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Resumo enviado em 03/07/2012 01:05:00 por NARCISO MAURICIO DOS SANTOS |
Mulheres na docência da Educação Física escolar: olhares e desafios nas questões de gênero e estereótipos. |
Resumo:
Ter a docência como base de sua identidade seria o ideal ao profissional ligado a educação, onde, independente desse item como requisito, teria ainda que dominar bem o conhecimento específico de sua área de atuação, articulado aos conhecimentos pedagógicos e práticos para exercer sua função. Sendo assim, a formação do professor, precisa intencionalmente possibilitar de maneira geral e especifica, seu desenvolvimento como pessoa, profissional e principalmente cidadão. Depois destas primeiras aproximações, exponho uma discussão que complemente o tema até aqui revisto, discorrendo com mais intensidade e objetividade sobre a formação e docência do profissional de Educação Física, seja na licenciatura ou bacharelado e as relações de gênero que permeiam esse campo durante seu trajeto, tendo em vista que a área carrega em sua história, uma herança enraizada no perfil militar, onde o processo formativo se remetia especificamente numa estrutura de dois anos com ênfase nos aspectos biológicos e técnicos, ou seja, conhecimentos sobre o corpo humano e os relacionados às ginásticas e aos esportes, tudo isso caracterizando a figura masculina como prioridade nos cursos. Nesta perspectiva, cabe ainda recordar que o processo para formação inicial de profissionais de Educação Física no Brasil, encontrava-se ligado à Marinha, à Força Pública e principalmente ao Exército, onde, estes órgãos se apropriavam de diferentes Métodos Ginásticos para a efetivação dessa formação, ou seja, uma educação de caráter especificamente técnico e prático. Neste contexto, é que surge em 1933, com o Decreto Lei nº 23. 252 a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, com nova organização e com os currículos e objetivos atualizados. No âmbito deste contexto, os objetivos desta pesquisa tiveram como ênfase (a) Pensar sobre o corpo e as práticas educativas da Educação Física Escolar direcionadas por professoras (sexo feminino) e suas possíveis relações na construção dos estereótipos masculinos e femininos. (b) Averiguar e apontar como que os corpos são construídos sob o olhar de referências, atributos e culturas advindas das relações de gênero. (c) Investigar se as questões de gênero imbricadas no campo dessa formação profissional, até por conta da herança militarista que a Educação Física carrega, tem relevância para a criação de estereótipos masculino/feminino, tendo em vista através de dados teóricos que a área possui uma forte tendência a masculinização. Assim, a pesquisa teve como eixo metodológico, um estudo descritivo de análise qualitativa com técnicas de entrevistas semi-estruturadas para a obtenção de dados empíricos; neste caso específico priorizaram-se somente professoras de Educação Física que atuam diretamente nos quatro níveis escolares (educação infantil, ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio), e também algumas observações de aulas das mesmas. O foco nas entrevistas emergiu com as seguintes problemáticas: - A escola e as práticas educativas da Educação Física escolar contribuem para reforçar os estereótipos masculinos e femininos? - Como que as professoras de Educação Física percebem suas práticas educativas, lecionando para meninos e meninas? Pensando nas questões destacadas, o referencial teórico se valeu dos escritos sobre gênero, da crítica teórica feminista e das atuais publicações na área da Educação e especificamente da Educação Física escolar para justificar os possíveis apontamentos investigados. As contribuições da pesquisa pautaram-se na apresentação de dados sustentáveis que reforçam a importância da discussão sobre questões de gênero no espaço escolar, prioritariamente na formação e durante a docência da profissional de Educação Física, pois denunciam preferências em trabalhar o masculino pensando nos resultados alcançados.
Palavras-chave: Educação Física escolar. Formação. Docência. Práticas educativas. Gênero. Estereótipos.
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Instituição:
UMESP/NEPEF-UNESP-Rio Claro - BAURU (SP)
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Outras informações:
O trabalho em locus foi apresentado no SEPEF 2010 na UNESP de Bauru-ano de 2010.
Narciso Mauricio dos Santos Universidade Metodista de São Paulo – UMESP /SP Orientadora: Dra. Jane Soares de Almeida |
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