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Dom, 27/1/13 22:18

Asma induzida por exercício

NOME DA INSTITUIÇÃO: Universidade Católica de Santos - UNISANTOS
NOME COMPLETO DO ACADÊMICO: Ana Luiza da Silva Garcia
ENDEREÇO DE E-MAIL: analuiza_s.garcia@hotmail.com
TELEFONE PARA CONTATO: (13) 32235218
ENDEREÇO DO LINK TRADUZIDO: http://www.acsm.org/AM/Template.cfm?Section=Current_Comments1&Template...
Data de Publicação:
04/07/2011

    Os termos “Asma Induzida por Exercício” (AIE) e “broncoespasmo induzido por exercício” (BIE) são simultaneamente usados para descrever o estreitamento das vias aéreas pulmonares agudas que ocorre durante e / ou após a atividade física. AIE é considerado um termo mais inclusivo. O broncoespasmo é tido como o resultado da soma de eventos específicos, incluindo contração do músculo liso das vias aéreas, edema da mucosa brônquica e formação de tampão mucoso. A patogênese desses eventos é associada com a formação de mediadores inflamatórios incluindo os leucotrienos, prostaglandinas e outros fatores do sistema imunológico dos mastócitos das vias aéreas, células epiteliais e macrófagos interagindo com in-situ de componentes hormonais dos pulmões.

   Os fatores determinantes para o início de um BIE não são totalmente compreendidos. Mudanças na temperatura das vias aéreas (resfriamento e reaquecimento) alterações na osmolaridade da mucosa (ressecamento das vias aéreas) e congestionamento das artérias brônquicas, resultando no inchaço da mucosa brônquica vascular, foram sugeridas como causas. O que sabe-se no momento, é que parece que o fluxo sanguíneo brônquico / mudanças na temperatura brônquica influenciam o estreitamento das vias aéreas após a super ventilação relacionada ao exercício. O BIE geralmente ocorre depois da ventilação com grandes quantidades de ar, especialmente frio e seco, que contém poluentes e/ou alérgenos. A frequência e intensidade da reação refletem as predisposições alérgicas do indivíduo, como o frio e/ou a baixa umidade do ar inspirado, a quantidade de agentes do meio ambiente inalados, e a intensidade do exercício. Como resultado, flutuações sazonais na resposta broncoespásmica foram identificadas. Após a ocorrência de um episódio de BIE, aproximadamente 50 por cento dos pacientes experimentam um período relativamente refratário que dura até duas horas no qual em outro exercício não vai produzir BIE ou produzir uma reação mais branda. Reações asmáticas ocorridas de seis à oito horas após o broncoespasmo inicial também ocorrem em aproximadamente 50 por cento da população BIE, mas são geralmente moderadas.

   O método usado para detectar uma reação de BIE afeta drasticamente as estimativas de insurgência. Por mais que o método simples de medição de pico seja adequado para o uso em indivíduos altamente sintomáticos e reativos, é relativamente insensível à pessoas afetadas moderadamente ou atletas de elite nos quais pequenas reduções nos fluxo das vias aéreas pode levar à uma significante diminuição no desempenho. Além disso, medições de pico são altamente dependentes de esforço, então essa técnica de diagnóstico pode não ser inteiramente confiável. Medições espirométricas e de fluxo máximo médio expiratório são aceitavelmente precisas e reproduzíveis, já que a variação no esforço é detectável pelas configurações dos gráficos.


   A intensidade dos exercícios usada para induzir o BIE é outra variável importante. Protocolos padrões de clínicas para provocar BIE aplicam exercícios intermitentes de cinco a seis minutos àapenas um nível abaixo do limiar de lactato, de 70 a 85 por centoda frequência cardíaca máxima. Esse limite foi escolhido porque o paciente pode não conseguir completar os exercícios em uma intensidade maior, e um teste mais severo provoca a liberação de catecolaminas, levando à broncodilatação. Um maior problema com esses protocolos padrões é a identificação do limite de lactato individual, dada a grande variedade de níveis de condições físicas na população em geral. Em atletas de elite, exercícios subLL geralmente não são suficientes para produzir BIE. Em adição, exercícios feitos em laboratório raramente são feitos nas condições ambientes (ex: ar frio e seco) que produziriam os sintomas iniciais do BIE.

   Como resultado, a insurgência do BIE é dita estar em 10 a 50 por cento, dependendo da população estudada, protocolo de exercício, detecção de medida e condições ambientais.
Para a população geral, um incidente de 10 a 15 por cento é um quadro razoável. Pacientes com alergias moderadas a severas irão demonstrar algum nível de BIE. Estudos recentes mostram que a frequência é de 20 à 75 por cento (dependendo do esporte) entre atletas de elite de esportes de inverno. A maioria (73 por cento) dos atletas que se encaixam no critério diagnóstico durante as ‘avaliações de campo’ não se encaixaram no critério quando retestados usando o protocolo padrão de laboratório.
Medicações para modificar ou prevenir o BIE incluem dilatadores bronquiais, compostos anti inflamatórios como cromolyn nasal, nedocronil e corticosteróides e uma variedade de medicações incluindo anti-histamínicos, bloqueadores dos canais de cálcio e heparina nasal. Mais recentemente, modificadores do sistema imunológico estão disponíveis, incluindo leucotrieno ou inibidores do receptor neuroquinina e inibidores de lipoxigênase.

   Uma importante questão a ser estudada tendo em vista o grande uso de profilaxia farmacológica pelos atletas de elite de esportes de inverno ou não, é que broncoespasmo é um fenômeno natural que atua como um mecanismo psicológico para proteger as vias aéreas inferiores da agressão pela exposição a grandes quantidades de ar frio e seco. O mesmo estreitamento das vias aéreas é comum como reação à inalação de gases irritantes como SO2 e NO2, os quais podem ocorrer em grandes concentrações em pistas de gelo.

   Para a maioria dos pacientes asmáticos, e a maioria das pessoas que não sofrem de asma clínica mas apresentam BIE, tratamento profilático individual é seguro e eficiente, permitindo total participação em atividades esportivas. Como complemento, tempo suficiente de aquecimento para preparação permite que os atletas utilizem o período refratário para atenuar a reação broncoespástica durante o exercício e alcançar o desempenho ideal.
Escrito para o Colégio Americano de Medicina do Esporte por Lester B. Mayers, M.D. e Kenneth W. Rundell, Ph.D., FACSMs.


PARCERIA DE TRADUÇÕES:

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