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Sáb, 17/1/09 9:59

IDOSOS

   Hidroginástica para Idosos
Consultora: Profa. Msda. Linda Denise Fernandes Moreira


   Sabe-se que a Hidroginástica hoje é uma atividade com inúmeras subdivisões. Basta que vejamos a quantidade de tipos de aulas praticadas nas academias: hidro-abs, hidro-jump, hidro-bike, power-hidro, dentre outros. A população alvo desta modalidade de atividade física já não é mais somente o público da terceira idade; hoje podemos encontrar pessoas das mais diversas faixas etárias procurando na Hidroginástica a solução para o aumento de força, diminuição de gordura, melhora do condicionamento físico geral, recuperação de lesões e muito mais. Contudo, devido às características singulares do meio líquido, a Hidroginástica continua sendo a queridinha da turma da terceira idade.

   Sobre esta Hidroginástica direcionada aos idosos, é preciso dizer que o ponto principal será saber como lidar com o conjunto de doenças que geralmente acompanham o indivíduo na velhice.

   Assim, sabendo qual o perfil do aluno e quais doenças ele apresenta, o profissional da Educação Física saberá como trabalhar respeitando as especificidades de cada enfermidade. Vejamos ,em termos gerais, algumas dicas:

Idoso diabético:

Verifique o horário de aplicação da insulina, sempre afira os níveis glicêmicos para saber dosar a intensidade do exercício, tome cuidado para não ferir os pés do aluno já que a circulação periférica é bem prejudicada no diabético (sugira o uso de sapatilhas, evite colocar o aluno próximo a ralos ou outra protuberância no chão ou parede da piscina);

Idoso obeso:

Procure trabalhar na parte mais funda da piscina na qual ele consiga por os pés no chão; isso aliviará mais o peso sobre as articulações e fará o exercício mais intenso para ele, já que terá que se movimentar contra a resistência de uma maior quantidade de água. Cuidado ao colocar caneleiras flutuantes, pois o obeso, pela grande quantidade de gordura corporal (gordura é menos densa que a água) tem muita facilidade de flutuar, e , com as caneleiras, poderá perder o equilíbrio, subir as pernas e se afogar (prefira, inicialmente, trabalhar com caneleiras flutuantes sempre com o apoio da barra na parede).

Idoso hipertenso:
Muito cuidado com as entradas e saídas na água. Em geral, trabalha-se dentro da água com uma pressão arterial (PA) menor do que o seria fora da água (pois o empuxo facilita o retorno venoso facilitando, assim, o trabalho do coração). Porém, durante a entrada e saída da água, a PA tende a aumentar um pouco devido à diferença de temperatura entre pele e água (ocorre vasoconstricção e contração muscular, além da diferença entre a pressão da água e do ar). Logo, sugira o uso de rampas ou escadas para que a adaptação ao diferente meio seja gradativa. Cuidado também com excessivas elevações de braços acima da cabeça, pois isso poderá contribuir para um eventual aumento da PA. Um sintoma típico de elevação da PA é a dor de cabeça, principalmente na nuca; se o seu aluno se queixar, suspenda a aula e afira sua PA.

Idoso Osteoporótico:
Primeiramente é fundamental que o Professor de Educação Física saiba qual o estágio da doença no seu aluno. Para isso, vale a pena pedir que seu aluno traga um exame de Densitometria Óssea laudado por seu médico, que lhe informará sobre a quantidade de osso que ele já perdeu. Além de verificar os valores da Densitometria, é preciso avaliar o risco de fratura deste sujeito , pois uma pessoa pode ter um osso menos denso e nem por isso ter grande chances de se fraturar, ou vice-versa. Basta ligar para o médico do aluno e pedir a ele uma avaliação do risco de fraturas daquele idoso. Em geral, para indivíduos bem acometidos pela osteoporose, os movimentos mais perigosos e que propiciam fraturas são as grandes flexões de coluna além dos movimentos de rotação da coluna. Assim, ao pensar em uma rotina de exercícios procure eliminar esses componentes da aula. Após escolher exercícios seguros, inclua séries de trabalho de força muscular, pois um músculo mais forte exercerá maior pressão no osso gerando assim um maior potencial para nova formação óssea.

Idoso sem doença nenhuma:
Parece impossível mas existe sim. Caso seu aluno apresente um quadro físico satisfatório, você ainda assim deverá tomar alguns cuidados específicos, indicados sempre que se trabalha com a terceira idade:
.Dar aulas com o som mais baixo e usando músicas mais melodiosas do que com batidas fortes;
.Explicar os movimentos falando mais alto e lentamente, de frente para o aluno, e demonstrar o exercício mais vezes, pois geralmente as acuidades auditiva e visual já estão diminuídas e o uso da touca e o barulho da água atrapalham muito;
.Ter paciência com o idoso já que seus reflexos e sua coordenação motora não são mais tão apurados;
.Deixar um tempo maior da aula destinado ao aquecimento pois muitos deles sofrem de limitações articulares que se beneficiam com a elevação da temperatura.

   Finalmente, trabalhe com alegria, seriedade, estude cada doença nova e cada limitação do seu aluno, pois dessa maneira , ganha o seu aluno, que receberá um serviço seguro e efetivo, e ganhamos nós profissionais, que teremos a oportunidade de melhorar a qualidade do nosso trabalho.

 

 

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