Dom, 3/2/13 22:42 O QUE É ASMA
ASMA:
DA TEÓRIA A PRÁTICA A asma é uma das doenças
crônicas mais incidentes na infância. É causa
importante de absenteísmo escolar e de limitações
para esportes e outras atividades. Entre os adultos
representam importante problema, pois freqüentemente
seu controle é difícil e pode estar
associada a outras condições de saúde,
o que torna mais grave a situação clínica
global do paciente. Nos últimos anos, houve
enorme progresso não só pelo melhor
entendimento dos mecanismos da asma como também
pelo surgimento de novos recursos terapêuticos,
principalmente nos grupos dos broncodilatadores e
dos antiinflamatórios. No entanto, apesar
desses progressos, não se observou impacto
proporcional na mortalidade e na morbidez da doença. Do ponto de vista clínico
representa uma obstrução difusa de
vias aéreas que é reversível
espontaneamente ou com tratamento. Fisiologicamente é uma
obstrução de vias aéreas associada à hiperinsuflação
e farmacologicamente é uma reatividade exagerada
das vias aéreas a estímulos específicos
e inespecíficos (HOLGATE,1990). Trata-se de doença de natureza
complexa. Sua etiologia é multifatorial e
caracterizada pela diversidade de seus sintomas,
sendo as manifestações mais comuns
em crianças, os problemas respiratórios
recorrentes. Pode determinar um comprometimento funcional
de repetição irregular que manifesta
através de uma hiperreatividade das vias aéreas
a diferentes estímulos, levando a crises de
broncoespasmo (TEIXEIRA,1990). Na patogenia da asma
aceita-se que o brônquio do asmático
apresenta uma sensibilidade diferente da população
em geral que o leva a reagir diante de determinados
estímulos. Asma é o exemplo de doença
das vias aéreas onde o parênquima pulmonar
se apresenta normal. Sua marca fisiológica é a
obstrução das vias aéreas com
os sintomas característicos do impedimento à movimentação
de ar para dentro e para fora dos pulmões.
Outra característica é a rápida
flutuação no grau de obstrução
das vias aéreas (RATTO et all., 1981). Na
asma são diversos os locais e mecanismos envolvidos
na obstrução e é caracterizada
por uma grande variabilidade entre diferentes pessoas,
como na mesma pessoa em diferentes ocasiões. A incidência da asma difere
de país para país devido às
variações geográficas e demográficas. Geralmente é mais
freqüente na criança que no adulto. O
início da doença se dá, na maioria
dos casos, antes dos cinco anos de idade, sendo que
um terço dos casos antes dos dois anos de
idade. É uma reação
imunológica mediada pelo anticorpo IgE que
está ligado ao mastócito. É um
mediador primário, existem mediadores secundários
na patogênese da asma. a) nos asmáticos a IgE está aumentada; Portanto, são inúmeras as ligações anticorpos x mastócitos, que estão concentrados nas vias aéreas. Em conseqüência, quando ocorre o contato com os alérgenos, a reação antígeno x anticorpo é exagerada e libera substâncias ativas. São essas as substâncias provocadoras de broncoespasmo. Principais alterações e conseqüências Nas crises de asma o estreitamento
das vias aéreas, de pequeno e grande calibre
provoca alterações na relação
ventilação/perfusão, devido à ventilação
não uniforme. A hipoxemia que ocorre devido
a esse fato aumenta o estímulo respiratório,
que é uma tentativa de aumentar a ventilação,
e isso envolve maior gasto energético. O consumo
de oxigênio necessário para ventilação
pulmonar é menor que 5% do consumo total de
oxigênio do organismo, mas nas crises o aumento
do trabalho respiratório aumenta a porcentagem
despendida (25% ou mais). Quando isso ocorre, o aumento
da ventilação se torna insustentável,
sobrevindo a acidose respiratória. Em crises
prolongadas causa fadiga da musculatura envolvida
na respiração e pode levar à falência
respiratória. a) broncoespasmo (aumento do tônus da musculatura
lisa do brônquio); Como conseqüência,
ocorrem também a descamação
epitelial (ruptura e subsequente eliminação
do epitéllio respiratório) e o espessamento
da membrana basal (multiplicação das
células epiteliais para repor a membrana que
resulta em espessamento). Asma: fatores genéticos e desencadeantes Fatores genéticos A predisposição
para a asma é herdada mas a evolução
dessa herança não é clara como
em outras doenças. Fatores desencadeantes da crise de asma a) alergia a: Classificação da asma:
(Global Initiative for Asthma, 1995) Asma Persistente Leve: Asma Persistente Grave: A mecânica de funcionamento
do tórax (mecânica respiratória) é importante
e as alterações respiratórias,
podem modificá-la. Por sua vez, as alterações
respiratórias, segundo sua origem, podem ser
causadas pelas alterações nessa mecânica
e, dependendo da gravidade, podem significar uma
diminuição nas possibilidades respiratórias. As alterações da
coluna vertebral são freqüentes e, no
caso das insuficiências respiratórias,
geralmente vêm associadas as alterações
torácicas. A melhora da condição
física do asmático permite-lhe suportar
com mais tranqüilidade os agravos da saúde,
pois aumenta sua resistência fornecendo-lhe
reservas para enfrentar as crises obstrutivas. A
participação regular em programas de
atividades físicas, pode aumentar a tolerância
ao exercício e a capacidade de trabalho, com
menor desconforto e redução de broncoespasmo.
A orientação adequada trás ainda
uma série de benefícios, entre eles
melhora da mecânica respiratória, prevenção
e correção alterações
posturais, melhora da condição física
geral e prevenção de outras complicações
pulmonares. Para isso são
necessárias orientações quanto
ao tipo e intensidade das atividades físicas
para se evitar o broncoespasmo induzido pelo exercício
(BIE). O BIE é um fenômeno que atinge
a maioria dos asmáticos e é um fator
limitante nas atividades físicas e sociais.
O BIE tende a aparecer após um esforço
em torno de 70 à 80% do VO² máx
com duração em média maior que
seis minutos. As atividades aeróbias devem
ser intervaladas e trabalhadas em limites inferiores
a 80% do VO² máx. A administração
de broncodilatador aerossol, 15 minutos antes do
início da atividade é aconselhada. a) diminuir o ritmo da atividade do aluno. A escala de desconforto respiratório,
também auxilia o professor durante a aula,
facilitando na percepção de "falta
de ar" do aluno durante e após uma atividade.
Através da escala, é possível
identificar o nível de desconforto respiratório: Conclusões: Prof°.
Dr°. Luzimar Teixeira
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