia Pebe Casales - Ed. Roca
* Eletroterapia de Clayton - Kitchen - Ed. Manole
387. A Ginástica Olímpica
atrapalha o crescimento? 29/04/02
Estou fazendo uma monografia para pós-graduação em fisiologia
do exercicio e o tema é: Ginastica Olímpica atrapalha o crescimento?
Muito obrigado. Priscila Silverio dos Reis - Profa. E.F.
Oi Priscila, enviamos sua pergunta para alguns Consultores
e recebemos o retorno de dois colegas:
Dr. Renato Romani, diz
o seguinte:
A Ginástica Olímpica não atrapalha o crescimento,
assim como o basquete não faz crescer; acontece que o treinamento excessivo
na ginástica Olímpica pode causar maiores problemas e desta forma
comprometer o crescimento. Em São Paulo, no clube da Hebraica, estamos
desenvolvendo um protocolo de pesquisa para elucidar melhor esse fato, para maiores
informações entre em contato comigo pelo meu E-mail renatoromani@hotmail.com.
Atenciosamente. Dr Renato Romani
Ft. Marcos Vidal,
Olá Priscila!!
Na verdade vou incitar o questionamento iniciando com a padronização,
com fins didáticos, do grupo a ser estudado: grupo misto na fase pré-
pubertária, com mesmos aspectos sócio-econômicos, culturais,
estruturais e genéticos, intelectuais, nutricionais e psicoemocionais.
Obedecendo a mesma rotina no horário das refeiçôes, de repouso,
atividades intelectuais e lazer com o mesmo número de horas, sem utilização
de suplementação farmacológica (esteróides, estimulantes,
hormônios, . . .).
Nâo é preciso continuar para perceber que na
utopia do nosso fantasioso grupo a ser estudado já reside parte da resposta
na forma de uma pergunta: " As alterações de crescimento em
qualquer modalidade desportiva decorrem da atividade física em si ou da
intensidade/tipo de treinamento associado a baixa reposição de
todos os elementos que assegurem o equilíbrio orgânico, cognitivo
e emocional ?!
É notório o favorecimento do desenvolvimento
da criança submetida a atividades físicas bem dosadas no treinamento,
na exigência do atleta e no tempo de reabilitação em caso
de lesão. Crianças e pré-púberes submetidos, precocemente,
a treinamentos intensos de alta impacção ósteocondral presdipõe-se
a desestabilizações osteogênicas e articulares que com o
aumento do trofismo muscular na puberdade podem levar a lesões na pré-adolescência
/adolescência ou fase adulta.
Damsgaard, Bencke e cols(3) analisaram um total de 184 crianças
(96 meninas / 88 meninos) que desenvolviam treinamento de competição
em quatro modalidades; natação, handebol, tênis e ginástica
olímpica. Após seu estudo concluiu que não haviam alterações
significativas no crescimento pubertário, levemente confrontado por Caine,
Lewis e cols(1) que relata uma atenuação do crescimento pubertário
em meninas ginastas olímpicas durante a fase de treinamento seguido por
alguns meses após término dos treinamentos de competição.
Esperando ter estimulado o seu senso crítico e apresentado
embasamento para a confecção da sua monografia, fica apenas o meu
desejo de sucesso. Marcos Vidal.
Referências:
1. Does gymnastics training inhibit growth of females?
Caine D, Lewis R, O'Connor P, Howe W, Bass S. - E-mail: dencaine@cc.wwu.edu
Department of Physical Education, Health and Recreation, Western Washington
University, Bellingham, Washington 98225-9067, USA. Clin J Sport Med 2001 Oct;11(4):260-70
2.Consequences of sport training during puberty Roemmich JN, Richmond RJ, Rogol
AD.Department of Pediatrics, State University of New York at Buffalo, 14214-3000,
USA. roemmich@buffalo.edu - J Endocrinol
Invest 2001 Oct;24(9):708-15 Related Articles, Books, LinkOut
3. Is prepubertal growth adversely affected by sport?
Damsgaard R, Bencke J, Matthiesen G, Petersen JH, Muller J. - Department of
Growth and Reproduction GR, Rigshospitalet, Copenhagen, Denmark. rasmus@rh.dk :
Med Sci Sports Exerc 2000 Oct;32(10):1698-703
Sites:
* Gatorade Science Sports Institute - www.gssiweb.com
* American College Of Sports Medicine - www.acsm.org
Boa sorte !
388. Treinamento para o Futebol
- 30/04/02
Sou acadêmico de Educação Física e jogador
de futebol do Americano de Campos-RJ. Tenho 20
anos e faço musculação. Estou voltando aos
treinos agora e como fiquei parado 2 meses e continuei malhando,
hipertrofiei bem a musculatura
e estou com o corpo bem definido. Tenho 1,70 e estou pesando 74kg.
Na musculação, qual exercício devo fazer, para hipertrofia
(como eu tava fazendo) ou para definição? Eu no futebol sempre
me destaquei pela velocidade e estou com medo de perdê-la fazendo este
trabalho de hipertrofia. Gostaria saber de vocês qual o melhor trabalho
. Abraços Felipe!!!!
Oi Felipe, trouxemos alguns estudos vindo logo abaixo do retorno do Prof.
Walmor e veja o que ele pensa a respeito:
Oi Felipe ! Eu gostaria de deixar bem claro, que a hipertrofia é importante
no treinamento de futebol porque o jogador necessita acelerar o seu peso corporal
para poder mover-se mais rápido e solicitar a capacidade aérobia
por um longo período. Um trabalho de hipertrofia muscular ideal deve estar
concentrado nos músculos responsáveis pelos movimentos de aceleração
no futebol. Esse trabalho deve ser realizado durante quatro a seis semanas durante
a periodização com sobrecarga média (algo em torno de 40%
a 60% da força máxima) com número ideal de repetições
que não devem ultrapassar dez (10), então a sobrecarga tem que
ser realizada com devido esforço.
Com certeza, um trabalho de hipertrofia muscular terá extrema importância
no seu treinamento. Espero ter contribuído de alguma maneira para a
sua pergunta.
Pesquisa CDOF: De acordo com o Ekblom, B. - Applied
Physiology fo Soccer. Sports Medicine 3 : 50-60, 1986,
O futebol de campo é caracterizado como um exercício
de alta intensidade, intermitente e não contínuo. Os jogadores
percorrem aproximadamente 10 km por partida, dos quais 8 a 18% em velocidade
máxima individual. Nos níveis mais altos de competição
existe um maior número de disputas pela posse de bola e cabeceios, além
disto uma maior % da partida é desempenhada em velocidade máxima.
A média da energia aeróbica produzida durante uma partida ao nível
nacional é de 80% aproximadamente, do máximo individual. A média
da concentração de lactato sanguíneo durante a partida é de
7-8 mmol/L. Devido a alta produção de energia, ao final, os jogadores
têm suas fontes de glicogênio depletadas, estão desidratados,
tendo também um aumento da temperatura corporal.
Os futebolistas de nível nacionais e internacionais
têm uma potência aeróbica máxima de 60-65ml/kg/min,
uma alática acima da média e uma maior capacidade de tamponamento
e força muscular quando comparados com indivíduos destreinados,
pertencentes a um grupo controle, embora pareçam menos flexíveis.
Por correr de 8-11 km em uma partida o jogador profissional
precisa ter uma boa capacidade aeróbica para saltar, andar, trotar, correr
em uma velocidade submáxima e até piques de "sprints".
Um indivíduo treinado se recupera mais facilmente. O que varia com a posição
que ele ocupa. Os meio-campos correm mais que os outros. Os laterais usam a velocidade
máxima em direção ao meio do campo e também o "sprint" em
direção ao gol. O método mais utilizado de treinamento é o
intervalado que caracteriza o desenvolvimento do jogador em campo. Alternando
intensidades diferentes de corrida e caminhada, ou seja, caracterizada por um
esforço e um descanso.
Hoje em dia, o parâmetro para medir a capacidade de
um jogador é o limiar anaeróbico, ou seja, o ponto em que o organismo
passa a priorizar o consumo de glicogênio e não de gordura corporal.
Um grau de esforço dentro do cansaço. A medida do Limiar anaeróbico
se dá com a medição da produção de lactato.
Através deste teste é possivel saber em que ponto o jogador vai
ultrapassar seu limiar aneróbico, podendo melhor treiná-lo em termos
de intensidade de esforço (priorizando o sistema anaéróbico
).
Como em um jogo de futebol, o jogador experimenta momentos
de piques de maior ou menor intensidade vai precisar trabalhar em ambos, aeróbico
e aneróbico. Segundo os especialistas, o que faz um campeão é o
limiar anaeróbico e não o VO² máx, pois o objetivo
no Futebol de Campo não é aumentar o Vo² máx , mas
sim aproximar cada vez mais do limiar anaeróbico do treinando ou treinar
acima dele.
Segundo o Prof. Mauro Heleno Chagas da EEFUFMG o trabalho de força do
jogador deve estar baseado em três diferentes tipos::
Potência: Quanto mais rápido o jogador atingir a força
máxima, num espaço menor de tempo, melhor será seu desempenho.
Resistência de força: Ele precisa de força para suportar
a fadiga com cargas elevadas, repetitivas e de alta intensidade, em trabalho
estático ou dinâmico.
Força Relativa: Embora a potência predomine a força relativa,
quanto maior o peso, maior a força relativa. FR=peso total/massa corporal
magra. Quanto maior a força relativa, maior tempo vai conseguir o indivíduo
exercendo sua força.
Força máxima dinâmica: desenvolvendo a hipertrofia aumenta-se
força e massa muscular, aumentando mais a força máxima
que a massa corporal. Por que no futebol a força mais utilizada é a
dinâmica.
Nos goleiros e defensores, observa-se uma maior força
nos extensores de joelhos que os atacantes, enquanto os últimos têm
uma proporção maior entre flexor/extensor. Os futebolistas de sucesso
apresentam valores mais altos na força das extremidades inferiores que
a média da classe. E a altura dos saltos está relacionada com a
força do extensor de joelho.
Observada uma necessidade de melhor treinamento da flexibilidade
de membros inferiores, para melhorar a amplitude das partidas.
Um abraço !