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Resumo enviado em 23/11/2011 17:22:08 por emanueli martins leite |
INCLUSÃO DO CADEIRANTE NAS ÁULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL |
Resumo:
INCLUSÃO DO CADEIRANTE NAS ÁULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL Emanueli Martins Leite
RESUMO
O assunto que engloba esse artigo é a importância da inclusão do cadeirante nas aulas de Educação Física no ensino fundamental, de como é essencial existir a acessibilidade para que esse aluno se sinta bem recebido pela escola, professores e principalmente por seus colegas de classe. Entendemos que com o passar dos anos, o preconceito para com o cadeirante, vem diminuindo muito, pois a educação que hoje é dada para as crianças em casa, faz com que elas mesmas entendam que por alguns estarem em uma cadeira de rodas, não significa que seja incapaz de conviver com os demais, e o que é primordial, todo cadeirante pode sim participar de qualquer atividade física, basta o professor adaptar as aulas. E nos dias de hoje os professores de Educação Física tem uma preparação para trabalhar com essas crianças, e assim fazendo com que elas tenham uma vida normal e mais feliz. Palavras-chave: cadeirante, acessibilidade, inclusão.
INTRODUÇÃO
Sabe-se que hoje em dia um assunto muito debatido, é a inclusão de portadores de necessidades especiais nas escolas e na sociedade. O objetivo desse trabalho foi mostrar que a educação física deve ser inclusiva na escola para todos os alunos, independente do tipo de necessidade e que a ajuda dos pais nesse processo também é muito importante para a criança, pois a segurança que é passada deixa o mesmo mais confiante para conseguir enfrentar seus medos e suas dificuldades em participar das atividades que os professores adaptam. O estudo desse trabalho foi realizado através de várias leituras bibliográficas, jornais e internet. No decorrer deste trabalho será comentado especificadamente sobre a inclusão do cadeirante nas aulas de educação física no ensino fundamental, abrangendo também a acessibilidade para com esses cidadãos, não apenas na escola, mas sim na sociedade em geral. Terá uma breve fala sobre as Leis desses portadores, se foram e estão sendo cumpridas.
Desenvolvimento
Quando se fala em acessibilidade, diz respeito às normalizações no trânsito, para com os portadores de necessidades especiais, pois há tanto tempo ouvimos falar em leis e quase nunca são cumpridas, como por exemplo, as rampas, uma coisa muito simples e que facilitaria muito o acesso das pessoas que usam cadeira de rodas, os estabelecimentos precisam ter espaço suficiente para que os mesmos possam se locomover confortavelmente, banheiros especiais para que facilite o uso de suas necessidades e para que não precisem de ajuda de outra pessoa. Na verdade pequenas coisas fariam muita diferença, e principalmente se diminuísse o preconceito da sociedade com o portador de necessidade especial, pois, eles não têm nenhuma doença contagiosa para que a maioria olhe com desprezo e principalmente discriminação. O interessante é que o próprio governo discute sobre essa acessibilidade, mas não faz cumprir o que assegura a lei (quando e para colocar em pratica tudo isso, não e usado o bom senso). Outro exemplo muito comum são as casas populares, que é um projeto maravilhoso, ajuda muitas pessoas, porém não acessível ao cadeirante e/ou portador de necessidade especial, (ABNT. NBR 9050: 2004 Acessibilidades de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro).
1-Leis de acessibilidade
Existem várias Leis sobre acessibilidade no Brasil e no mundo, logo mais será comentada uma das primeiras Leis, onde se tornaram obrigatórios os portadores de necessidades especiais serem tratados bem e trafegarem em locais mais acessíveis, pois na verdade, os cadeirantes não são respeitados como deveriam.
Segundo a LEI N° 7.405, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1985: “Torna obrigatória à colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências” (SARNEY e LYRA, 1985). A LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989. Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público define crimes, e dá outras providências. Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. Parágrafo único. Para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgãos e entidades da administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos esta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas: V - na área das edificações: a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ou removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, permitam o acesso destas a edifícios, logradouros e a meios de transporte. No dia 11 de Novembro de 2010, foi aprovada nos Estados Unidos uma nova Lei de acessibilidade por Obama, com essa aprovação os portadores de necessidades especiais (visual e auditiva) terão mais acesso as redes de televisão e também tirar proveito de toda a tecnologia que antes eram desprovidos de aproveitá-la. Segundo American Foundation for the Blind, com informações do Blog de Beto Pereira: “Esta legislação exige acessibilidade aos programas de televisão, telefones inteligentes, a Internet, menus em DVD players, guias de programação na TV a cabo, e outros.” Para Paul Schroeder, vice-presidente de programas e políticas da American Foundation for the Blind (AFB), a iniciativa possibilitará que milhões de pessoas com deficiência tirem partido das novas tecnologias. “Esta lei baseia-se no espírito do Americans With Disabilities Act e garante que pessoas com deficiência participem plenamente do século 21” (CARL, R. Augusto, presidente da AFB).Com forte atuação de movimentos representativos de pessoas com deficiência dos Estados Unidos, para além, do envolvimento de um grande número de competentes juristas e experts em tecnologias assistivas, a demanda de acessibilidade ganhou força no congresso americano conseguindo arregimentar um importante e atuante grupo bipartidário que trabalhou para a aprovação da lei”.
2. Cadeirante vitimado de acidente Hoje em dia vários fatores levam as pessoas ficarem em uma cadeira de rodas pro resto de suas vidas, um dos motivos são por acidentes, sejam eles vítima de atropelamento, acidente de trabalho, ou até mesmo por outros fatores. O Jornal Oeste de MT relatou que uma criança de apenas 10 anos foi vítima de um atropelamento no estado de São Paulo quando estava sentado na frente de sua casa, e foi surpreendido por um carro e provavelmente a condutora ingeria bebida alcoólica. A criança foi socorrida pelos Bombeiros e quando encaminhada para o hospital de sua cidade, os familiares recebe a triste noticia de que teria que amputar as duas pernas, pois na gravidade do acidente, não havia mais nada a ser feito. Essa criança foi condenada a ficar em uma cadeira de rodas pro resto de sua vida, por imprudência de um adulto. Porém existem outros tipos de acidentes que já deixaram crianças em cadeira de rodas, (www.jornaloeste.com.br). Outro triste caso foi de um jovem que sofreu um acidente de moto e acabou ficando preso em uma cadeira de rodas, o mesmo teve uma lesão em uma das vértebras, deixando-o tetraplégico, (Http://danitinamalvarez.blogspot.com/2011/03/). Uma causa comum entre os cadeirantes são acidentes de trabalho, pois muitas vezes as empresas não preocupam muito com a segurança de seus funcionários, e acaba acontecendo essas fatalidades. Acidente vascular cerebral também deixou uma pessoa em cadeira de rodas, e sabe-se que a recuperação é demorada e delicada, (http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1045685/precarias-condicoes-de-trabalho-sa o-maior-causa-de-acidentes). Acidente de mergulho já deixou jovem tetraplégico em Portugal, foi em Dezembro de 2010, esse jovem fraturou a 5ª e 6ª vértebra provavelmente, e por um descuido dentro da água, terá que ficar o resto da vida na cadeira de rodas, (Http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1734090).
3. Inclusão do Cadeirante nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental
O processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais na escola é de fundamental importância, pois meche desde a estrutura da escola até a aceitação por parte dos colegas. A inclusão nas aulas de educação física é muito importante para o cadeirante, pois até esses dias atrás, a maioria dos professores deixavam esses alunos fora de todas as atividades, e na verdade poderiam muito bem adaptar qualquer atividade para incluir o mesmo e não o deixar em um cantinho e se sentindo a pior pessoa do mundo, achando a aula chata. Se essa inclusão começar através do professor, automaticamente seus coleguinhas também vão começar a interagir mais com essa criança, assim fazendo-o se sentir livre e muito capaz de participar das atividades proporcionadas pelo educando. As aulas de educação física devem ser bem organizadas para os cadeirantes se sentirem bem recebidos, o professor tem toda uma preparação antes, pois existem especializações hoje em dia, onde o professor pode se aprimorar cada vez mais, lembrando também que a própria escola recebe palestrantes e cursos para poder receber bem um aluno cadeirante e saber lhe dar com qualquer tipo de situação que aparecer com o decorrer do tempo (LIMA, 2010). Segundo Rabelo (1999), Hoje o grande desafio e a ele uma elaboração de uma política educacional voltada para o estabelecimento de uma escola realmente inclusiva, acessível a todos, independentemente das diferenças que apresentem, dando-lhes as mesmas possibilidades de realização humana e social.
Uma boa estrutura para receber o portador de necessidade especial, é muito importante, porém a maioria das escolas não disponibiliza de infra-estrutura, necessitando da ajuda de algum colega ou até mesmo do professor para empurrar a cadeira, ir ao banheiro, entrar na sala e principalmente nas horas das atividades físicas. “[...] o termo mais apropriado para caracterizar a pessoa com deficiência é, antes de qualquer outro...pessoa! É preciso reconhecê-la como pessoa, isto é, como indivíduo dotado de sentido em si mesmo. Vale à pena ressaltar este que é seu principal atributo, pois que tem sido quase sempre esquecido, até mesmo negado.” (CERIGNONI; RODRIGUES. 2005. p. 12). De acordo com NCIP: NCIP perfil - Uma amostra de tecnologias de apoio para crianças com deficiência: existem muitas atividades que um cadeirante pode fazer junto com os colegas que não usam a cadeira de rodas, como por exemplo, uma corrida com a cadeira, brincadeiras ao ar livre como: batata-quente, mímica, adaptar um jogo de vôlei, pois, a rede pode ser colocada mais abaixo e discutir com eles algumas regras, na verdade pode também até adaptar uma atividade de queimada para que o aluno cadeirante possa participar. Outras atividades também são: jogo da memória, damas, xadrez entre outros. Uma atividade muito interessante é “dançando e cantando atividades”, o professor coloca toda a turma sentada em cadeiras e coloca uma música bem animada, porém só poderão mover os braços e cabeça, ficando com as pernas sem se movimentarem, assim o aluno cadeirante ficará mais seguro e até irá gostar muito de participar dessa atividade. “Divirta-se com outro, o desafio das brincadeiras em grupo amplia sua visão e estimula seu talento’’(Na terapia do divertimento, 1998). Com o passar dos anos melhorou-se muito a inclusão do cadeirante nas escolas, pois antigamente os professores mesmo excluíam esse aluno e até o próprio Diretor não aceitava que o mesmo se matriculasse como já aconteceu em vários colégios privados e até mesmo estaduais. Mas hoje em dia a sociedade entende bem melhor que não se deve de maneira alguma ter preconceito com algum cadeirante. A participação dos pais nessa inclusão é fundamental, pois em casa, também os pais precisam incentivar e ajudar essa criança não se sentir excluída pela sociedade e principalmente no ambiente escolar, onde ela passa a maior parte do tempo.
Conclusão
Percebe-se que com o passar dos anos tanto a sociedade quanto as escolas em si, vem melhorando muito seu conceito para com os cadeirantes. As pessoas se mobilizam mais para ajudar essas pessoas, aos poucos os estabelecimentos e a própria cidade, vai promovendo uma melhor acessibilidade para atender bem essa população. As escolas vêm oferecendo aos poucos uma infra-estrutura melhor, os professores são capacitados para ministrar aulas de Educação Física que precisem ser adaptadas para qualquer portador de necessidade especial. Os alunos não são tão preconceituosos como alguns anos atrás, não existem mais sala de aula separada para os cadeirantes e outros portadores de necessidades especiais, nos dias de hoje estudam todos na mesma sala e tem o mesmo tratamento para não se sentirem excluídos. E com o passar do tempo, cada vez mais será melhor a vida dos portadores de necessidades especiais nas aulas de Educação Física, pois os professores estão se empenhando muito para que isso aconteça, na verdade desde o início ao término da Graduação, são preparados para trabalhar com portadores de necessidades especiais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Leila Regina. Ergonomia e o trabalho do portador de necessidade motora específica: o caso do cadeirante. Dissertação de Mestrado, Florianópolis, SC: 2001. CERIGNONI, Francisco Nuncio; RODRIGUES, Maria Paula. Deficiência: uma questão política? São Paulo: Paulus, 2002. p. 70; LIMA, Priscila Augusta. Educação Inclusiva: Indagações e ações nas áreas da educação e da saúde – São Paulo: Avercamp, 2010. SOLER, Reinaldo. Educação Física Inclusiva na Escola: em busca de uma escola plural – Rio de Janeiro: Sprint, 2009 ABNT. NBR 9050: 2004 Acessibilidades de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro. Fonte: American Foundation for the Blind, com informações do Blog de Beto Pereira. Acesso em:18/05/2001 www.jornaloeste.com.br. Acesso em: 26/05/2011. Http://www.bengalalegal.com/blog/?p=1364. Acesso em: 18/05/2011. Http://www.dgs.pt/upload/membro.id/ficheiros/i005652.pdf.Acesso em: 18/05/2011. Http://danitinamalvarez.blogspot.com/2011/03/cadeirante-cria-blog-para-conscient izar.Acesso em: 26/05/2011. Http://www.eric.ed.gov/ERICDocs/data/ericdocs2sql/content_storage_01/0000019b/80 /27/fa/4a.pdf '.Acesso em: 18/05/2011 HTTP://www.cepde.rj.gov.br/leis_acessibilidade.doc. Acesso em: 18/05/2011 Palestra Atividade: Idéias para Estudantes com grave / profunda / múltiplas deficiências Http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1734090/Aciden tes de mergulho deixam jovens tetraplégicos. Acesso em: 26/05/2011.
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Instituição:
FASIPE (Faculdade de Sinop). - Sinop (MT)
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Outras informações:
Este "Artigo de Revisão" foi desenvolvido no 2° semestre com ajuda do meu professor de Metologia (Carlos Casagrande), podendo me ajudar agora para o desenvolvimento do meu Projeto de Pesquisa assim conseguindo desenvolver minha Monografia. |
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