Asma induzida por exercício
NOME
DA INSTITUIÇÃO: Universidade Católica de Santos
- UNISANTOS
NOME COMPLETO DO ACADÊMICO: Ana Luiza da Silva Garcia
ENDEREÇO DE E-MAIL: analuiza_s.garcia@hotmail.com
TELEFONE PARA CONTATO: (13) 32235218
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Data de Publicação: 04/07/2011
Os
termos “Asma Induzida por Exercício” (AIE) e “broncoespasmo
induzido por exercício” (BIE) são simultaneamente
usados para descrever o estreitamento das vias aéreas pulmonares
agudas que ocorre durante e / ou após a atividade física.
AIE é considerado um termo mais inclusivo. O broncoespasmo é tido
como o resultado da soma de eventos específicos, incluindo
contração do músculo liso das vias aéreas,
edema da mucosa brônquica e formação de tampão
mucoso. A patogênese desses eventos é associada com
a formação de mediadores inflamatórios incluindo
os leucotrienos, prostaglandinas e outros fatores do sistema imunológico
dos mastócitos das vias aéreas, células epiteliais
e macrófagos interagindo com in-situ de componentes hormonais
dos pulmões.
Os fatores determinantes para o início de um BIE não são
totalmente compreendidos. Mudanças na temperatura das vias aéreas
(resfriamento e reaquecimento) alterações na osmolaridade da mucosa
(ressecamento das vias aéreas) e congestionamento das artérias
brônquicas, resultando no inchaço da mucosa brônquica vascular,
foram sugeridas como causas. O que sabe-se no momento, é que parece que
o fluxo sanguíneo brônquico / mudanças na temperatura brônquica
influenciam o estreitamento das vias aéreas após a super ventilação
relacionada ao exercício. O BIE geralmente ocorre depois da ventilação
com grandes quantidades de ar, especialmente frio e seco, que contém poluentes
e/ou alérgenos. A frequência e intensidade da reação
refletem as predisposições alérgicas do indivíduo,
como o frio e/ou a baixa umidade do ar inspirado, a quantidade de agentes do
meio ambiente inalados, e a intensidade do exercício. Como resultado,
flutuações sazonais na resposta broncoespásmica foram identificadas.
Após a ocorrência de um episódio de BIE, aproximadamente
50 por cento dos pacientes experimentam um período relativamente refratário
que dura até duas horas no qual em outro exercício não vai
produzir BIE ou produzir uma reação mais branda. Reações
asmáticas ocorridas de seis à oito horas após o broncoespasmo
inicial também ocorrem em aproximadamente 50 por cento da população
BIE, mas são geralmente moderadas.
O método usado para detectar uma reação de
BIE afeta drasticamente as estimativas de insurgência. Por
mais que o método simples de medição de pico
seja adequado para o uso em indivíduos altamente sintomáticos
e reativos, é relativamente insensível à pessoas
afetadas moderadamente ou atletas de elite nos quais pequenas reduções
nos fluxo das vias aéreas pode levar à uma significante
diminuição no desempenho. Além disso, medições
de pico são altamente dependentes de esforço, então
essa técnica de diagnóstico pode não ser inteiramente
confiável. Medições espirométricas e
de fluxo máximo médio expiratório são
aceitavelmente precisas e reproduzíveis, já que a variação
no esforço é detectável pelas configurações
dos gráficos.
A intensidade dos exercícios usada para induzir o BIE é outra
variável importante. Protocolos padrões de clínicas
para provocar BIE aplicam exercícios intermitentes de cinco
a seis minutos àapenas um nível abaixo do limiar de
lactato, de 70 a 85 por centoda frequência cardíaca
máxima. Esse limite foi escolhido porque o paciente pode não
conseguir completar os exercícios em uma intensidade maior,
e um teste mais severo provoca a liberação de catecolaminas,
levando à broncodilatação. Um maior problema
com esses protocolos padrões é a identificação
do limite de lactato individual, dada a grande variedade de níveis
de condições físicas na população
em geral. Em atletas de elite, exercícios subLL geralmente
não são suficientes para produzir BIE. Em adição,
exercícios feitos em laboratório raramente são
feitos nas condições ambientes (ex: ar frio e seco)
que produziriam os sintomas iniciais do BIE.
Como resultado, a insurgência do BIE é dita estar em
10 a 50 por cento, dependendo da população estudada,
protocolo de exercício, detecção de medida e
condições ambientais.
Para a população geral, um incidente de 10 a 15 por
cento é um quadro razoável. Pacientes com alergias
moderadas a severas irão demonstrar algum nível de
BIE. Estudos recentes mostram que a frequência é de
20 à 75 por cento (dependendo do esporte) entre atletas de
elite de esportes de inverno. A maioria (73 por cento) dos atletas
que se encaixam no critério diagnóstico durante as ‘avaliações
de campo’ não se encaixaram no critério quando
retestados usando o protocolo padrão de laboratório.
Medicações para modificar ou prevenir o BIE incluem
dilatadores bronquiais, compostos anti inflamatórios como
cromolyn nasal, nedocronil e corticosteróides e uma variedade
de medicações incluindo anti-histamínicos, bloqueadores
dos canais de cálcio e heparina nasal. Mais recentemente,
modificadores do sistema imunológico estão disponíveis,
incluindo leucotrieno ou inibidores do receptor neuroquinina e inibidores
de lipoxigênase.
Uma importante questão a ser estudada tendo em vista o grande
uso de profilaxia farmacológica pelos atletas de elite de
esportes de inverno ou não, é que broncoespasmo é um
fenômeno natural que atua como um mecanismo psicológico
para proteger as vias aéreas inferiores da agressão
pela exposição a grandes quantidades de ar frio e seco.
O mesmo estreitamento das vias aéreas é comum como
reação à inalação de gases irritantes
como SO2 e NO2, os quais podem ocorrer em grandes concentrações
em pistas de gelo.
Para a maioria dos pacientes asmáticos, e a maioria das pessoas
que não sofrem de asma clínica mas apresentam BIE,
tratamento profilático individual é seguro e eficiente,
permitindo total participação em atividades esportivas.
Como complemento, tempo suficiente de aquecimento para preparação
permite que os atletas utilizem o período refratário
para atenuar a reação broncoespástica durante
o exercício e alcançar o desempenho ideal.
Escrito para o Colégio Americano de Medicina do Esporte por
Lester B. Mayers, M.D. e Kenneth W. Rundell, Ph.D., FACSMs.
PARCERIA DE TRADUÇÕES: