Introdução
Um problema de saúde relativamente novo que
expõe os indivíduos a um maior risco de morbidade e mortalidade
tem sido diagnosticado nas crianças, devido a fatores culturais
de muitas famílias que incentivam a obesidade. A Síndrome
Metabólica (SM) tem sido diagnosticada em adultos nos últimos
20 anos, mas apenas recentemente foi diagnosticada nas crianças,
como indicado em uma nota de imprensa pelo CAME (Colégio Americano
de Medicina do Esporte) em 2005. A SM não é uma doença,
mas um grupo de fatores de risco para desenvolver doenças crônicas
como diabetes e doenças cardiovasculares. Inicialmente ela foi
chamada de “síndrome de resistência insulínica",
mas é composta por uma série de irregularidades metabólicas
e mais tarde foi chamada de SM.
A resistência à insulina é um importante contribuinte
para a SM. A resistência à insulina no diabetes tipo 2(DM-2)
e a atual epidemia da obesidade foram descobertas apenas recentemente,
portanto não é surpreendente que "SM pediátrica” seja
um termo relativamente novo.
Definição
de SM
A alteração natural dos parâmetros metabólicos
devido ao crescimento e desenvolvimento de crianças tornou
difícil uma definição universal da SM pediátrica.
Atualmente existe uma série de definições para
a SM pediátrica e a maioria delas inclui variáveis
metabólicas similares, mas têm diferentes pontos de
corte de quando a variável torna - se um fator de risco (Alberti
et al, 2005). Em outubro de 2007, a Federação Internacional
de Diabetes (IDF; www.idf.org) realizou uma oficina com 10 especialistas
internacionais para desenvolverem uma definição de
consenso da SM pediátrica. A definição da IDF
está dividida conforme a faixa etária, devido aos níveis
de maturidade. A equipe da IDF concluiu que a SM não deve
ser diagnosticada em crianças com menos de 10 anos de idade,
mas uma resistência à insulina para desenvolver a SM
podia ser diagnosticada. A definição do consenso da
IDF para as crianças com 10 ou menos de 16 anos de idade,
inclui o agrupamento de qualquer dos três fatores de risco
que se segue: 1) obesidade, circunferência abdominal = 90%
com base na idade e sexo; 2) Triglicérides = 150 mg/dL; 3)
HDL-colesterol < 40 mg/dL; 3) pressão arterial sistólica
= 130 / diastólica = 85 mmHg e glicose = 100 mg/dL. Para os
indivíduos mais velhos (acima de 16 anos), os critérios
do adulto podem ser usados.
Obesidade e a SM
Há mais crianças que sofrem de obesidade (15 por cento
de todas as crianças) que qualquer dos outros fatores de risco
da SM. Portanto, a obesidade e a resistência à insulina
têm maiores impactos sobre o risco de desenvolver a síndrome
do que os outros fatores. A obesidade pode ser vista como uma "doença
de base” (aquela a partir da qual uma série de outras
se desenvolvem) como problemas de saúde associado com a obesidade
infantil que era essencialmente inexistente entre 15 a 20 anos atrás.
De acordo com Ribeiro et Al (2004), cerca de 62% dos meninos e meninas
em situação de risco para a obesidade estavam suscetíveis
a outros fatores de risco da SM. A obesidade tem sido capaz de aumentar
a probabilidade de desenvolver a SM em crianças de oito a 10
vezes (Harrell et al., 2006).
Prevenção e tratamento da síndrome metabólica
A SM é parcialmente devido a práticas de saúde, estilo
de vida saudável, pois as escolhas podem auxiliar na prevenção
e tratamento. Estes incluem educação, a participação
em atividade física, aptidão física, regimes alimentares
saudáveis e checape de saúde regular. O foco deve ser na prevenção,
pelo fato de todos os fatores de risco da SM serem controláveis.
Educação
O ambiente cultural que as crianças crescem e desenvolvem são
essencialmente determinados pelos pais. Os pais devem compreender os efeitos
prejudiciais que os hábitos alimentares inadequados, uma orientação
ao sedentarismo, e a baixa aptidão física terão sobre
a SM. Para os pais proporcionarem as crianças um ambiente de vida saudável,
eles mesmos deverão ter uma prática de vida saudável.
Isto deverá incluir checape de saúde regular para si e seus filhos.
A ideia de mostrar a criança como viver, em vez de dizer a criança
como viver, é importante para o controle desta síndrome.
A Atividade física
A atividade física tem um efeito positivo na saúde sobre todos
os fatores de risco da SM. A atividade física tem sido demonstrada em
nosso laboratório de pesquisas a redução da pressão
arterial sistólica de até oito a 11 mmHg. A atividade física
também auxilia na manutenção do peso, como no auxilio
da redução os depósitos de gordura, e na diminuição
nos níveis de triglicérides plasmáticos e do HDL-C.
A atividade física melhora a sensibilidade da célula muscular à insulina
tanto aguda e crônica e também auxilia a redução
do estresse metabólico associado com a inflamação da gordura
corporal A atividade física é fundamental para as crianças
e o tipo de atividade física que é melhor para prevenir ou controlar
a síndrome metabólica em crianças é a atividade
aeróbica contínua ou submáxima física
A aptidão física
Estar em boa forma física é importante para a prevenção
e tratamento da SM em crianças. A prevalência da síndrome é menor
nas crianças com preparo fisico aeróbico. A aptidão física é diferente
da atividade física, a aptidão é um estado temporário
de ser e a atividade física é uma processo que gasta energia.
No entanto, se a aptidão aeróbica e a participação
em atividade física são introduzidos e analisados matematicamente,
a influência do condicionamento aeróbico sobre a síndrome
metabólica não é reconhecido.
Os hábitos
alimentares
Como um dos tratamentos para a síndrome metabólica é a
redução da obesidade e a monitorização
da glicemia, a dieta é importante. As crianças precisam
reduzir sua ingestão calórica, mantendo uma dieta equilibrada
para garantir que consumam os nutrientes necessários para o
seu próprio crescimento e desenvolvimento As dietas ricas em
carboidratos não são geralmente boas, porque a tolerância à glicose
pode ser ruim. O aumento da ingestão de frutas e vegetais e
bebidas com açúcar não é recomendado para
crianças.
Resumo
e conclusões
A prevalência da SM continua a aumentar nas crianças.
Há uma necessidade de se reconhecer a presença e dar
início às mudanças de estilo de vida no início
da vida da criança para reduzir o risco da síndrome.
Para as crianças que estão em situação
de risco ou vivenciam a síndrome, alterações de
estilo de vida, tais como as mencionadas acima são essenciais.
Esta síndrome pode ser prevenida e tratada com sucesso em crianças.
Escrito para o Colégio Americano de Medicina Esportiva por L.
Jerome Brandon, Ph.D., FACSM
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